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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Escolas oferecem falsos estágios em troca de matrícula em cursos no PR



 

Para o Procon, o que essas escolas fazem é propaganda enganosa. Equipe do Jornal da Globo foi a três escolas de informática, que garantem vagas de estágio em grandes empresas brasileiras e multinacionais.



Para uma grande quantidade de jovens em busca de uma carreira, o estágio é o primeiro passo, mas há escolas que enganam prometendo estágios que não podem entregar.
Treze milhões de estudantes para um milhão de vagas de estágio no Brasil. Com essa concorrência, a proposta é tentadora.
“Tenho 70 vagas em aberto só hoje". “Votorantim, Coca-Cola, Ambev, Bosch, que eu trabalho também, entendeu? Ah, e os bancos. Banco do Brasil, Caixa Econômica e "Banco do Bradesco", diz uma atendente de escola.
A equipe do Jornal da Globo foi a três escolas de informática, que garantem vagas de estágio em grandes empresas brasileiras e multinacionais. Mas antes de prometido estágio, é preciso que o aluno se matricule num curso de computação, que pode custar até R$ 400 por mês.
Um estudante, que não quer aparecer, gastou quase R$ 600 com a promessa de que iria estagiar. Ele fez cinco meses de aula e nada de trabalho.
"Até antes de começar o curso, eu já estaria com o estágio em mãos. Para um garoto que está tentando se motivar para estudar, estar trabalhando, foi um baque".
Nós procuramos as empresas que, segundo os cursos de informática, contratariam os estagiários. Em nota, todas negaram qualquer tipo de ligação com as escolas e afirmaram que não existe nenhum convênio que garanta o estágio.
Para o Procon, o que essas escolas fazem é propaganda enganosa. “É vender sonhos sim, é vender esperança, e nessa situação a prática contraria o código do consumidor", declara a coordenadora do PROCON- PR, Cláudia Silvano.
Nós procuramos os responsáveis pelos três cursos. Em nota, a Paschoal e Rodrigues Informática, dona da Interage, diz que a garantia é apenas de encaminhamento para o estágio.
As outras duas escolas aceitaram dar entrevista. A gerente da Itech Informática, Loremi Correia, disse que o que faz é encaminhar os estudantes para o mercado de trabalho. “Não existe uma garantia. Nem o nosso emprego, nem o meu é garantido. É garantido o encaminhamento, essa que é a palavra usada”.
O gerente do curso Diapar, Wagner de Moraes, disse que a vaga de estágio depende do aluno. "A garantia do emprego estágio efetivo não tem como fazer porque depende da outra ponte, que no caso é o interesse do aluno e a busca dele pega vaga”.
Mas não foi isso o que a funcionária dele disse para a nossa produção." Eu até hoje não deixei nenhum estagiário sem estágio".

fonte: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2011/08/escolas-oferecem-falsos-estagios-em-troca-de-matricula-em-curso-no-pr.html

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