Reportagem especial do 'Bom Dia Brasil' mostra como se manter seguro e aproveitar melhor os shows. É risco zero nas grandes multidões.
Poucos eventos são capazes de reunir tanta gente durante tantas horas como um festival de rock. Todo o espaço da Cidade do Rock, no Rio de Janeiro, que parece uma imensidão, vai reunir uma aglomeração de fãs nos sete dias do Rock in Rio. Serão cem mil pessoas por dia. Como controlar e garantir a segurança de toda esta multidão?
Para entender como uma grande multidão se comporta, a equipe de reportagem do Bom Dia Brasil convidou o especialista em gerência de risco Moacyr Duarte e foi até São Paulo acompanhar outro grande evento, que também reúne um público apaixonado é difícil de conter. É um jogo das maiores e mais apaixonadas torcidas do Brasil: a do Corinthians.
“A uma hora de o jogo começar, há a formação de pequenas multidões, É uma multidão de três a quatro pessoas por metro quadrado. Significa multidão compressível. Dá para passar com tranquilidade com as pessoas e se afastar para passar uma viatura também com bastante facilidade . Na multidão com cinco pessoas por metro quadrado ainda dá pra passar, mas se a pessoa encosta e tem de pedir licença, mas ainda está tranquilo no meio da rapaziada. O momento mais delicado do trajeto é a multidão de seis a oito pessoas comprimidas por metro quadrado. A pessoa não consegue abrir a perna e ver na frente”, aponta Moacyr Duarte, especialista em gerência de risco.
Para evitar riscos, a produção do Rock in Rio também criou um sistema de entrada no evento semelhante ao criado pela Polícia Militar de São Paulo. “Nós temos um controle de entrada com três barreiras. Há um primeiro perímetro de segurança, onde só entra neste perímetro quem tem ingresso. Há um segundo controle com revista, e há um terceiro então com a catraca. Todo este sistema é em funil”, explica Ricardo Acto, coordenador de segurança do Rock in Rio.
Mas e lá dentro da Cidade do Rock? Como a multidão deve se comportar dentro do evento? O especialista Moacyr Duarte mostra primeiramente como a multidão não pode se comportar.
“Quando estamos nervosos, fazemos coisas que nem pensamos. Uma dessas coisas é o chamado ‘efeito manada’, que nas multidões acaba levando pânico e desespero. Para demonstrar este efeito, nós fomos a Juiz de Fora para mostrar como isso se dá. É escolhido um boi mais manso, que é deslocado em direção à saída. Ao perceber isso, toda a manada se desloca violentamente atrás daquele que saiu. Na verdade, ao seguir o primeiro boi, o conjunto da manada acha que encontra uma saída. Nós sabemos que o destino vai ser bem outro”, comparou Moacyr Duarte, especialista em gerência de risco.
Para que reações assim não aconteçam, a produção do Rock in Rio programou atrações simultâneas, criando diferentes áreas de concentração de público.
“O público vai estar sempre entretido e dividido pelos 150 mil metros quadrados. Com isso, nós evitamos que haja uma concentração num único espaço”, afirma Ricardo Acto, coordenador de segurança do Rock in Rio.
Quais são as orientações básicas ao público que pretende vir ao Rock in Rio? “Se você vem com crianças, não se esqueça de fazer a identificação. Isso pode ser feito com pulseira ou crachá pendurado. Se você vem com adolescentes, a regra é diferente: ponto de encontro. Assim que chegar, localize um ponto de encontro. Comunicação, celular e roupa igual. Terceiro ponto: se você toma remédios regularmente, não se esqueça de trazer sua medicação, porque o festival tem muitas horas de show e você vai ficar nele um bom tempo. Quarto: os portões vão abrir às 16h. Com esse sol, é muito recomendável chapéu e filtro solar para que você espere em conforto o início do show”, orienta Moacyr Duarte, especialista em gerência de risco.
E na hora de ir embora? De volta ao jogo do Corinthians, uma imagem ajuda a entender: a multidão saindo parece a água no fundo de uma pia. É o que a gente chama de efeito ralo. Sabe o que isso significa? Significa que tudo deu certo e que as pessoas escoaram naturalmente em direção a suas casas.
“Com toda esta infraestrutura impecável, quantidade de serviços de entretenimento, de atrações e de shows, aquilo que nós pretendemos realmente é que as pessoas saiam daqui muito satisfeitas. Essa é a nossa melhor garantia de segurança de que tudo vai correr bem”, espera Ricardo Acto, coordenador de segurança do Rock in Rio.
fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/09/veja-dicas-para-ficar-em-seguranca-no-meio-da-multidao-do-rock-rio.html
Para entender como uma grande multidão se comporta, a equipe de reportagem do Bom Dia Brasil convidou o especialista em gerência de risco Moacyr Duarte e foi até São Paulo acompanhar outro grande evento, que também reúne um público apaixonado é difícil de conter. É um jogo das maiores e mais apaixonadas torcidas do Brasil: a do Corinthians.
“A uma hora de o jogo começar, há a formação de pequenas multidões, É uma multidão de três a quatro pessoas por metro quadrado. Significa multidão compressível. Dá para passar com tranquilidade com as pessoas e se afastar para passar uma viatura também com bastante facilidade . Na multidão com cinco pessoas por metro quadrado ainda dá pra passar, mas se a pessoa encosta e tem de pedir licença, mas ainda está tranquilo no meio da rapaziada. O momento mais delicado do trajeto é a multidão de seis a oito pessoas comprimidas por metro quadrado. A pessoa não consegue abrir a perna e ver na frente”, aponta Moacyr Duarte, especialista em gerência de risco.
Para evitar riscos, a produção do Rock in Rio também criou um sistema de entrada no evento semelhante ao criado pela Polícia Militar de São Paulo. “Nós temos um controle de entrada com três barreiras. Há um primeiro perímetro de segurança, onde só entra neste perímetro quem tem ingresso. Há um segundo controle com revista, e há um terceiro então com a catraca. Todo este sistema é em funil”, explica Ricardo Acto, coordenador de segurança do Rock in Rio.
Mas e lá dentro da Cidade do Rock? Como a multidão deve se comportar dentro do evento? O especialista Moacyr Duarte mostra primeiramente como a multidão não pode se comportar.
“Quando estamos nervosos, fazemos coisas que nem pensamos. Uma dessas coisas é o chamado ‘efeito manada’, que nas multidões acaba levando pânico e desespero. Para demonstrar este efeito, nós fomos a Juiz de Fora para mostrar como isso se dá. É escolhido um boi mais manso, que é deslocado em direção à saída. Ao perceber isso, toda a manada se desloca violentamente atrás daquele que saiu. Na verdade, ao seguir o primeiro boi, o conjunto da manada acha que encontra uma saída. Nós sabemos que o destino vai ser bem outro”, comparou Moacyr Duarte, especialista em gerência de risco.
Para que reações assim não aconteçam, a produção do Rock in Rio programou atrações simultâneas, criando diferentes áreas de concentração de público.
“O público vai estar sempre entretido e dividido pelos 150 mil metros quadrados. Com isso, nós evitamos que haja uma concentração num único espaço”, afirma Ricardo Acto, coordenador de segurança do Rock in Rio.
Quais são as orientações básicas ao público que pretende vir ao Rock in Rio? “Se você vem com crianças, não se esqueça de fazer a identificação. Isso pode ser feito com pulseira ou crachá pendurado. Se você vem com adolescentes, a regra é diferente: ponto de encontro. Assim que chegar, localize um ponto de encontro. Comunicação, celular e roupa igual. Terceiro ponto: se você toma remédios regularmente, não se esqueça de trazer sua medicação, porque o festival tem muitas horas de show e você vai ficar nele um bom tempo. Quarto: os portões vão abrir às 16h. Com esse sol, é muito recomendável chapéu e filtro solar para que você espere em conforto o início do show”, orienta Moacyr Duarte, especialista em gerência de risco.
E na hora de ir embora? De volta ao jogo do Corinthians, uma imagem ajuda a entender: a multidão saindo parece a água no fundo de uma pia. É o que a gente chama de efeito ralo. Sabe o que isso significa? Significa que tudo deu certo e que as pessoas escoaram naturalmente em direção a suas casas.
“Com toda esta infraestrutura impecável, quantidade de serviços de entretenimento, de atrações e de shows, aquilo que nós pretendemos realmente é que as pessoas saiam daqui muito satisfeitas. Essa é a nossa melhor garantia de segurança de que tudo vai correr bem”, espera Ricardo Acto, coordenador de segurança do Rock in Rio.
fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/09/veja-dicas-para-ficar-em-seguranca-no-meio-da-multidao-do-rock-rio.html
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