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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Jovem faz ensaio sensual para ajudar pai a vender carro em leilão virtual



Thiago BarrosPara o TechTudo
Kim Ridley, morador de Oregon, nos Estados Unidos, encontrou uma maneira curiosa de promover a venda de seu carro no eBay. Dono de um Nissan Datsun 1977, ele pensou em uma “estratégia de marketing” para conseguir mais lances no leilão virtual: utilizou sua filha, de 20 anos, em uma espécie de ensaio sensual com o automóvel. A ideia deu certo e o veículo foi vendido por US$ 7,5 mil (cerca de R$ 15 mil).
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Bela filha do vendedor chamou a atenção dos compradores (Foto: Reprodução/eBay) (Foto: Bela filha do vendedor chamou a atenção dos compradores (Foto: Reprodução/eBay))Filha de vendedor chamou a atenção dos compradores ao posar ao lado do carro (Foto: Reprodução/eBay)
Foto do 'ensaio' de Lexxa Ridley no eBay (Foto: Reprodução)Foto do 'ensaio' de Lexxa Ridley no eBay (Foto: Reprodução)
Foto do 'ensaio' de Lexxa Ridley no eBay (Foto: Reprodução)Foto do 'ensaio' de Lexxa Ridley no eBay (Foto: Reprodução)
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Foto do 'ensaio' de Lexxa Ridley no eBay (Foto: Reprodução)Foto do 'ensaio' de Lexxa Ridley no eBay (Foto: Reprodução)
A garota, Lexxa Ridley, fez algumas fotografias bem sugestivas ao lado do carro. Com uma calça jeans rasgada e uma blusa amarela, combinando com a cor do Datsun, ela certamente ajudou a chamar a atenção dos interessados. Em entrevista ao site Adweek, o pai garantiu não ter ficado com ciúmes das poses ousadas da filha e disse não achar que utilizá-la na “campanha de marketing” de seu veículo tenha sido errado. O anúncio foi publicado no dia 15 de novembro no site do eBay.
“Se eu me sentisse mal com isso, não teria feito. Garotas e cachorros atraem a atenção do público”, disse ele.
Foto da menina com o carro aparece em destaque no anúncio do eBay (Foto: Reprodução/eBay) (Foto: Foto da menina com o carro aparece em destaque no anúncio do eBay (Foto: Reprodução/eBay))Foto da garota com o carro aparece em destaque no anúncio do eBay (Foto: Reprodução/eBay)
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Via Daily Dot

fonte: http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2012/11/jovem-faz-ensaio-sensual-para-ajudar-pai-vender-carro-em-leilao-virtual.html

Mãe caminha 8 km por dia com os filhos para que eles possam estudar



Sem dinheiro para ônibus, desempregada passa 4h esperando eles saírem.
Apesar do cansaço, ela diz: 'O mais importante é meus filhos estudarem'.

Elisângela NascimentoDo G1 GO
24 comentários
Doméstica Rosângela de Jesus Oliveira não mede esforços para que filhos estudem, em Aparecida de Goiânia, Goiás (Foto: Elisângela Nascimento/G1)Rosângela anda com os filhos até a escola, que fica longe de sua casa (Foto: Elisângela Nascimento/G1)
A doméstica Rosângela de Jesus Oliveira, de 33 anos, não mede esforços para que seus filhos se dediquem aos estudos. Desempregada, ela percorre todos os dias 8 km para  levar e buscar as crianças na escola. São 4 km de caminhada com os dois meninos, de 7 e 10 anos, e mais uma menina de 1 ano e 3 meses, de casa até a Escola Municipal Jardim Bela Vista, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana. Quando termina a aula, a família caminha mais 4 km de volta para casa.
Como não tem dinheiro para pegar ônibus e considera ainda mais cansativo voltar para buscá-los no fim do dia, a mãe passa as tardes na calçada em frente à instituição, sentada com o bebê embaixo de uma árvore. São 4 horas de espera até a saída dos estudantes. “O mais importante em minha vida é meus filhos estudarem”, garante.
Doméstica Rosângela de Jesus Oliveira não mede esforços para que filhos estudem, em Aparecida de Goiânia, Goiás (Foto: Elisângela Nascimento/G1)Rosângela fica 4h com a bebê de colo esperando a 
saída dos meninos (Foto: Elisângela Nascimento/G1)
Os filhos de Rosângela, Ângelo Gabriel, de 7 anos, e Carlos Vitor, que completou 10 anos na última quinta-feira (22), dizem que entendem a importância da educação e prometem recompensar o esforço da mãe em levá-los para a escola. Considerado pelos professores um aluno aplicado e responsável, o mais velho já sabe qual é a profissão dos seus sonhos: “Eu adoro matemática. Vou ser engenheiro mecânico”.
Apesar de ter asma, Carlos Vitor não tem preguiça de andar para frequentar as aulas. “Não vejo problema não. Mas é claro que eu me canso, ainda mais por causa da asma. Às vezes, eu tenho falta de ar”, diz. Já Ângelo fala que não sente cansaço durante a caminhada e tem gostos diferentes do irmão em relação às disciplinas: “Matemática é horrível. Eu gosto de pintar. E quando eu crescer, quero ser policial da Rotam [Ronda Ostensiva Tática Móvel]”.
A rotina de Rosângela e os filhos: saída de casa (10h30), caminhada pelas ruas de Aparecida de Goiânia (11h00) e a chegada à escola (12h30) (Foto: Elisângela Nascimento/G1)A rotina de Rosângela e os filhos: saída de casa
(10h30), caminhada pelas ruas de Aparecida de
Goiânia (11h00) e a chegada à escola (12h30)
(Foto: Elisângela Nascimento/G1)
Duas horas e meia de caminhadaA caminhada rumo à escola dura em média duas horas e meia. Eles saem de casa por volta das 10h30, param uma ou duas vezes para descansar e sempre chegam antes do início da aula, às 13h. Rosângela mora com os filhos no setor Santa Luzia, no último barraco da rua, localizado em uma ladeira, parte do trajeto que ela considera mais difícil. “As subidas são sempre complicadas e, por isso, paramos algumas vezes para descansar, principalmente quando o sol está muito forte. Eu e meu filho mais velho temos asma e sofremos mais no tempo seco”, reclama. Ela e os meninos se revezam na tarefa de empurrar o carrinho de bebê e levar as mochilas.
A marcha até a escola fica ainda mais difícil porque a família precisa disputar espaço com carros e outros veículos, já que em vários trechos do percurso não há calçada e ela passa por avenidas movimentadas. “Minhas opções de caminho são todas ruins. Eu pegava um atalho antes, mas passava por uma região muito perigosa, onde outro dia uma bala perdida acertou o filho de uma conhecida”, justifica.
Ao chegar à escola, Rosângela aproveita para conversar com os professores sobre a vida escolar dos filhos. Em seguida, quando está fazendo sol, vai para a esquina se abrigar embaixo de uma árvore na companhia da filha mais nova, que ainda mama no peito. Nos dias de chuva, ela e a criança se protegem na marquise de uma casa comercial que está em reforma, próxima à calçada onde costuma ficar. “Sempre dou um jeito. Não pode é desanimar, né?”, ameniza.
Vaga em crecheDiretora da escola onde eles estudam, Josimeire Nogueira de Oliveira revela que já tentou ajudar Rosângela, sem sucesso, a conseguir vaga em uma creche, para que ela possa arrumar um emprego. “Doamos cestas básicas, mas não conseguimos nenhuma vaga em creche para que ela possa deixar a filhinha e poder trabalhar. Cheguei inclusive a pedir ajuda ao Conselho Tutelar da região, mas não adiantou. Ficamos muitos comovidos com a história dela e estamos fazendo o que está ao nosso alcance”, lamenta.
Carlos Vitor, filho da doméstica Rosângela de Jesus Oliveira, que não mede esforços para que filhos estudem, em Aparecida de Goiânia, Goiás (Foto: Elisângela Nascimento/G1)Carlos Vitor reconhece esforço da mãe e quer ser engenheiro mecânico (Foto: Elisângela Nascimento/G1)
A diretora Josimeire reconhece a força de vontade de Rosângela em garantir que os filhos frequentem a escola: “É realmente impressionante. É uma das primeiras mães a chegar. Ela traz todos os dias os filhos para estudar e passa horas esperando-os sair. Como nossa escola é pública, infelizmente, eu não tenho autorização para deixá-la ficar aqui dentro no horário da aula”.
Rosângela estudou somente até o 3º ano do ensino fundamental e, por isso, assegura que faz o que for preciso para que os filhos tenham mais oportunidades. “Eu me mudei de casa e eles saíram da escola onde estudavam antes. Depois, quando voltei, não achei mais vaga. Mas eu me preocupo com o estudo deles e com o cartão de vacina, que eu faço questão de manter sempre em dia. E não é só porque recebo o Bolsa Família não. Sinto na pele as consequências de não ter estudado”, explica.
Ângelo Gabriel, filho da doméstica Rosângela de Jesus Oliveira, que não mede esforços para que filhos estudem, em Aparecida de Goiânia, Goiás (Foto: Elisângela Nascimento/G1)Ângelo Gabriel, de 7 anos, quer ser policial
(Foto: Elisângela Nascimento/G1)
Vivendo com uma renda de R$ 100 do programa do governo, Rosângela afirma que às vezes chega a passar fome com os filhos. Ela diz que não recebe ajuda dos ex-companheiros e nem da família. "Só tenho ajuda de estranhos", afirma. “A situação só não é pior porque recebo doações de comida de vizinhos e amigos.”
Ela argumenta que, como não consegue creche para deixar a filha, não tem como voltar a trabalhar. “Procurei por todo lugar, mas não há vagas. Algumas dizem que só pegam crianças a partir dos 2 anos e a minha ainda não tem essa idade”, afirma.
Sem dinheiro para pagar os R$ 180 de aluguel desde o mês passado, Rosângela teme ser despejada: “Também estou preocupada porque as contas de luz e água vão vencer e eu não tenho como pagar”, afirma a doméstica.
Matrículas
Em nota oficial enviada ao G1, a Secretaria de Educação de Aparecida de Goiânia informou, através de sua assessoria de imprensa, que “creches filantrópicas conveniadas, do tipo Centro de Educação Infantil, obedecem a regras próprias no que tange às matrículas”.
Sobre as vagas nos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), que são as creches geridas pela prefeitura, o órgão esclarece que as crianças podem ser matriculadas a partir dos 6 meses de idade.
A Secretaria de Educação adianta que as matrículas da rede municipal de ensino começam em janeiro e poderão ser feitas pela internet e por telefone.
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fonte : http://g1.globo.com/goias/noticia/2012/11/mae-caminha-8-km-por-dia-com-os-filhos-para-que-eles-possam-estudar.html

Carros e construção devem puxar PIB do terceiro trimestre



Expectativa de economistas é de alta de cerca de 1%.
IBGE divulga dados do terceiro trimestre nesta sexta-feira (30).

Simone CunhaDo G1, em São Paulo
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A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros e dos materiais de construção devem “redimir” o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, previsto para ser divulgado às 9h desta sexta-feira (30). A previsão dos economistas é que a alta do PIB fique em torno de 1% na comparação com o trimestre anterior.
Apesar de considerado ruim, o resultado da indústria, puxado por esses setores, deve ser o destaque da melhora – ou da menor piora, segundo dizem – do PIB trimestral e evitar um resultado mais tímido da economia.
Segundo a economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thaís Marzola Zara, a indústria deve ter melhor desempenho entre agosto e julho por conta dos benefícios fiscais e também por terem como base de comparação resultados ruins dos trimestres anteriores. “Nas indústrias automobilística e de bens duráveis como linha branca, houve redução de estoques, mas também houve produção”, diz.
Para a economista da consultoria Tendências Alessandra Ribeiro, o que mudou na indústria em relação ao resto do ano foi a redução do IPI. “A prorrogação segurou a queda do setor”, diz.
Maior desde 2010, mas baixo
Se confirmado, o crescimento de cerca de 1% será o maior desde 2010. Naquele ano, o PIB cresceu 1% no quarto trimestre e 1,3% no segundo. Mas, com altas tímidas 0,1% e 0,4% nos dois trimestres anteriores, o resultado do PIB julho a setembro deixa o Brasil ainda longe do resultado previsto pelo governo no início do ano – o governo projetava então um crescimento de até 4,5% no Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2012.
A previsão do governo para o PIB do terceiro trimestre é agora pouco mais otimista que a do mercado: em meados de novembro, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, destacou que dados do Banco Central (BC) apontam uma alta de 1,15% no PIB do 3º trimestre deste ano.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez previsão similar: a expectativa, de acordo com o ministro, é que seja registrado crescimento em torno de 1,2%.
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fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/11/carros-e-construcao-devem-puxar-pib-do-terceiro-trimestre.html

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Fundação Casa tem 488 adolescentes inscritos para fazer a prova do Enem



Exame será aplicado em 4 e 5 de dezembro nas unidades prisionais.
Internos buscam certificação do ensino médio e vaga na faculdade.

Vanessa FajardoDo G1, em Franco da Rocha (SP)
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Fundação Casa (Foto: Raul Zito/G1)Jovens da unidade Novo Tempo, em Franco da Rocha, têm aulas para o Enem (Foto: Raul Zito/G1)
Um grupo de 488 adolescentes que cumpre medidas socioeducativas em 93 unidades da Fundação Casa, em São Paulo, está inscrito para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos dias 4 e 5 de dezembro. É o maior número dos últimos três anos. No ano passado, 105 jovens fizeram as provas.
O aumento, segundo a gerente escolar Neuza Flores, se deve ao fato de que nesta edição muitos internos farão as provas para conseguir a certificação do ensino médio, além dos que vão disputar vaga em universidades ou usar o exame para solicitar bolsa do Programa Universidade para Todos (Prouni). O Enem será aplicado por equipes do Ministério da Educação nos próprios centros de medidas socioeducativas e nas unidades prisionais.
As unidades da Fundação Casa abrigam atualmente cerca de 6.300 jovens infratores. A maioria tem entre 16 e 17 anos, e apesar de já ter idade suficiente para cursar o ensino médio, está entre o 6º e o 9º ano do ensino fundamental. Os jovens chegam às unidades com defasagem no ensino muitas vezes porque abandonaram a escola e retomam os estudos durante a internação, já que a atividade é obrigatória. Grande parte é alfabetizada neste período.
Interno da Fundação Casa durante aula (Foto: Raul Zito/G1)Interno da Fundação durante aula preparatória
para o Enem (Foto: Raul Zito/G1)
Foco no Enem
Na Novo Tempo, unidade da Fundação Casa em Franco da Rocha, Região Metropolitana de São Paulo, há um trabalho específico para o Enem. Os oitos meninos que farão as provas têm um reforço de duas horas e meia por dia com simulados e exercícios específicos há quatro meses. É o momento para eles tirarem as dúvidas da disciplina que mais os aflige: matemática.
“Número é difícil de decorar. Nunca repeti de ano, mas dá medo de não conseguir lembrar tudo na hora da prova. Estou me dedicando, tenho força de vontade, cometi um ato infracional, mas quero mudar minha vida”, diz o jovem de 17 anos que quer estudar engenharia de petróleo.
Os cursos de enfermagem, mecânica, publicidade e direito estão entre os sonhos dos jovens da unidade de Franco da Rocha que farão o Enem e pretendem cursar uma faculdade. Eles dizem apostar na educação para conseguir conquistar sonhos e reescrever a história de suas vidas.
“O Enem abre portas, e se eu me arrisquei por uma algo ruim, também tenho de me arriscar para conseguir algo bom. Tenho vontade de vencer”, afirma o garoto de 18 anos que pretende seguir carreira em publicidade.
Os jovens não revelam qual foi o ato infracional que os tirou a liberdade. Quando questionados dizem que preferem não contar porque o crime faz parte do passado, estão arrependidos e agora pagam sua dívida com a sociedade.
VEJA HISTÓRIAS DE INTERNOS DA FUNDAÇÃO CASA DE FRANCO DA ROCHA QUE VÃO FAZER O ENEM
Fundação Casa (Foto: Raul Zito/G1)(Fotos: Raul Zito/G1)

'Quero ser engenheiro de petróleo'
“Tenho 17 anos e estou na Fundação há quatro meses. Perdi meus pais em um acidente de carro, minha irmã é minha responsável. Quero estudar engenharia de petróleo porque algumas pessoas da minha família trabalham nesta área. Vou fazer o Enem para conseguir uma bolsa de estudos e provar que eu não sou o que todo mundo pensa. Posso mudar minha vida se tiver força de vontade, e eu tenho muita.”
Fundação Casa (Foto: Raul Zito/G1)

'Enquanto não saio, eu estudo'“Quero estudar enfermagem porque é uma profissão gratificante, que só faz o bem. Tenho 19 anos, estou na Fundação há mais de um ano. Entrei aqui por um erro na qual me arrependo. Devo sair logo, mas não penso nisso, porque se eu juntar a ansiedade de sair mais a de fazer o Enem, não consigo fazer nada. Enquanto não saio, me dedico aos estudos. Só o aprendizado pode abrir novos caminhos. Já perdemos bastante, aqui é um caminho, uma chance de mudarmos nosso futuro.”
Fundação Casa (Foto: Raul Zito/G1)


'Vou ser o 1º a entrar na faculdade'“Sou criativo, me dou bem com comunicação, leio bastante e por isso quero estudar publicidade. Vou fazer o Enem, mas minha maior dificuldade é com matemática. Tenho vontade de vencer e não vou perder as oportunidades. Tenho 18 anos, estou aqui desde março. Se eu me arrisquei por uma coisa ruim, tenho de arriscar para conseguir algo bom. Meu pai é vigilante, minha mãe é doméstica, eles não tiveram sucesso profissional, por isso eu quero ser. Vou ser a primeira pessoa da minha família a entrar na faculdade.”
Fundação Casa (Foto: Raul Zito/G1)

'Só a educação vai mudar minha vida'“Tenho de conhecer o lado bom da vida para ser alguém, quero entrar na faculdade. Tenho 17 anos e estou na Fundação desde abril. Abandonei a escola no 2º ano por falta de interesse, aí fui ver o outro lado que me trouxe até aqui. Cometi um erro, mas foi passado. Tenho medo de frustrar minha mãe novamente. Só a educação vai ajudar a mudar minha vida e conquistar meus planos.”
Fundação Casa (Foto: Raul Zito/G1)

'Quero me tornar promotor ou juiz'"Gosto muito de ler, tinha o hábito quando estava lá fora, mas perdi. Me envolvi com o crime e perdi o interesse. Gosto de escrever, de contar histórias. Tenho 18 anos, quero estudar direito e, quem sabe, me tornar um promotor ou juiz. Estou na Fundação desde abril, me arrependo do que fiz porque desiludi a mim e a minha família. Acredito na educação para mudar minha vida.”

Fundação Casa (Foto: Raul Zito/G1)

'Quero fazer arquitetura ou mecânica'“Antes de entrar aqui não prestava atenção nas aulas. Agora tenho mais tempo para me focar. Tenho 18 anos e vou fazer o Enem para entrar na faculdade, esta é a meta. Ainda não sei se quero estudar arquitetura ou mecânica. Estou há na Fundação há seis meses, cometi um erro, e estou arrependido.”

CORTADA Fundação Casa (Foto: Raul Zito/G1)

'Escolhi radiologia para ajudar pessoas'“Corria risco lá fora, agora procuro fazer o bem, aproveitar as oportunidades. Escolhi estudar radiologia porque é um meio de ajudar as pessoas. Tenho 18 anos, quero ser alguém no futuro e mudar a visão que a sociedade tem de mim. Consigo prestar mais atenção nas aulas aqui dentro do que quando estava lá fora. Tem menos gente na sala e os professores acreditam na nossa capacidade.”
Educação Fisica Fundação Casa (Foto: Raul Zito/G1)

'Quero fazer minha mãe feliz'“Fiquei dois anos fora da escola, não gostava de ir, ou ia e não estudava. Não estava pensando no meu futuro. Minha mãe é empregada, meu pai é pedreiro, tenho três irmãos mais novos e preciso de um emprego para ajudar minha família. Quero fazer minha mãe feliz. Tenho 18 anos, entrei na Fundação em março. Quero fazer educação física, gosto de esporte, jogo basquete e futebol. Estou estudando bastante, mas ainda tenho dificuldade com o vocabulário, não são todas as palavras que entendo.”
Ensino superior
Quando saem as notas do Enem, as unidades avaliam as possibilidades de inscrever os internos no Sistema Integrado de Seleção de Unificada (Sisu) que oferece vagas em universidades públicas ou no Programa Universidade para Todos (Prouni) que distribui bolsas de estudo para universidades particulares. No início deste ano, nove internos foram matriculados no ensino superior, um número recorde.
Fundação Casa (Foto: Raul Zito/G1)Unidade  Novo Tempo, em Franco da Rocha
(Foto: Raul Zito/G1)
Se aprovado, o menino precisa de uma autorização judicial para frequentar as aulas. O adolescente pode tanto ser desinternado, ter uma mudança do regime da medida (passar de regime privado a semi-liberdade, por exemplo) ou no último caso, assistir às aulas acompanhado por um funcionário da Fundação, dependendo do histórico do interno. O juiz também pode impedir que o adolescente estude, o que ocorre em alguns casos, e negar a autorização.
“Alguns juízes ainda não autorizam e fecham essa ponte. A educação é essencial, inclusive, para que esse meninos não cheguem à Fundação. Se houvesse uma educação pública de qualidade, o número de internos cairia muito”, afirma Neuza Flores, gerente escolar da Fundação.
Em 2011, mais de 14 mil pessoas privadas de liberdade foram inscritas no Enem em unidades prisionais ou de medidas socioeducativas. As provas foram aplicadas em 527 unidades de todo o país. Os números deste ano ainda não foram divulgados pelo Ministério da Educação.
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fonte: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2012/11/fundacao-casa-tem-488-adolecentes-inscritos-para-fazer-prova-do-enem.html