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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Terceiro dia de greve dos bancários fecha quase 40% das agências

 

Nesta quinta, 7.672 agências foram afetadas pela paralisação, diz Contraf.
Bancários e trabalhadores dos Correios se uniram nas manifestações.


Do G1, em São Paulo

Bancários fazem manifestação em Belo Horizonte no terceiro dia de paralisação (Foto: Samuel Aguiar/AE)
 
 
Bancários fazem manifestação em vários estados
do país no terceiro dia de paralisação (Foto: Samuel
Aguiar/AE)
No terceiro dia da greve nacional dos bancários, quase 40% das agências instaladas no país foram afetadas pela paralisação dos trabalhadores. De acordo com balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), feito com base nos dados enviados pelos sindicatos até as 18h30, o movimento fechou 7.672 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nesta quinta-feira (29).
No primeiro dia de greve, 4.191 agências foram afetadas; no segundo dia, o número subiu para 6.248.
Único estado ainda fora da mobilização, os bancários de Roraima aprovaram o início da greve a partir da próxima segunda-feira (3).
“O silêncio dos bancos e do governo tem indignado os trabalhadores e fortalecido a greve, que caminha para ser uma das maiores dos últimos anos”, disse, em nota, Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
“Enquanto a Fenaban não apresentar uma proposta decente, o movimento seguirá crescendo em todo o país. Mantemos a disposição para o diálogo para construirmos uma convenção coletiva com avanços econômicos e sociais para a categoria. A retomada das negociações depende dos bancos e do governo”, sustenta.
Fenaban
A Federação Nacional de Bancos (Fenaban) reafirma que está disposta a dar continuidade às negociações com as representações dos bancários, visando a construção de proposta que leve a um acordo.
“A solução não é apresentar propostas sucessivas unilaterais para serem liminarmente rechaçadas, como o foram as duas já apresentadas. Isso criaria mais entraves à negociação e, consequentemente, ao acordo”, defendeu, em nota, o diretor de Relações do Trabalho da Fenaban, Magnus Apostólico.
Para ele, uma nova proposta deve resultar de “conversas entre bancos e bancários”, à procura de consenso.
De acordo com a entidade patronal, a paralisação permanece parcial, “como consequência de ação de piquetes contratados pelos sindicatos”. A Fenaban diz que, embora muitas agências continuem abertas em todo o país, a paralisação segue prejudicando a população, especialmente em um período em que aumenta o fluxo de pessoas aos bancos e há uma ida maior de aposentados para recebimento dos benefícios.
A orientação é para que a população procure os canais alternativos para a realização de operações básicas, entre eles os correspondentes, como supermercados, casas lotéricas e postos dos Correios.
Solidariedade
Segundo a Contraf-CUT, os bancários estão realizando passeatas e atos conjuntos com os trabalhadores dos Correios, em greve há 16 dias, em várias capitais. “Estamos realizando atividades de esclarecimento da população e mobilização dos trabalhadores. A intransigência dos patrões e do governo tem aumentado a união e a solidariedade entre as duas categorias na luta por melhores condições de vida”, diz Cordeiro.
Histórico
Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado, após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida na última sexta-feira (23). A proposta patronal contemplava reajuste de 8% sobre os salários, o que representa aumento real de 0,56%, segundo a Contraf. A reivindicação da categoria é de 12,8% de reajuste, sendo 5% de aumento real.
Os bancários pedem, ainda, valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.

fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/09/terceiro-dia-de-greve-dos-bancarios-fecha-quase-40-das-agencias.html

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