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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ultima etapa da Copa master e sênior de ciclismo

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Taquara, Goiano, Ventureli, Luiz eNeno

Velocidade de acesso à Internet terá que respeitar 60% do contratado

:: Luís Osvaldo Grossmann
:: Convergência Digital :: 27/10/2011

A partir de 1º de novembro de 2012, a navegação na Internet deverá apresentar uma sensível melhoria. Regras aprovadas nesta quinta-feira, 27/10, pela Anatel determinam que, em média, a velocidade dos acessos respeite 60% do valor nominal contratado, tanto nos acessos fixos quanto móveis. A prática atual de mercado é garantir apenas 10%.

Não significa que a experiência será sempre nesse nível. Os dois regulamentos que tratam da qualidade - para os serviços de Comunicação Multimídia (acessos fixos) e Móvel Pessoal (móveis) - foram baseados em um estudo conduzido pelo Comitê Gestor da Internet e o Inmetro, com participação da própria agência, que se fundamenta em dois critérios principais para a medição da velocidade.

Um deles trata do que foi chamado de “taxa de transmissão instantânea”. Ele diz respeito à medição da velocidade da conexão em um determinado momento. Nesse caso, o percentual mínimo será de 20%. O outro critério é de taxa de transmissão “média”, cuja tradução pode ser a média das velocidades “instantâneas” medidas ao longo de um mês - essa, inicialmente, de 60%

A conjugação desses dois critérios significa que eventualmente a velocidade da conexão poderá ser de apenas 20% da contratada – mas como será preciso respeitar a “média”, caso haja medições com esse percentual mínimo, será necessária alguma compensação. Além disso, os percentuais serão elevados para 30% e 40% (instantânea) e 70% e 80% (média) a cada 12 meses.

Para efeitos de sanções da agência, essas medições serão feitas por entidade a ser financiada pelas operadoras - a Entidade Aferidora de Qualidade - que terá equipamentos próprios e gestão semelhante à ABR Telecom, responsável pela portabilidade numérica. A operacionalização disso será estabelecida por um Grupo de Implantação de Aferição de Qualidade, ou GIPAQ.

As teles, porém, terão que fornecer, gratuitamente, um software de medição aos internautas - nos moldes do SIMET já disponibilizado pelo Comitê Gestor de Internet. Ressalte-se que essa medição “doméstica” servirá como indicativo. Embora entenda-se que existirá relação entre a medição do usuário e aquela “oficial”, a que vale para eventuais multas é a daquela Entidade Aferidora.

Além de medir a própria rede das operadoras, haverá equipamentos instalados em residências, de forma semelhante à forma como é medida a audiência das emissoras de televisão. Por outro lado, a Anatel dará mais força às reclamações dos usuários, ao determinar que as queixas que chegam à agência - em geral, depois do usuário fracassar junto à operadora - sejam no máximo 2% das feitas às empresas.

Apesar das queixas e ameaças das empresas, a agência não acredita que os investimentos necessários para melhorar a qualidade dos serviços terá impacto nos valores cobrados aos consumidores - as teles usaram esse como um dos argumentos para pressionar a Anatel a não adotar os percentuais. “É lógico que qualidade tem custo, mas não haverá aumento nos preços”, afirma o conselheiro João Rezende. A CDTV, do Convergência Digital, mostra a explicação da Anatel. Assista.



fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=28239&sid=4

Deputado Marcelo Freixo, do RJ, deixará o país após ameaças de morte

 

Ele recebeu um convite da Anistia Internacional e irá para a Europa.
Segundo Freixo, só nó último mês foram sete ameaças à sua segurança.

Cláudia Loureiro Do G1 RJ
 
 


A convite da Anistia Internacional, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) vai deixar o Brasil na terça-feira (1º) após uma série de ameaças de morte. Em 2008, Freixo presidiu a CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que indiciou mais de 200 pessoas, entre policiais e políticos. Desde então, o deputado passou a sofrer ameaças.
Sete ameaças em um mês
"Vou deixar o país, mas é por pouco tempo. Recebi um convite da Anistia Internacional e em função das várias ameaças e da pressão que isso envolve estou aceitando o convite. Só nesse último mês foram sete ameaças de morte. Mas volto antes de dezembro", confirmou Freixo em entrevista ao G1 nesta manhã.
Segundo ele, por medida de segurança, o local de destino não pode ser divulgado. O deputado informou apenas que irá para a Europa, junto com a família. Durante esse período, ele ficará de licença na Alerj.
"Eu vou ficar de licença, então não vai ter custo nenhum para a Assembleia. Vou aproveitar para divulgar esse o relatório da CPI das milícias lá fora".
O afastamento do deputado se dá também para que sejam feitos ajustes na sua segurança. "Eu tenho segurança, mas é preciso que sejam feitos ajustes necessários, que ainda não foram feitos, como aumentar o número de seguranças e a prisão dos ameaçadores".
Documento relata atentado
No dia 17, representantes de diferentes partidos políticos e entidades se reuniram num ato em defesa do deputado, depios que um documento da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar apontou que Freixo  seria alvo de um atentado.
O documento da PM, endereçado à Coordenadoria Institucional de Segurança da Alerj, indica que o miliciano conhecido como Carlão planejava o assassinato de Marcelo Freixo. De acordo com a Coordenadoria, o miliciano receberia dinheiro de um ex-PM se executasse o deputado.
"É uma situação de total insegurança e muito grave, porque nada mais fiz do que cumprir a minha função como parlamentar. Então, quem cumpre a sua função pública, ser ameaçado de morte por isso é muito grave. E a gente está falando do principal crime organizado no Rio de Janeiro: a milícia hoje é o mal maior que tem no Rio. Então, evidentemente, precisa ser enfrentado. E é inadmissível que depois de matarem uma juíza, ameacem matar um parlamentar. E quantas outras pessoas mais virão antes de eles serem detidos? É muito importante que se busque deter o poder econômico e territorial desses grupos. Só as prisões não vão resolver", defendeu Freixo na ocasião.

fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/10/deputado-marcelo-freixo-do-rj-deixara-o-pais-apos-ameacas-de-morte.html

ONGs cobram taxa por vagas no programa Minha Casa, Minha Vida

 

Entidades forjam documentos para burlar regras de acesso ao programa.
Governo vai investigar, mas Caixa admite ser ‘difícil’ comprovar fraudes.

Do G1, com informações do Fantástico
 
 


Entidades cadastradas pelo governo estão cobrando “taxas” para incluir pessoas no Programa Minha Casa, Minha Vida, que financia moradias populares para famílias de baixa renda. Reportagem do Fantástico, exibida neste domingo (30), mostra dirigentes de entidades negociando vantagens para burlar o processo de seleção do programa.
As fraudes acontecem por meio de uma modalidade específica, em que organizações não-governamentais e cooperativas são habilitadas como parceiras. De acordo com a reportagem, a parceria com as ONGs é a parte menor do programa.
Em geral, os compradores negociam os imóveis com as construtoras, e o governo paga parte da dívida. Com autorização do governo, as ONGs selecionam as famílias, elaboram os projetos e, em alguns casos, executam as obras. Só pode se candidatar quem tem renda familiar de até R$ 1,6 mil.
As fraudes, em geral, consistem em informar renda inferior e omitir ou acrescentar dados sobre o candidato para que ele se encaixe no perfil do programa e facilite sua inscrição. A seleção deve priorizar mulheres chefes de família, portadores de necessidades especiais, idosos e pessoas consideradas em situação vulnerável, como moradores de áreas de risco.
Criado em 2009, o Minha Casa, Minha Vida já entregou mais de 450 mil casas e apartamentos. Para ter a casa própria, as famílias pagam 10% do salário, durante 10 anos, e o governo custeia o restante do imóvel.
O Ministério das Cidades, responsável pelo programa, disse que vai investigar os casos apontados pela reportagem. O superintendente da Caixa, que financia o programa do governo, Paulo José Galli, admite que é difícil comprovar a fraude.
“Ao receber essa declaração de autônomo, a Caixa não tem como saber se ela é verdadeira ou falsa. A gente presume, quer dizer, existe uma entidade que está apresentando, existem pessoas que apresentam essa documentação. A gente parte do pressuposto que existe seriedade e honestidade. Uma vez detectada qualquer irregularidade a Caixa vai atuar de maneira efetiva”, afirmou Galli.
Fraudes
Um dos projetos em que foram encontradas irregularidades é o da Cooperativa Habitacional dos Moradores do Distrito Federal e Entorno, em Luziânia. A obra ainda não foi aprovada pela Caixa Econômica Federal, e não saiu do papel. Mesmo assim, a cooperativa ajuda a negociar lotes de pessoas que ainda não receberam a casa, mas já têm intenção de vendê-la.
“Eu não declarei renda lá também, porque se for declarar renda, Deus me livre! Ia sair caro demais. Eu tiro R$ 2 mil por mês. E já passou pela Caixa. Seria interessante você não dar nenhum comprovante de renda, porque aí, quando passar para o financiamento da Caixa, vai pagar só 10%. Vai ficar barato”, revelou um dos inscritos no programa por meio da ONG de Luziânia que já conseguiu duas casas em nome dele e da mulher.
“Eu falei que eu tinha cadeirante, que eu precisava pegar ônibus e tudo. Então, você tem que inventar umas coisas para ficar com um lote melhor”, afirmou.
De acordo com a diretora de produção habitacional da Secretaria Nacional de Habitação, do Ministério das Cidades, Maria do Carmo Avesani, é proibido que um casal, mesmo que em união estável, seja beneficiado duas vezes pelo programa.
“Se ele tem uma união estável, ele é um único núcleo familiar, por que ter duas casas? O ‘Minha Casa, Minha Vida’ não é para fazer comércio”, afirmou a diretora.
“As famílias, quando dão as declarações, elas também se responsabilizam pelas declarações que são dadas. Qualquer declaração falsa, o cidadão que deu a declaração falsa irá arcar com as consequências daquele fato e daquele ato”, completou Maria do Carmo Avesani.
Uma funcionária da mesma entidade de Luziânia disse ao Fantástico que para ser um dos beneficiários do Minha Casa, Minha Vida bastava pagar R$ 4,5 mil. Ela chegou a afirmar que a lista de inscritos estava completa, mas ofereceu contatos de pessoas que queriam vender um de seus lotes, sem sequer ter recebido o imóvel.
“Eu vou vender um para sanar algumas dívidas. Depois, se eu conseguir outro, eu vou pegar mais um, porque vai ser investimento”, disse o participante do programa ouvido pela reportagem.
A presidente da cooperativa de Luziânia, Fabiana Maria Lima de Morais, negou que o inscrito no programa que falou à reportagem tenha duas vagas. “Ele só tem o cadastro dele. Vendo ali a oportunidade de passar aquela cota, ele inventou que tinha dois cadastros”, afirmou.
Por telefone, o rapaz também negou as declarações que havia feito à reportagem. Mesmo assim, a presidente da cooperativa pretende excluí-lo do projeto. Segundo Fabiana, a funcionária da ONG também deu informações erradas e será demitida.
Em São Paulo, outra organização, Conselho Comunitário de Educação, Cultura e Ação Social (CCECAS), cobra R$ 5,5 mil pela vaga. “O valor é assim: você paga R$ 5,5 mil, parcelado ou à vista. como for melhor. Já está tudo aprovado com a Caixa”, informa um homem.
“Eu diria que cobrar R$ 5,5 mil para se inscrever num programa onde as famílias pagam 10% de contribuição depois da unidade pronta, ou no mínimo R$ 50, não é coerente”, afirmou a diretora do Ministério das Cidades.
Desde 2008, a entidade oferece apartamentos em um terreno em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Até agora, nada foi construído e o projeto não foi aprovado pela Caixa. Seriam 12 prédios em uma área, atualmente, tomada pelo mato.
A ONG foi criada pelo presidente do Partido Verde da região e ex-candidato a prefeito, Ricardo Silva. Ele e a mulher afirmaram ter pelo menos cinco parentes entre os beneficiários.
A administradora de empresas Eliane Cristina Rengies e ex-funcionária da ONG e diz que foi obrigada a incluir parentes dos dirigentes no lugar de outras famílias.
“Eu tive de falar: ‘Olha, você não passou na pesquisa da Caixa. No Cadin, na sua renda, você ultrapassa o que a Caixa exige. Muitas vezes, foi mentira. Ele só chegou com a documentação, me entregou e falou: ‘Essa pessoa tem que entrar, que é minha sobrinha’”, contou a ex-funcionária.
Ricardo negou que tenha privilegiado familiares. “Eu acho o seguinte: eu não posso fazer nada que beneficie o meu sobrinho ou a minha filha, mas também não posso fazer nada que os prejudique. O programa diz o seguinte: é para famílias de baixa renda, de zero a três salários-mínimos. Ele está dentro do perfil? Tem filhos? Tem família? Tem casa? Não tem. Então, se inscrevem no programa”, disse Ricardo Silva.
Outra irregularidade é que, entre as 160 casas do conjunto, metade serão entregues a solteiros. “Não é um fato positivo, com certeza, selecionar hoje uma pessoa solteira, diante de tantas outras que têm famílias e que teriam prioridade pelas diretrizes gerais do programa”, afirmou a diretora de produção habitacional do Ministério das Cidades.
No município de Poá, na Grande São Paulo, a ONG Conpoá chegou a cadastrar 200 moradores para um projeto habitacional em um terreno. Mas o Ministério das Cidades afirmou que não autorizou a entidade a trabalhar em nome do “Minha Casa, Minha Vida”.
Pessoas como a cabeleireira Terezinha de Lima Torres acreditaram que se tratava de uma parceria com a Caixa. Ela pagou R$ 300 para que a ONG elaborasse um projeto que nunca saiu do papel.
“Como entra a Caixa Econômica Federal, a gente sempre confia. Eu caí num golpe. Mas ainda bem que eu... Quer dizer, perdi R$ 300, que parece que não é muito, mas faz falta”, lamenta Dona Terezinha.
A presidente da ONG, Roseli Sousa da Fonseca, disse que vai devolver o dinheiro. “Eu faço agenda e faço as devoluções para as famílias. A minha consciência, eu deito e durmo de boa, porque eu tenho a certeza de que eu não estou lesando ninguém”, afirmou.
Depois de saber das irregularidades a Caixa suspendeu os processos das associações de Luziânia e de São Paulo e pediu esclarecimentos às ONGs de Itaquaquecetuba e de Poá.
Investigação
O Ministério Público Federal informou que investiga a atuação das ONGs na Grande São Paulo. Segundo o procurador da República Matheus Baraldi Magnani, tanto a construtora quanto os beneficiários do programa são selecionados pelas entidades privadas, o que dificulta a fiscalização por parte do governo
“Tanto a construtora quanto os beneficiários são escolhidos, literalmente escolhidos por uma ONG. Ou seja, uma entidade privada. E o Estado não tem nenhum controle efetivo direto. O cadastramento das famílias nem sempre é feito com base em critérios objetivos. É um convite à corrupção, sem sombra de dúvida. São praticamente inexistentes filtros contra a corrupção no ‘Minha Casa, Minha Vida’. Isso é muito grave”, afirma o procurador.
Veja dicas para evitar fraudes:
- Veja se a entidade está autorizada pelo Ministério das Cidades. A lista está no site www.cidades.gov.br;
- Procure conhecer a ONG e saber como ela atua na comunidade;
- Informe-se sobre outras obras já executadas;
- Participe das discussões do projeto;
- Qualquer pagamento também deve ser discutido entre todos os associados. Não aceite cobranças de taxas com as quais você não concorde;
- O dinheiro pago a entidades não garante um lugar no programa. A Caixa precisa aprovar todas as famílias selecionadas pela ONG.
- Os pagamentos para a Caixa só começam depois que o imóvel está pronto.

fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/10/ongs-cobram-taxas-por-vagas-no-programa-minha-casa-minha-vida.html

'Crescei e multiplicai-vos', mas como encher as barrigas?, indaga Garcia

 

ONU prevê que, até 2050, 70% da população do mundo se concentrem nas cidades. O que pesquisadores brasileiros têm feito na área de alimentação?

 


A previsão da ONU é de que, até 2050, 70% da população do mundo se concentrem nas cidades. O que os pesquisadores brasileiros têm feito na área de alimentação? Vai ser necessário alimentar muita gente, com mais eficiência e menos espaço.
O velho testamento dizia “Crescei e multiplicai-vos e enchei a terra”, mas como encher as barrigas? O Brasil até que não vai mal: a taxa de fecundidade é de dois filhos por mulher em período reprodutivo. O problema é que isso é a média. Os ricos se reproduzem pouco e os pobres, muito.
Temos 22 habitantes por quilômetros quadrado. Isso é bom se compararmos com o Japão, que tem 331 habitantes por quilômetros quadrado. O problema é que, como dizia Roberto Campos: "as crianças nascem onde estão as mães". E as mães não estão na Amazônia, elas estão nas periferias das grandes cidades e no Nordeste. É preciso alimentar essas crianças para que elas possam ter um crescimento saudável, possam estudar e trabalhar.
A Embrapa tem feito milagres. Aumentou a extensão da terra plantada em 30%, mas a produtividade cresceu 60% graças a pesquisa da Embrapa, que já rendeu um prêmio, que é um complemento do Nobel de Agricultura, em 2006.
Alysson Paulinelli, ministro que impulsionou a Embrapa, e o pesquisador Embrapa, Edson Lobato, foram aos Estados Unidos receber o prêmio.
O reconhecimento de um trabalho que é de uma estatal excepcional, que faz com que cresça a produção no Brasil.
Temos que eliminar ainda alguns entraves: burocracia, altos impostos, capacidade de escoar prejudicada por ferrovias ruins, falta de ferrovias, falta de portos eficientes. Enfim, a natureza deu sol, deu terra, deu água para o Brasil e a Embrapa está provando que, fazendo a sua parte, conseguimos produzir alimentos até para vender para os outros e ganhar com isso.


fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/10/crescei-e-multiplicai-vos-mas-como-encher-barrigas-indaga-garcia.html

Decreto que suspende repasse de verbas a ONGs é publicado

 

Ministérios precisam fazer revisão para atestar uso correto do dinheiro.
Medida, válida por 30 dias, prevê exceções e prorrogação do prazo.

Do G1, em São Paulo
 
 


A suspensão do repasse de recursos federais para convênios firmados com organizações não governamentais (ONGs) entra em vigor nesta segunda-feira (31). A determinação da presidente Dilma Rousseff foi regulamentada  com a publicação de decreto no "Diário Oficial da União".
A medida, anunciada na tarde de domingo (30), suspende por 30 dias os pagamentos. No período, os pagamentos ficarão suspensos para que seja feita uma "avaliação da regularidade" da execução dos convênios firmados até o último dia 16 de setembro.
"A avaliação de regularidade da execução [pelos órgãos e entidades da administração pública federal] deverá ser realizada no prazo de até trinta dias, contado a partir da data de publicação deste Decreto, período no qual ficam suspensas as transferências de recursos a entidades privadas sem fins lucrativos", diz o artigo 1º do decreto.
O texto do decreto relaciona três situações em que não se aplica a suspensão por 30 dias dos pagamentos: programas de proteção a pessoas ameaçadas ou em risco de segurança; entidades que mantenham convênio, contrato ou parceria regulares e com prestações de contas aprovadas há pelo menos cinco anos; e transferências do Ministério da Saúde para serviços de saúde que integram o Sistema Único de Saúde (SUS).
Histórico
As denúncias que resultaram na demissão de Orlando Silva do Ministério do Esporte - e na substituição dele por Aldo Rebelo - são relacionadas a supostas fraudes nos convênios do ministério com entidades privadas. ONGs que mantêm parcerias com o ministério estariam sendo utilizadas para desviar dinheiro público para o PC do B, partido do ex-ministro e do sucessor - Orlando Silva sempre negou.
Pelo mesmo motivo (convênio com ONGs), Pedro Novais já havia pedido demissão do cargo de ministro do Turismo, substituído por Gastão Vieira. Em razão das supostas fraudes de desvio de verbas no Turismo, uma operação da Polícia Federal chegou a prender em agosto 36 pessoas, entre as quais o então secretário-executivo do ministério, número dois da pasta.
Irregularidades
Entre as irregularidades relacionadas pelo decreto, e que terão de ser objeto de avaliação dos ministérios e órgãos públicos, estão omissão no dever de prestar contas; descumprimento injustificado do objeto de convênios, contratos de repasse ou termos de parceria; desvio de finalidade na aplicação dos recursos transferidos; dano ao erário público; ou prática de outros atos ilícitos na execução de convênios, contratos de repasse ou termos de parceria.
De acordo com o decreto, se verificado por meio de parecer técnico que o contrato está regular, o ministro ou dirigente de entidade púlblica poderá autorizar que os pagamentos voltem a ser realizados.
Se constatada irregularidade, o decreto determina que a ONG seja imediatamente informada, e as transferências de recursos por meio do convênio permaneçam suspensas por mais 60 dias.
Na hipótese de a entidade não atender às exigências para regularizar o convênio, o ministro deverá instaurar tomada de contas especial (procedimento para apurar responsabilidades e cobrar o ressarcimento do prejuízo aos cofres públicos); registrar a a irregularidade no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse; e informar à Controladoria-Geral da União (CGU) os dados das ONGs e dos convênios irregulares.
Pelo decreto, a CGU terá de manter no Portal da Transparência, do governo federal, um cadastro com a lista das ONGs impedidas de celebrar convênios, contratos ou parcerias com a administração federal.

fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/10/decreto-que-suspende-repasse-de-verbas-ongs-e-publicado.html

Concursos com inscrições abertas somam 49,4 mil vagas

 

Cargos são de todos os níveis de escolaridade.
Salários chegam a R$ 22 mil na Procuradoria Geral da República.

Do G1, em São Paulo
 
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Pelo menos 112 concursos públicos em todo o país estão com inscrições abertas nesta segunda-feira (31) e reúnem 49,4 mil vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Só o governo de Minas Gerais oferece 21.337 vagas para a área da educação.
Os salários chegam a R$ 22 mil na Procuradoria Geral da República.
Além das vagas abertas, há concursos para formação de cadastro de reserva, ou seja, os aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso.
Os órgãos que abrem inscrições para 2.493 vagas nesta segunda-feira são os seguintes: Prefeitura de Botelhos (MG), Prefeitura de Bugre (MG), Prefeitura de Casa Grande (MG), Prefeitura de Guaranésia (MG), Prefeitura de Itaboraí (RJ), Prefeitura de Itapoá (SC), Prefeitura de Presidente Olegário (MG), Prefeitura de Rio Quente (GO), Prefeitura de Serrinha (BA), Prefeitura de Taboão da Serra (SP), Prefeitura de Ubá (MG) e Secretaria da Administração Penitenciária do estado de São Paulo.

fonte: http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2011/10/concursos-com-inscricoes-abertas-somam-494-mil-vagas.html

Pequena filipina simboliza o ser humano de número 7 bilhões

 

ONU elegeu filipina para simbolizar a marca, disputada por vários países.
Danila Camacho nasceu em hospital público de Manila.

Da France Presse
 
 
Danila Camacho bebê 7 bi (Foto: AP)
 
Danila vai receber uma bolsa de estudos, enquanto seus pais terão ajuda para abrir loja (Foto: AP)
A Ásia, onde vivem dois terços da população mundial, recebeu simbolicamente o ser humano de número 7 bilhões, uma pequena filipina de nome Danica cujo nascimento foi celebrado em Manila e ilustra os desafios planetários de crescimento demográfico.
O planeta atingiu a população de seis bilhões em 1999. Na ocasião, a ONU escolheu Adnan Nevic, um menino nascido em Sarajevo, como representante simbólico da marca. Desta vez, a ONU optou por não designar nenhuma criança com antecedência e vários países pretendiam reivindicar a efeméride.
Danica May Camacho, nascida no domingo, dois minutos antes da meia-noite, no José Fabella Memorial Hospital, um centro público da capital filipina, tem 2,5 quilos. Seus pais, Florante Camacho e Camille Dalura, foram felicitados por representantes das Nações Unidas.
"É muito bonita. Não posso acreditar que seja a habitante sete bilhões do planeta", comentou emocionada Camille Dalura na sala de partos, invadida pela imprensa. Danica receberá uma bolsa de estudos e seus pais uma quantia em dinheiro para abrir uma loja.
"O mundo e seus sete bilhões de habitantes formam um conjunto complexo de tendências e paradoxos, mas o crescimento demográfico faz parte das verdades essenciais em escala mundial", declarou a representante do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) nas Filipinas, Ugochi Daniels.

fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/10/pequena-filipina-simboliza-o-ser-humano-de-numero-7-bilhoes.html

sábado, 29 de outubro de 2011

Jackson provavelmente tomou oito sedativos extras, diz perito

Ele pode ter engolido oito comprimidos de lorazepam no dia em que morreu.
Conrad Murray é acusado de homicídio involuntário do cantor americano.

Da Reuters
 
Conrad Murray (Foto: AP)
 
O médico Conrad Murray (Foto: AP)
Michael Jackson pode ter engolido oito comprimidos adicionais do sedativo lorazepam na manhã em que morreu, em 2009, disse em depoimento nesta sexta-feira uma testemunha perita. O doutor Paul White, previsto para ser a última testemunha da defesa no julgamento por homicídio involuntário do médico do cantor, doutor Conrad Murray, criticou as teorias da acusação sobre o que aconteceu nas horas antes de Jackson ser encontrado sem vida em sua cama.
As autoridades concluíram que Jackson morreu em 25 de junho de overdose do anestésico propofol, com lorazepam contribuindo para a morte. Murray admitiu ter dado a Jackson propofol e duas injeções de dois miligramas cada de lorazepam para ajudá-lo a dormir. Mas a autópsia detectou no corpo de Jackson níveis mais altos de lorazepam.
Usando modelos matemáticos para explicar os efeitos de doses diferentes de drogas, White disse que Jackson pode ter engolido oito outros comprimidos de lorazepam durante uma longa noite insone, elevando o nível da droga em seu sangue ao nível constatado na autópsia. "O fato de haver uma quantidade mesmo minúscula de lorazepam livre (no estômago) é consistente com a teoria de que ele tomou o lorazepam por via oral", disse White.
O perito criticou o cenário proposto na semana passada por um perito da acusação, segundo o qual Murray pode ter aplicado em Jackson muito mais injeções do sedativo do que admitiu à polícia. White disse que doses tão altas teriam levado o paciente a perder a consciência rapidamente.
"Não posso imaginar ninguém sentado ao lado da cama injetando repetidas e grandes doses de lorazepam em alguém", disse White. A expectativa era de que White falasse ainda nesta sexta-feira sobre a alegação central dos advogados de Murray: que Jackson teria tomado uma dose extra e fatal de propofol sem o conhecimento de Murray.
White disse ao júri na quinta-feira que parece incomum que Jackson tivesse morrido da dose relativamente pequena de 25 miligramas de propofol que Murray disse à polícia ter injetado no popstar. Murray nega ter cometido homicídio involuntário, mas, se for condenado, pode ser sentenciado a até quatro anos de prisão. A expectativa é de que a defesa encerre seus argumentos no início da próxima semana, sem Murray ser chamado para depor.

fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2011/10/jackson-provavelmente-tomou-oito-sedativos-extras-diz-perito.html

A internet faz mal ao cérebro? (trecho)

Um grupo cada vez maior de pesquisadores acha que estamos nos tornando mais distraídos - e mais burros - por causa do uso excessivo de aparelhos digitais

ALBERTO CAIRO, PETER MOON E LETÍCIA SORG
PREÇO ALTO O biólogo Hebert Campos, em Campina Grande. A internet abriu seus horizontes e acabou com sua concentração. “Perco de um lado, mas ganho do outro”  (Foto: Kleide Teixeira/ÉPOCA)
 
 
PREÇO ALTO
O biólogo Hebert Campos, em Campina Grande. A internet abriu seus horizontes e acabou com sua concentração. “Perco de um lado, mas ganho do outro” (Foto: Kleide Teixeira/ÉPOCA)
O escritor americano Nicholas Carr sentiu que algo estranho ocorria com ele há uns cinco anos. Leitor insaciável, percebeu que já não era capaz de se concentrar na leitura como antes. Na verdade, sua ansiedade disparava diante de qualquer tarefa que exigisse concentração – seus olhos procuravam a tela do computador ou do celular. O impulso de espiar na internet era quase incontrolável, diz ele. “Sentia que estava forçando meu cérebro a voltar para o texto”, afirma. “A leitura profunda, antes tão natural para mim, tinha se transformado numa luta.” Tal afirmação abre o livro The shallows – What the internet is doing to our brains (Os superficiais – O que a internet está fazendo com nossos cérebros, ainda sem tradução no Brasil). Nele, Carr faz uma acusação seriíssima: a exposição constante às mídias digitais está mudando, para pior, a forma como pensamos. Ele e um punhado de autores respeitáveis acreditam que, por causa do uso excessivo de computadores e de outros aparelhos digitais, nosso cérebro é alterado e estamos nos tornando menos inteligentes, mais superficiais e imensamente distraídos – o inverso de tudo aquilo que fez de nós a espécie mais bem-sucedida do planeta Terra.
“Em vez de mentes juvenis inquietas e repletas de conhecimento, o que vemos nas escolas é uma cultura anti-intelectual e consumista, mergulhada em infantilidades e alheia à realidade adulta”, afirma Mark Bauerlein, autor de The dumbest generation (A geração mais estúpida). No livro, ele antecipa uma nova Idade das Trevas, quando os indivíduos que hoje são crianças e adolescentes chegarem à maturidade.
Bauerlein, professor na Universidade Emory, na Geórgia, supervisiona estudos sobre a vida cultural americana. Ele acredita que as novas gerações, educadas sob a influência das mídias digitais, são formadas por narcisistas despreparados para pensar em profundidade sobre qualquer assunto. Ele diz que uma pesquisa de 2006 com mais de 81 mil estudantes americanos de ensino médio detectou que 90% deles “leem ou estudam” menos de cinco horas por semana – embora passem “pelo menos” seis horas navegando na internet e um período equivalente assistindo à TV ou jogando videogame. “Indivíduos que não sabem praticamente nada de história, que nunca leram um livro nem visitaram um museu não têm mais do que se envergonhar. Tornaram-se comuns”, afirma.
Carr e Bauerlein não estão sozinhos. A jornalista Maggie Jackson, outra autora crítica da tecnologia, sugere que os mais jovens estão acostumados, por culpa da internet e do uso de celulares, à leitura desatenta de textos cada dia mais breves e estilisticamente mais pobres. Os 140 caracteres que se podem escrever no Twitter, ela acredita, geram pensamentos máximos de 140 caracteres. Parece exagero, mas alguns estudos mostram que há motivos para preocupação. Uma consultoria chamada Genera divulgou um estudo alarmante sobre os efeitos do uso da internet entre os jovens. A empresa entrevistou 6 mil pessoas da geração que cresceu usando a internet e concluiu que as coisas estão mudando radicalmente. “A imersão digital afetou até mesmo a forma como eles absorvem informação”, afirmam os pesquisadores. “Eles não leem uma página necessariamente da esquerda para a direita e de cima para baixo. Pulam de uma palavra para outra, atrás de informação pertinente.” Um efeito disso já foi notado por um professor da Universidade Duke. Ele reclamou com o autor de The shallows que não consegue mais que seus alunos leiam um único livro do começo ao fim, mesmo nos cursos de literatura.

fonte: http://revistaepoca.globo.com/ideias/noticia/2011/10/internet-faz-mal-ao-cerebro-trecho.html

É para quem pode

Sem concorrentes, duas empresas prestam serviços questionáveis aos Detrans e ficam com o lucro

LEOPOLDO MATEUS E NELITO FERNANDES
 
Quando o publicitário José Arnaldo Suaid, de 31 anos, comprou seu Volkswagen Fox financiado em São Paulo, pagou tantas taxas que nem se lembra mais do total. Entre elas, estava a taxa de registro do contrato de financiamento, de R$ 55. “Isso é como um couvert, eles vão colocando e não te informam, nem perguntam nada. É uma maluquice. Todo mundo ganha, só não ganha quem está comprando o carro.”
Suaid está certo. Muitos ganham, menos o consumidor. Ganham especialmente duas empresas, que dominam o mercado de registro de carros financiados no Brasil. Só no ano passado elas faturaram R$ 200 milhões, que saíram do bolso de proprietários de veículos. Elas são suspeitas de favorecimento, atuam sem concorrência ou com licitações em que só aparece um interessado. O serviço dessas empresas é informar os Detrans que o carro é financiado. Por essa intermediação, recebem até 90% do valor da taxa paga pelos consumidores – um trabalho que em Estados como o Piauí nem é considerado necessário. Em Brasília, é feito pelo próprio Detran, que fica com toda a arrecadação.
A GRV Solutions atua em dez Estados, entre eles São Paulo e Minas Gerais. Jamais participou de uma concorrência. Entrou nesse filão com a bênção da Federação Nacional de Seguros (Fenaseg), que fez um convênio com dez Detrans e contratou a GRV sem licitação. Quando o contrato foi assinado, o sócio majoritário da GRV era João Carlos Ribeiro, amigo e ex-sócio do então presidente da Fenaseg, João Elísio Ferraz de Campos. Só no ano passado, a dupla GRV/Fenaseg faturou pelo menos R$ 130 milhões.
A GRV Solutions atua a partir de convênio do Detran com a Fenaseg, cujo presidente era amigo de seu dono "
Ferraz de Campos não vê problemas no contrato. “João só era meu sócio em dois negócios. É meu amigo de infância.” Governador do Paraná na década de 1980, ele coordenou a vitoriosa campanha de Beto Richa (PSDB) ao governo paranaense em 2010. Seu Estado foi o primeiro a aderir ao sistema de registros da GRV/Fenaseg. Ferraz de Campos não é mais presidente da Fenaseg, mas o contrato com a GRV vai até 2028. Se a entidade resolver rescindir, terá de pagar R$ 2 bilhões.
O advogado Jonas Lima, especialista em licitações, diz que convênios como o da Fenaseg com os Detrans podem ser feitos sem licitação para “cooperação mútua”. Nesse caso, o convênio, em si, é legal. Mas a contratação de uma empresa pela Fenaseg para fazer o serviço não é. Segundo Lima, a lei de licitações prevê que empresas contratadas pelo convênio também passem por concorrência. A relação entre Fenaseg e Detrans é estreita. Segundo vários diretores de Detrans estaduais, que preferiram não se identificar, todas as reuniões da Associação Nacional dos Detrans (AND) eram bancadas pela Fenaseg. “Ela pagava estadia, passagem, tudo para os diretores”, disse um deles.
A segunda maior empresa do mercado, a Fidúcia, atua em cinco Estados. Em quatro deles, já enfrentou ações judiciais. À exceção de Mato Grosso, jamais teve um concorrente nas licitações – a empresa diz que as outras empresas não apresentaram propostas. A Fidúcia reclama da atuação da GRV e alega ter sido expulsa várias vezes de eventos com presidentes de Detrans quando tentava mostrar seu serviço. Seria o trabalho muito complexo e por isso repassado a essas empresas? O Departamento de Trânsito do Distrito Federal não considera a tarefa das mais árduas. “É muito simples, qualquer Detran pode fazer. Basta acrescentar um item a mais no formulário”, diz o diretor presidente José Alves Bezerra sobre o software que leva os dados dos bancos até os Detrans. O órgão contratou uma empresa para desenvolver o sistema e fica com o valor pago pelos motoristas. Por mês, recebe em média R$ 2,5 milhões.
Bezerra afirma que já foi assediado para privatizar o sistema. A empresa que o procurou (ele não revela qual) propôs que o Detran propositadamente começasse a fazer o serviço piorar. “Eles queriam que eu bagunçasse para justificar a contratação. Me ofereceram R$ 50 mil por mês.”
- (Foto: Reprodução)
O exemplo do Piauí mostra que o serviço nem precisaria necessariamente ser feito. O Estado cancelou seu contrato com a Fidúcia no começo deste ano. O novo governo estadual considerou que o acerto lesava o Detran, já que a Fidúcia ficava com 80% dos R$ 250 que cobrava por registro, e o Estado com apenas R$ 50. As negociações prosseguem, e a empresa já aceita dar 30% para o Piauí, que quer metade do bolo. Enquanto isso, o Piauí simplesmente não registra os contratos. “Não estamos fazendo o registro há meses, e ninguém me procurou para reclamar de nada. Nem consumidores, nem instituições financeiras, nem o Ministério Público. Só a Fidúcia me procura”, diz José Vasconcelos, diretor do Detran-PI. O Detran piauiense estuda fazer o registro sozinho, como o de Brasília, de forma gratuita. A Fidúcia também é contestada em Alagoas, onde continua atuando após um termo de ajuste de conduta.
O espaço para as empresas atuarem surgiu em 2002. Até então o registro era feito em cartórios. O artigo 1.361, da Lei no 10.406, que instituiu o Novo Código Civil, tinha redação dúbia e dava a entender que o registro de contrato de um veículo financiado poderia também ser realizado em Detrans. Duas resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) entregaram a responsabilidade aos Detrans em definitivo. Alegando falta de pessoal ou tecnologia para fazer o serviço, eles terceirizaram. Os cartórios ainda atuam no Rio de Janeiro, no Ceará e em Goiás, graças a liminares na Justiça.
Em teoria, outras empresas poderiam atuar ao mesmo tempo. Mas isso não acontece em nenhum dos Estados em que o dueto atua. A ICE, empresa de informática, já procurou diretores de Detrans de pequenos Estados do Nordeste oferecendo o serviço até de graça, para adquirir know-how e poder se aventurar em licitações em Estados maiores. Nem assim conseguiu. O ramo, ao que parece, é para poucos

fonte: http://revistaepoca.globo.com/tempo/noticia/2011/10/e-para-quem-pode.html

Sob prédio moderno, casa do século 18 é restaurada em SP

Casa Bandeirista do Itaim Bibi fica em quarteirão da Avenida Faria Lima.
Incorporadora entregará o imóvel histórico junto com edifício de 19 andares.

Carolina Iskandarian Do G1 SP
Casa Bandeirista (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)
 
 
Casa Bandeirista está na fase final do restauro (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)
Sob um vão de 30 metros de altura por 45 metros de largura, parte integrante da paisagem de um prédio comercial espelhado que sobe a passos acelerados na Avenida Faria Lima, repousa uma casa do século 18. A Casa Bandeirista do Itaim Bibi, localizada no bairro de mesmo nome em São Paulo, está sendo totalmente restaurada e faz parte do terreno do edifício, projetado com 19 andares e seis subsolos. Antes habitada e visitada por fazendeiros, pequenos comerciantes e religiosos do Brasil colonial, a residência virou sanatório entre as décadas de 1920 e 1980 e agora os restauradores torcem para que vire um centro cultural.
A Casa Bandeirista foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), vinculado à Secretaria de Estado da Cultura, em 1982, dois anos depois de o Sanatório Bela Vista ter fechado as portas. O arquiteto e restaurador Alberto Magno de Arruda, responsável pelo restauro do imóvel, diz que a construção sofreu muitas intervenções ao longo dos séculos.
“Existiam uns quatro pisos em cima do piso original. Na época do sanatório, esses 500 m² viraram 2 mil m². Foram construindo em volta”, conta Arruda sobre as modificações no terreno, que tem entrada também pela Avenida Horário Láfer. A arquiteta e urbanista Helena Saia, responsável pelo projeto de restauração, resume o estado da Casa Bandeirista quando a equipe foi contratada para colocá-la de pé novamente, em 2007. “A casa estava absolutamente arruinada. O constrangedor é que ela é tombada.”
Casa Bandeirista (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)
 
 
Casa Bandeirista fica sob vão de um prédio comercial que está subindo na Avenida Faria Lima (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)

A Casa Bandeirista, chamada assim por pertencer a famílias de bandeirantes, os desbravadores do território brasileiro, tem nove cômodos, que incluem sala, quartos, despensa e até uma pequena capela. Agora pertence ao Grupo Victor Malzoni, que comprou o prédio comercial na avenida, tida como um dos principais centros empresariais de São Paulo. O edifício deve ser entregue até dezembro, segundo a estimativa de José de Albuquerque, diretor de Incorporação de São Paulo da Brookfield, responsável pela construção do edifício.
Albuquerque fala da dificuldade em tocar uma obra grande e, ao mesmo tempo, deixar a casa praticamente intocável, só nas mãos dos restauradores. “Foi difícil porque tivemos a escavação de seis subsolos com 18 metros de profundidade em torno da casa.” Para evitar problemas, a casa foi coberta com uma tela e uma estrutura metálica. Acostumado a prazos apertados, Albuquerque confessa que estranhou o andamento da restauração.
Casa Bandeirista (Foto: Divulgação/ Helena Saia)
 
Restauradores encontraram o local em ruínas
(Foto: Divulgação/ Helena Saia)
“É uma obra lenta, muito diferente do ritmo da obra normal. A gente, do mercado imobiliário, faz tudo em dois anos e entrega. Esse é um serviço delicado, que tem que ser feito com qualidade." Ele explica que o vão no prédio, que deixa os fundos da Casa Bandeirista à mostra na movimentada Avenida Faria Lima, foi pensado de propósito para deixar a construção de mais de 200 anos em destaque. “Quisemos deixar um prédio moderno e, ao fundo, a Casa Bandeirista restaurada, que vamos entregar de presente à cidade.”
O G1 procurou o Grupo Victor Malzoni para saber que destino a empresa dará ao imóvel histórico, mas não obteve retorno. Se depender da arquiteta Helena, a Casa Bandeirista deve servir para ensinar sobre parte da história do país. “Agora, vai ficar um conjunto. É um restauro para educar. A gente não faz o restauro para deixar a nossa cara, mas para mostrar como era a vida na época.”
Segundo a Secretaria da Cultura, em 1896, após sucessivos proprietários, a área foi adquirida pelo general Couto de Magalhães, que comprou mais terras à sua volta. No início da década de 1910, seu sobrinho, Leopoldo Couto de Magalhães, apelidado de "Bibi", iniciou o loteamento da área. O nome do bairro Itaim Bibi é uma referência a ele.
Obra embargada
Casa Bandeirista (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)
 
 
Operários trabalham no jardim que mostra a frente
da casa (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)
Em 2009, o Ministério Público Federal pediu que fosse feita uma escavação na área para investigar o sítio arqueológico e, portanto, toda a obra parasse. Helena diz que já existe uma pesquisa arqueológica feita em 1988, que revelou, entre outras peças, cacos de louça antiga. Mesmo assim, cumpriu a determinação. De abril de 2009 a setembro de 2010, o trabalho foi então paralisado.
“Achei um monte de dentaduras, seringas, frascos de remédio do sanatório. Não vi nada que fosse mais importante do que as madeiras e o altar”, afirma a arquiteta, referindo-se aos pedaços de madeira-de-lei embutidos nas janelas e paredes de concreto e taipa quebradas durante o restauro. O altar é uma espécie de mesa, que ficava na capela e foi comprada de um fazendeiro que adquiriu o móvel anos antes. Segundo a arquiteta, esses objetos “comprovam que a casa é bandeirista”.
Apesar do trabalho minucioso, de fora, a Casa Bandeirista parece bem simples. Está pintada de branco e tem portas e janelas em madeira cumaru, de alta resistência. As fechaduras e chaves foram feitas em ferro exatamente como na época de sua construção, de acordo com o restaurador Alberto Arruda. A parede de taipa, totalmente restaurada e na cor original, volta a adornar o cômodo da capela, que receberá o altar novamente.
“Nada foi destruído; 100% foi preservado. A pessoa entra e faz uma leitura de que aqui era uma capela”, explica Alberto. A poucos metros de guindastes, sondas e britadeiras usados na obra do prédio comercial, os “operários-restauradores” trabalham com os detalhes e também correm contra o tempo. Mas o tempo deles é outro.
Casa Bandeirista (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)
 
Equipe trabalha no restauro da Casa Bandeirista (Foto: Carolina Iskandarian/ G1)
 

Justiça dá prazo até segunda-feira para Inep se manifestar sobre o Enem

 

Inep havia pedido prazo de 10 dias devido à 'complexidade do assunto'.
Juiz negou prazo e diz que tomará decisão com ou sem posição do Inep.

Do G1 CE


A Justiça Federal no Ceará, por meio do juiz federal Luiz Praxedes Vieira, determinou um prazo de 72 horas para que o Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), autarquia do Ministério da Educação responsável pela organização do Exame Nacional do Ensino Médio se manifeste a respeito da antecipação de questões do Enem por uma escola de Fortaleza.
O Inep havia pedido um prazo de 10 dias para se manifestar “tendo em vista a complexidade do assunto”, o que foi negado pelo juiz federal. “O prazo assinalado correrá minuto a minuto da hora do recebimento da intimação”, afirma o juiz. O instituto terá até 10h48 (horário de Fortaleza) de segunda-feira (31).
O Ministério Público Federal do Ceará entrou com ação na Justiça Federal pedindo a anulação total da prova ou a anulação de 14 questões antecipadas pelo Colégio Christus, de Fortaleza. De acordo com o procurador da República no Ceará Oscar Costa Filho, estas são as únicas formas de manter a isonomia do concurso entre todos os candidatos do Brasil.
Nesta sexta-feira (28), a Defensoria Pública da União também pediu a anulação de 14 questões antecipadas em 10 dias pelo Christus.

Vazamento
Na quinta-feira (27), o Ministério da Educação confirmou que as questões do Enem que vazaram estavam no pré-teste aplicado no Colégio Christus, em Fortaleza, em outubro de 2010. Ainda nesta quinta, o ministro da Educação Fernando Haddad disse que o governo tem a convicção de que dois dos 36 cadernos de pré-testes do Enem foram reproduzidos e distribuídos aos alunos pelos professores do Colégio Christus, em Fortaleza.
"Os professores recomendavam aos próprios estudantes a não divulgação desses cadernos, porque as questões ali contidas, provavelmente algumas delas cairiam na prova", afirma Haddad.
A direção do colégio não quis se manifestar sobre as declarações do ministro, na ocasião.
Por conta do problema, o MEC decidiu reaplicar a prova aos 639 alunos do Christus nos dias 28 e 29 de novembro, quando os presidiários e adolescentes que cumprem medidas socioeducativas privados de liberdade também fazem o exame.

fonte: http://g1.globo.com/ceara/noticia/2011/10/justica-da-prazo-ate-segunda-feira-para-inep-se-manifestar-sobre-o-enem.html

Construtora que atrasar entrega de apartamento passará a ser multada

 

Comprou apartamento na planta? Está atrasada a entrega das chaves? A construtora pode ser multada diariamente a partir de novembro.

 


Uma novidade: multa para construtora que atrasar a entrega de um apartamento começa a valer a partir do fim de novembro. Uma das maiores dores de cabeça para quem compra imóvel na planta é o atraso na entrega. É muito comum o casal fazer planos para se mudar logo depois do casamento e, quando chega a data, não tem lugar para morar. Para evitar situações como essa é que o Ministério Público fechou um acordo com as construtoras.
O apartamento novo deveria ter ficado pronto em novembro de 2009, mas a analista de sistemas Elisabete da Costa só foi chamada para receber as chaves no mês passado e ainda não se mudou, porque diz que o imóvel foi entregue com vários problemas.
“Eu comprei meu apartamento com o intuito de me casar. Não me casei ainda e não tenho também o apartamento, nem a data em que vou conseguir entrar no meu apartamento”, reclamou a analista de sistemas.
Um acordo fechado entre o Ministério Público de São Paulo e o Sindicato das Incorporadoras de Imóveis diz que a partir do fim de novembro, elas devem informar no contrato o prazo estimado de entrega da obra e o prazo de tolerância, de até 180 dias. Atrasos de até seis meses não precisam ser justificados. Depois desse período, as construtoras ficam sujeitas a 2% de multa sobre o valor que já foi pago pelo cliente, mais 0,5% de correção por mês de atraso.
O objetivo do acordo é estabelecer compensações para consumidores prejudicados por atraso nas obras. Trata-se de uma situação que ficou mais frequente com o crescimento do mercado imobiliário. Mas a medida não foi bem recebida pela Associação dos Mutuários de São Paulo, que representa compradores de imóveis na planta.
A associação defende que a multa incida sobre o valor total do imóvel, e não sobre o que foi pago, como prevê o acordo, e diz que a dispensa de multa e de explicações para atrasos de até seis meses não estimula a pontualidade.
“No meu ponto de vista, daqui para frente vai haver atraso na obra por, pelo menos, por seis meses de acordo com o que eles estão colocando”, apontou Marco Aurélio Luz, presidente da Associação dos Mutuários de São Paulo.
O Sindicato das Incorporadoras rebate. “A empresa de forma nenhuma tem interesse em atrasar. A empresa quer o quanto mais cedo terminar e entregar, porque ela também deixa de pagar juros e ela recebe por parte do comprador a parcela de chaves”, afirmou João Crestana, presidente do Secovi.
O Ministério Público considera o acordo equilibrado e diz que quem não ficar satisfeito com a multa estipulada pode recorrer. “Qualquer pessoa pode ir ao Poder Judiciário propor sua ação e eventualmente pleitear outro tipo de penalidade”, explica Roberto Senise Lisboa, promotor de Justiça.
O acordo prevê ainda que atrasos na entrega dos imóveis sejam comunicados aos clientes com, pelo menos, quatro meses de antecedência.
fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/10/construtora-que-atrasar-entrega-de-apartamento-passara-ser-multada.html

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Guilheiro resolve 'questão pessoal' e leva o ouro no Pan: 'Limpei a alma'

 

Em dois minutos de luta, brasileiro aplica seu quarto ippon em Guadalajara, derrota o porto-riquenho Gadiel Miranda e fatura a medalha dourada

Por João Gabriel Rodrigues Direto de Guadalajara, México
As manchas de sangue do rival no quimono vão ficar de lembrança. O ouro, no entanto, veio sem feridas ou incidentes pelo caminho. Prata no Pan do Rio de Janeiro, em 2007, Leandro Guilheiro trouxe para o México a vontade de consertar os erros da derrota em casa. E conseguiu de maneira impecável. Em final contra o porto-riquenho Gadiel Miranda, venceu mais uma vez por ippon, o quarto em quatro lutas, e conquistou em dois minutos a medalha tão esperada nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, na categoria até 81 kg.
- Essa medalha já estava engasgada há quatro anos. Mesmo não valendo pontos para o ranking, o Pan era, hoje, a competição mais importante para mim. Esse ouro era uma questão pessoal. Limpei a alma aqui – afirmou o lutador após a vitória.
Pan judô Leandro Guilheiro (Foto: Luiz Pires/Vipcomm/Divulgação)
 
 
 
Leandro Guilheiro comemora a vitória em Guadalajara (Foto: Luiz Pires/Vipcomm/Divulgação)
Guilheiro diz que tentou não levar a derrota de 2007 para o tatame. Ainda assim, da prata no Rio, o judoca trouxe uma série de ensinamentos. O principal deles foi o cuidado com o corpo. Na final em 2007, ele precisou lidar com as dores de uma hérnia de disco, curada com uma cirurgia após os Jogos Olímpicos de Londres. Desde então, deixou os problemas físicos para trás.
- O corpo é um bem muito precioso. E o cuidado tem de ser disciplinado. Aprendi que precisava cuidar melhor do corpo. E tenho feito isso.
Na final, Guilheiro encaixou o seu terceiro ippon em golpe - o quarto, na segunda luta, foi fruto de uma punição ao rival. Segundo o judoca, a rapidez na definição da conquista foi fruto de concentração no confronto.
- Entrei muito concentrado, focado o tempo inteiro. Li os movimentos dele a todo momento. Então, surgiu a oportunidade de encaixar o golpe e deu certo. Não foi algo programado.
Na luta, o judoca de 28 anos não deu chances ao adversário em nenhum momento. Após aplicar um yuko, Guilheiro, por excesso de vontade, foi punido por uma pegada irregular no quimono do rival. Na sequência, mostrou a superioridade ao aplicar um golpe perfeito, erguer os braços e comemorar a vitória.

A campanha de Guilheiro foi impecável. Na estreia, contra o chileno Luis Antonio Retamales, o rival tentou endurecer a defesa, mas o número 2 do ranking mundial conseguiu encaixar um wazari com poucos minutos de luta. Depois, finalizou com um ippon e avançou.
Contra o peruano German Velazco, Guilheiro apenas esperou. Com quatro punições shido sobre o rival, venceu por ippon e conseguiu a segunda vitória em Guadalajara. Contra o canadense Antoine Valois, mais uma vitória por ippon e a ida à final.

fonte: http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/com-campanha-impecavel-leandro-guilheiro-e-ouro-na-categoria-ate-81kg.html