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sábado, 17 de setembro de 2011

Aumento no imposto já afeta a venda de importados nas concessionárias

 

As alíquotas do IPI para carros importados que não estão nos estoques vão subir e podem chegar a até 55%. Para não pagar imposto maior o veículo precisa ter, pelo menos, 65% das peças fabricadas no Brasil.



O aumento do imposto para carros importados anunciado na última quinta-feira (15) já é sentido no mercado. As revendedoras não sabem até quando vão conseguir segurar os preços.
O sonho de comprar um carro importado a preço baixo parece cada vez mais distante. “Nesse fim de semana os preços antigos continuam, na segunda não sabemos”, afirma o supervisor de vendas Allan Cavallari Alvisi.
O administrador de empresas Vinicius Eduardo está indeciso: pensava em comprar um modelo francês ou espanhol, mas agora que os preços desses carros podem subir entre 25% e 28%, ele já pensa em comprar um carro fabricado no Brasil. “Mas tudo depende da proposta. Acho que os importados também vão brigar de igual”, acredita Vinicius.
Com o decreto, as alíquotas do IPI para carros importados que não estão nos estoques vão subir e podem chegar a até 55%. Para não pagar imposto maior o veículo precisa ter, pelo menos, 65% das peças fabricadas no Brasil.
As mais afetadas pelo aumento do IPI serão as montadoras que não têm fábricas no Brasil, como as chinesas e as sul-coreanas, além dos carros de luxo.
Nos carros até mil cilindradas, a alíquota passou de 7% para 37%. E com isso, o carro chinês que hoje custa R$ 23.990, pode saltar para R$ 30.707. Em agosto, quase 7% dos carros vendidos no Brasil eram importados de fora do Mercosul e do México, parceiros com os quais temos acordo automotivo. Por causa disso, o governo decidiu colocar um freio nos importados.
Em uma concessionária, que só trabalha com importados, as medidas preocupam os vendedores. Isso porque muitos clientes programaram a compra do carro para o fim do mês e a loja diz que, até lá, não tem como garantir que o preço não vai mudar.
“Bastante gente procurando, querendo segurar realmente o carro no preço anterior. Muitas unidades já geraram o estoque, muitos tipos de carros”, explica o gerente da concessionária Ricardo Almeida.
A entidade que representa as importadoras de veículos informou que há estoques para 25 dias e que, no caso dos carros que foram comprados pelas concessionárias antes do anúncio da nova alíquota de IPI, não deve haver repasse.
“Eu queria lembrá-los que a importação de veículos é o caminho de entrada em qualquer país natural. Você começa importando e depois tendo um bom público você monta a fábrica”, diz José Luiz Gandini, presidente da Abeiva.

Para o representante dos fabricantes de carro no Brasil, a medida é boa para quem já tem fábrica no país.
“O importante é que isso fortalece a indústria nacional como um todo, fortalece todo o setor de autopeças, fortalece a produção nacional e isso vem automaticamente gerar renda, gerar maior escala de produção, gerar competitividade para o setor”, aponta Cledorvino Belini, presidente da Anfavea.

fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/09/aumento-no-imposto-ja-afeta-venda-de-importados-nas-concessionarias.html

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