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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Dólar cai ante real, na véspera de decisão do Fed


Na véspera, moeda norte-americana subiu 1,28%, cotada a R$ 3,8626.
Mercado também segue atento a expectativas sobre os juros dos EUA.

Do G1, em São Paulo
O dólar opera em queda ante o real nesta quarta-feira (16), acompanhando o movimento em outros mercados emergentes diante do avanço das bolsas da China, mas investidores adotavam cautela na véspera da reunião do Federal Reserve e com o cenário local conturbado. A expectativa é que o Fed volte a elevar a taxa de juros dos Estados Unidos, o que pode fazer subir a cotação do dólar por aqui.
Às 10h50, a moeda norte-americana caía 0,48%, cotada a R$ 3,8437. Veja a cotação.
Veja a cotação ao longo do dia:
Às 9h19, recuava 0,41%, a R$ 3,8467

Às 10h19, recuava 0,48%, a R$ 3,844

"Os ganhos das ações na China estão ajudando as moedas emergentes, mas o avanço é limitado pela cautela antes da reunião do Fomc", disse o estrategista-chefe do banco Mizuho, Luciano Rostagno, referindo-se ao Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed.
As bolsas chinesas saltaram quase 5% nesta quarta-feira em meio a suspeitas de intervenção do governo, com uma enxurrada de compras logo antes de o mercado fechar ajudando a reverter muitas das perdas do começo da semana.
O movimento atenuou um pouco as preocupações com a desaceleração da economia da China, referência para investidores em mercados emergentes, que vêm pesando sobre o apetite por ativos de risco, como aqueles denominados em reais.
Mas o principal foco do mercado era a reunião do Fed, em meio a incertezas sobre a possibilidade de o banco central norte-americano promover a primeira alta de juros em quase uma década.
Embora a recuperação da maior economia do mundo venha dando sinais de força, as turbulências financeiras recentes nos mercados globais e a inflação persistentemente baixa nos EUA injetaram dúvidas no mercado.
Pesquisa da Reuters mostrou que uma maioria apertada prevê a manutenção dos juros norte-americanos nos atuais patamares, perto de zero. Na semana passada, a aposta ligeiramente majoritária era de aumento.
"O mercado está dividido, o que significa que a reação vai ser forte", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
No cenário local, a perspectiva de o governo enfrentar dificuldades para aprovar no Congresso medidas do pacote fiscal, além do cenário político conturbado, provocavam cautela.
Na véspera, partidos da oposição deram mais um passo em sua movimentação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff e apresentaram uma questão de ordem ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para que ele se posicione sobre os diversos procedimentos ligados a um eventual impeachment.
O Banco Central volta, nesta quarta, a rolar (trocar títulos que vão vencer por títulos novos) de swaps cambiais, operações que equivalem à venda futura de dólares – com isso, o BC mantém no mercado os dólares equivalentes a essas operações. Serão ofertados até 9,45 mil contratos.

Véspera
Na véspera, o dólar subiu 1,28%, cotado a R$ 3,8626, após a divulgação das medidas do governo federal divulgadas na segunda-feira, com investidores preocupados com a perspectiva de que partes relevantes das medidas fiscais anunciadas, como o retorno da CPMFx, podem enfrentar dificuldades de aprovação no Congresso.

O governo anunciou na véspera um pacote de medidas fiscais de R$ 65 bilhões, com o objetivo de garantir superávit primário em 2016 e resgatar a credibilidade da política fiscal. A principal proposta é a recriação da polêmica CPMF, imposto sobre operações financeiras, que deverá ter tramitação difícil no Congresso Nacional.

Na semana, a moeda acumula queda de 0,37%. No mês e no ano, há alta acumulada de 6,49% e 45,28%, respectivamente.
fonte: http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2015/09/cotacao-do-dolar-160915.html

Saga síria: o drama dos refugiados que vivem como sem-teto em SP


BBC Brasil visitou sírios, palestinos e egípcios que viviam na Síria e hoje moram nos salões vazios de um edifício comercial; veja o vídeo.

Ricardo SenraDa BBC Brasil em São Paulo
 Família síria chegou ao Brasil há 2 semanas; eles ocupam prédio em SP junto a outros sírios, palestinos, egípcios e uma marroquina  (Foto: BBC)Família síria chegou ao Brasil há 2 semanas; eles ocupam prédio em SP junto a outros sírios, palestinos, egípcios e uma marroquina (Foto: BBC)
Eles fugiram de 28 cidades na Síria, todas destruídas pela guerra que afeta o país há mais de quatro anos. Há dois meses, vivem juntos nos andares mais altos de um antigo prédio comercial, recém-ocupado por famílias sem-teto.
Longe de milícias, rebeldes armados e exércitos, esses 51 árabes - incluindo sírios, palestinos, egípcios e uma marroquina - tentam recomeçar suas vidas em um bairro de nome sugestivo no centro de São Paulo. Veja o vídeo.
Estão na Liberdade – depois de cruzarem a fronteira síria, passarem pela Embaixada brasileira no Líbano, fazerem escala nos Emirados Árabes, aterrissarem em Guarulhos e tentarem, em vão, vagas em abrigos públicos e hotéis baratos na região do Brás.
Líder no ranking de países que mais recebem refugiados de guerra na América do Sul, o Brasil promete ampliar a emissão de vistos para refugiados de países em guerra. Mas estes estrangeiros reclamam de dificuldades - especialmente em São Paulo, onde o valor dos aluguéis dobrou nos últimos sete anos (a inflação no período foi de 54%).
À BBC Brasil, eles narram a tristeza da perda de pessoas queridas para a guerra, as dificuldades para recomeçar a vida do outro lado do mundo e revelam esperança - tanto no futuro no Brasil, quanto em reerguerem um dia suas velhas casas.
Duplo exílio
Nos salões de piso gasto de madeira, onde já funcionaram firmas de advocacia e contabilidade, os estrangeiros dormem em colchões distribuídos pelo chão, próximos a malas que cruzaram oceanos com roupas, café, cigarros e o Corão, livro sagrado do islã.
A precariedade do prédio ocupado por mulheres de véu e homens com marcas do front de guerra é compensada com organização pelos novos moradores.
Costume árabe, ninguém anda de sapatos dentro do salão. Os colchões têm roupa de cama esticada, a louça está lavada e camisas são enfileiradas em um cabide velho de loja.
Somos recebidos com "Salaam Aleikum" (saudação árabe) e chá preto servido em copos de requeijão.
A pequena Falasten, de 10 anos, arrisca o português: "Bom dia", "Sejam bem-vindos". Mas o idioma predominante ali é o árabe – interrompido por frases vagas em inglês, aprendidas na escola, quando não havia guerra.
 Lê-se "I Love Allah" na porta de um antigo escritório de advocacia no 7º andar do edifício  (Foto: BBC)Lê-se "I Love Allah" na porta de um antigo escritório de advocacia no 7º andar do edifício (Foto: BBC)
A maior parte destes refugiados tem origem palestina e vivia no perigoso campo de Yarmouk, nos arredores de Damasco, capital síria.
Segundo a ONU, 18 mil pessoas resistem hoje no local "sob constante ameaça de violência armada, sem condições de acesso a água, comida e serviços básicos de saúde".
Para alguns dos mais velhos, o pouso em São Paulo representa um segundo exílio. Antes de se mudarem com as famílias para a Síria, eles viveram encurralados sob o fogo cruzado entre israelenses e palestinos.
 Campo de Yarmouk, nos arredores de Damasco, onde vários dos ocupantes do prédio viviam na Síria Segundo a ONU, 18 mil pessoas resistem hoje no local “sob constante ameaça de violência armada, sem condições de acesso a água, comida e serviços básicos de saúde” (Foto: BBC)Campo de Yarmouk, nos arredores de Damasco, onde vários dos ocupantes do prédio viviam na Síria Segundo a ONU, 18 mil pessoas resistem hoje no local “sob constante ameaça de violência armada, sem condições de acesso a água, comida e serviços básicos de saúde” (Foto: BBC)

'Sinto falta da minha respiração'
Amina não vai à escola há três anos por conta da guerra.
No período, ela viu amigos e dois primos morrerem e precisou dormir com a família em tendas improvisadas após bombardeios destruírem sua casa.
“Todos os lugares na Síria estão em guerra”, diz Amina, à esquerda; ainda assim, jovem quer voltar ao país
"Todos os lugares na Síria estão em guerra", sussurra a jovem, coberta por uma túnica de flores brancas que só deixa ver seu rosto, suas mãos e seus pés. Ainda assim, com sorriso triste, diz querer voltar.
Junto ao pai (que trabalhava como comerciante na terra natal), à mãe e a seis irmãos, ela está no Brasil há duas semanas – e, como as irmãs, nunca saiu sozinha do salão onde dorme sem qualquer privacidade.
 “Todos os lugares na Síria estão em guerra”, diz Amina, à esquerda; ainda assim, jovem quer voltar ao país  (Foto: BBC)“Todos os lugares na Síria estão em guerra”, diz Amina, à esquerda; ainda assim, jovem quer voltar ao país (Foto: BBC)
"Sinto falta da vida", diz Amina, agora com voz forte, em uma escalada que só é interrompida pelo choro. "De meus amigos na Síria. Meus parentes na Síria. Todo mundo na Síria. A vida na Síria. Minha respiração na Síria. Meu coração na Síria."
Sua mãe, Hiba, primeiro sorri. Depois chora também.
Entrar no Brasil
"Só o Brasil me deu visto. Só", conta o cozinheiro Mohammed, em frente a dois maços de Marlboro Light com dizeres em árabe. "Não o Líbano, não a Turquia, não a Europa, não a Arábia Saudita. Só o Brasil."
Como a maioria dos colegas - entre eles economistas, comerciantes, chefs de cozinha e até um mergulhador -, ele não consegue emprego com carteira assinada e admite que preferiria a Europa ao Brasil. "É melhor, tem mais dinheiro. Mas é mais perigoso."
No Brasil, diferente de países europeus como Alemanha, o governo federal não oferece ajuda financeira a refugiados de guerra.
A lei de refúgio brasileira, de 1997, considera a "violação generalizada de direitos humanos" para o reconhecimento de refugiados, seguindo a Declaração de Cartagena sobre a Proteção Internacional de Refugiados, de 1984.
No caso específico da Síria, o Conare (Comitê Nacional para Refugiados, ligado ao Ministério da Justiça) facilita oficialmente a entrada no país de fugitivos da guerra.
O procedimento se repete diariamente: a Embaixada brasileira em Beirute, no Líbano, emite vistos de turista válidos por 90 dias para pessoas de diferentes nacionalidades que vivem na Síria.
Assim que chegam ao Brasil, eles são orientados a procurar a Polícia Federal para darem entrada em seu pedido de refúgio (que demora até dois anos para ficar pronto).
O pedido, entretanto, gera imediatamente um protocolo, que já permite aos refugiados tirar documentos como CPF e carteira de trabalho antes mesmo do visto definitivo.
Até o início da guerra, em 2011, só 16 sírios viviam refugiados no Brasil, segundo a Acnur (agência das Nações Unidas para refugiados). Hoje são mais de 2 mil.
 Mohammed, à direita, diz que só conseguiu permissão de entrada como refugiado no Brasil, mas preferiria a Europa  (Foto: BBC)Mohammed, à direita, diz que só conseguiu permissão de entrada como refugiado no Brasil, mas preferiria a Europa (Foto: BBC)
Viver no Brasil
Os entrevistados dizem conseguir ganhar, no máximo, R$ 1 mil por mês, em jornadas de trabalho que começam às 7h e terminam depois das 22h.
Com famílias de até 8 pessoas, eles dizem que precisam de tempo até garantir os recursos necessários para pagar aluguel na cidade, onde é difícil, mesmo na periferia, encontrar um único quarto por menos de R$ 500.
A profissão mais comum é a de cozinheiro - o perfume de esfirras e doces assados sobe pela escadaria escura do prédio -, além do ofício de camelô.
 "Ninguém sabe para onde caminha a guerra na Síria", diz o músico Abdel, cuja casa foi bombardeada  (Foto: BBC)"Ninguém sabe para onde caminha a guerra na Síria", diz o músico Abdel, cuja casa foi bombardeada (Foto: BBC)
Do salão onde dorme Abdel, além do cheiro de comida emanam acordes acelerados de alaúde, instrumento de corda popular no Oriente Médio.
"Neste momento, não penso em voltar para Síria", diz o músico profissional, que no Brasil trabalha fabricando doces como barazeq (de gergelim e mel), basboosa (bolo de trigo) e halwa (biscoito de gergelim e açúcar derretido).
Ele vivia com parentes em um prédio de seis andares que foi bombardeado três vezes, até se reduzir a escombros.
"Ninguém sabe para onde caminha a guerra na Síria", diz.
'Navio negreiro'
Já a caminhada até o prédio ocupado ocorreu pelas mãos de Hasan Zarif, brasileiro de origem palestina, membro do Terra Livre, movimento que defende o direito a moradias populares no país.
"Encontramos essas pessoas dividindo o segundo andar de sobrados mínimos com mais de 50 refugiados", conta. "Então os convidamos a vir para a ocupação. Depois que veio a primeira família, encheu em dois, três dias, e agora temos mais 50 pessoas na lista de espera."
A fila, explica Zarif, seria fruto da falta de vagas disponíveis em abrigos públicos - onde a demanda de moradores de rua já supera a disponibilidade de leitos.
"Quem está do outro lado sempre acha que está fazendo um favor, um ato de bondade", diz a professora Rita de Cássia do Val, consultora do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados.
"Mas não estamos falando de caridade, estamos falando de cidadania."
Para ela, há uma "fantasia" entre muitos empregadores de que imigrantes aceitam qualquer tipo de trabalho, sob quaisquer condições.
"Muito pelo contrário. Muitos têm nível de politização e formação maior que o do brasileiro médio. E esses sujeitos não podem admitir serem tratados de maneira indigna."
Ela lembra que os refugiados "são mais gente consumindo, pagando impostos e trazendo novas experiências culturais e profissionais ao mercado".
O mesmo vale para os que ainda não encontraram emprego formal. "A carga tributária no Brasil é altíssima. Um vendedor de guarda-chuvas na porta do metrô também paga imposto quando compra uma coxinha."
Sobre uma suposta "competição" com nativos por empregos, Val diz que a crise dos refugiados abre espaço para que o mundo "repense conceitos antigos" de limites territoriais.
"Não dá para construir muros, tudo o que acontece no vizinho ou num pais distante vai me impactar", diz. "Os setores produtivos dependem dos imigrantes. Se todos forem embora, os países param."
As dificuldades para a validação de diplomas profissionais e o preconceito entre empregadores é a mesma, no Brasil e no exterior, diz a professora.
"É preciso que se saiba que os refugiados não são escravos nem representam novos navios negreiros. São apenas trabalhadores que querem trabalhar, dignamente, como eu e você."

fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/09/saga-siria-o-drama-dos-refugiados-que-vivem-como-sem-teto-em-sp.html
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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Cantareira tem primeira alta em 44 dias após chuva forte em SP


Reservatório teve elevação significativa após temporais de terça-feira (8).
Todos as represas que abastecem a Grande SP ganharam volume.

Felipe Tau e Márcio PinhoDo G1 São Paulo
Cantareira (Foto: Arte/G1)
A chuva forte que atingiu a capital e outras regiões do Estado de São Paulo nesta terça-feira (8) fez o volume do Sistema Cantareira subir pela primeira vez em 44 dias, segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O nível do conjunto de represas passou de 15%, na terça-feira, para 15,4% nesta quarta (9), alta significativa.
A última elevação no sistema havia ocorrido no dia 27 de julho. A alta desta quarta é apenas a terceira verificada no inverno, estação mais seca do ano.
Apenas entre as 9h de terça e as 9h desta quarta, o manancial recebeu 48,5 mm de chuva, 56% do previsto para todo o mês. No acumulado de setembro, a precipitação já chega a 65,5 mm, 75,6% do esperado.
Os demais cinco sistemas que abastecem a Grande São Paulo também se beneficiaram com as chuvas no Estado. O Guarapiranga se beneficou do dia mais chuvoso do ano na capital e subiu de 67,2% para 70,7%.
Agosto
Os novos números do Sistema Cantareira contrastam com o mau desempenho do Cantareira em agosto, mês em que teve apenas 30,7 mm de chuvas, o equivalente a 89,2% da média histórica do mês (34,4 mm).
Alagamento toma sessão inteira da rua Agreste de Itabaiana, na Zona Leste de São Paulo, durante chuva que atinge a capital paulista (Foto: Gero/Estadão Conteúdo)Alagamento em rua da Zona Leste de São Paulo durante temporal desta quarta-feira (Foto: Gero/Estadão Conteúdo)
Agosto foi o quinto mês seguido em que o sistema, que abastece 5,3 milhões de pessoas na Grande São Paulo, fechou "no vermelho".
O índice de 15,4% do Cantareira divulgado pela Sabesp considera o cálculo feito com base na divisão do volume armazenado pelo volume útil de água.
Após ação do Ministério Público (MP), aceita pela Justiça, no entanto, a companhia passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira.
O segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume total de água do Cantareira. Nesta quarta-feira, ele era de 11,9%. O terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume da reserva técnica pelo volume útil, e era de -13,9% nesta manhã.
Falta de planejamento
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) informou que a falta de água em São Paulo foi resultado da falta de planejamento do governo paulista e relatou que a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos (SSRH) recebeu vários alertas sobre a necessidade de um plano de contingência para eventuais riscos de escassez hídrica na Região Metropolitana de São Paulo. A pasta negou as alegações e disse que era impossível prever a estiagem de 2014.
As informações fazem parte do parecer do Tribunal de Contas do Estado sobre as contas do governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) em relação ao ano passado. O TCE aprovou as contas do tucano com ressalvas no fim de junho e listou 20 recomendações em diferentes áreas que o governo deveria adotar.
Sobre a seca no estado, o Tribunal de Contas afirmou que outras medidas poderiam ter sido adotadas para que a crise não chegasse "ao ponto em que se encontra atualmente, ou pelo menos para que seus efeitos fossem minimizados", como despoluição dos rios Tietê e Pinheiros, recuperação da represa Billings e combate mais efetivo de perdas de água na distribuição.
Já a Secretaria informou ao TCE que implantou diversas ações para uma situação de estresse hídrico, como o Programa de Uso Racional da Água (PURA), financiamento de estudos, projetos, obras e serviços ligados ao controle de perdas, e adoção de medidas para a prática de reúso de efluentes tratados para uso industrial, urbano e na agricultura.
Em nota enviada ao G1, o governo informou ainda que nenhum instituto ou especialista previu a severidade da seca que atingiu a região sudeste em 2014.


fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/09/cantareira-tem-primeira-alta-em-44-dias-apos-chuva-forte-em-sp.html

Agressora de refugiados ilustra crescimento de intolerância na Hungria


Cinegrafista que chutou sírios em cidade fronteiriça tinha ligações com partido de extrema-direita; governo do país constrói cerca para deter imigrantes.

da BBC
Cinegrafista  Petra Lazlo, do canal N1TV, colocou o pé na frente de um homem que tentava escapar de um policial. Ele levava uma criança no colo (Foto: Da BBC)Cinegrafista Petra Lazlo, do canal N1TV, colocou o pé na frente de um homem que tentava escapar de um policial. Ele levava uma criança no colo (Foto: Da BBC)
A cinegrafista que chocou o mundo com suas atitudes agressivas contra refugiados sírios tentando atravessar a fronteira da Hungria com a Sérvia se transformou também em um símbolo da crescente intolerância no país da Europa Oriental. Veja o vídeo.
Identificada como Petra Lazlo, ela trabalhava para o canal N1TV na cobertura dos enfrentamentos entre refugiados e a polícia na cidade húngara de Roszke na terça-feira. Foi flagrada colocando o pé na frente de um homem que tentava escapar de um policial, derrubando-o.
Cerca
Nem mesmo o fato de que o homem carregava um criança em seu colo deteve Lazlo, mais tarde flagrada chutando uma menina.
Ainda ontem veio à tona que a cinegrafista tem ligações com o partido de extrema-direita Jobbik, fundado em 2003 e que atualmente é a terceira maior legenda no Parlamento Húngaro.
Lazlo, por sinal, foi demitida pela N1TV e pode ser condenada a até cinco anos de prisão pela agressão.
Mas a postura intolerante não é exclusividade do Jobbik. O premiê húngaro, Viktor Orban, tem sido alvo de críticas pelo discurso inflamado contra a entrada de imigrantes estrangeiros e por ordenar a construção de uma cerca ao longo da fronteira com a Sérvia para tentar conter o fluxo de migrantes e refugiados que tentam atravessar a Hungria para chegar à Áustria e a Alemanha.
Mais de 160 mil migrantes ou refugiados entraram na Hungria em 2015, segundo autoridades do país.
Orban é líder do Fidesz, partido de tendência nacionalista e conservadora. Recentemente, ele criticou os planos da União Europeia de criar cotas de recebimento de refugiados para países do bloco. E disse estar defendendo "interesses cristãos contra o fluxo de muçulmanos chegando à Europa".
Uma recente enquete revelou que 46% dos húngaros são contra a entrada de imigrantes no país, um índice que triplicou em 20 anos.





fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/09/agressora-de-refugiados-ilustra-crescimento-de-intolerancia-na-hungria.html