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terça-feira, 30 de abril de 2013

Embraer fecha contrato para vender 30 aviões à United Airlines



Contrato prevê que opção para compra de mais 40 jatos.
Se chegar às 70 aeronaves, operação tem valor estimado em US$ 2,9 bi.

Do G1, em São Paulo
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Avião da Embraer com logo da United (Foto: Divulgação/United Airlines)Avião da Embraer com logo da United
(Foto: Divulgação/United Airlines)
A fabricante brasileira de aeronaves Embraeranunciou, nesta segunda-feira (29), que assinou um contrato com a United Airlines para a venda de 30 jatos Embraer 175. O contrato também prevê opções para mais 40 aviões. Se todas as opções forem exercidas, a operação tem valor estimado de US$ 2,9 bilhões, segundo a empresa.
“Estamos muito satisfeitos com este pedido, pois reforça e amplia a nossa parceria de longa data com a United Airlines, então como Continental Airlines, cliente de lançamento do jato ERJ 145, em 1996”, disse, em nota,  Paulo Cesar Silva, presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial.
A primeira entrega, segundo a Embraer, está prevista para o primeiro trimestre de 2014. Os aviões, que serão operados sob a marca United Express, serão configurados com 76 assentos.
Em nota, a United Airlines informou que as aeronaves da Embraer vão substituir alguns dos antigos jatos regionais de 50 assentos da frota da companhia. "Os E175s vão consumir 10% menos combustível por assento e terão menos emissões de CO2 por assento que a aeronave de 50 assentos que vão substituir".
Também nesta segunda-feira, a Embraer anunciou que encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 61,7 milhões, uma queda de 67% frente ao mesmo período de 2012. Nos primeiros três meses do ano passado, o lucro da empresa ficara em R$ 187,6 milhões.

'Faço porque gosto', revela garota de programa recém graduada em letras



Lola Benvenutti mantém blog em que relata experiências com seus clientes.
Formada pela UFSCar em São Carlos, jovem tenta quebrar tabu sobre sexo.

Felipe TurioniDo G1 São Carlos e Araraquara
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Gabriela Natália da Silva, ou Lola Benvenutti, se formou no curso de letras em São Carlos, SP (Foto: Felipe Turioni/G1)Gabriela Natália da Silva, ou Lola Benvenutti, se formou no curso de letras na UFSCar, em São Carlos, SP, mas optou por fazer carreira como garota de programa (Foto: Felipe Turioni/G1)
Ela tem 21 anos, é recém-formada em letras pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), exibe em tatuagens pelo corpo frases de Guimarães Rosa e Manuel Bandeira, adotou como pseudônimo um nome que faz referência a um personagem do escritor russo Vladimir Nabokov e assume, sem problemas, ser garota de programa. Gabriela Natália da Silva, ou Lola Benvenutti, mantém um blog em que escreve contos baseados nas experiências com seus clientes e chama a atenção ao tentar quebrar o tabu do sexo. “Sempre gostei de sexo, então tinha um desejo secreto de trabalhar com isso e não há nada mais justo, faço porque gosto”, afirmou em entrevista ao G1.
Lola Benvenutti mantém blog com histórias de seus clientes em São Carlos, SP (Foto: Felipe Turioni/G1)Lola Benvenutti mantém blog com histórias dos
clientes em São Carlos (Foto: Felipe Turioni/G1)
A realidade de Gabriela sempre foi diferente da vida de uma parcela das garotas de programa que são universitárias e optam por se prostituir para manter as despesas com os estudos. "Tem uma categoria nos sites de acompanhantes que são de universitárias e fazem isso porque fazem faculdade particular e precisam pagar, mas eu nunca precisei disso, sou inteligente, fiz faculdade, optei por isso, qual o problema?", questionou.
Natural de Pirassununga (SP), se mudou para São Carlos para fazer faculdade, mas por temer algum tipo de retaliação resolveu manter sua identidade como prostituta com discrição até concluir o curso. “Fiquei com um pouco de medo de isso reverberar de alguma forma na faculdade, então achei melhor terminar a graduação para colocar o blog no ar”, disse.

O site recebe cerca de duas mil visitas por dia e é nele que Lola posta sua rotina como prostituta. Entretanto, vê diferença entre sua história e o fenômeno Bruna Surfistinha, pseudônimo de Raquel Pacheco, ex-prostituta que fez fama na internet e teve sua história publicada em livro e roteirizada em um filme. “Ela teve uma vida diferente da minha, com outras oportunidades”, comentou.

Além de manter seus contos e servir como contato entre seus clientes, que chegam a cinco por dia, o blog serve também para levantar discussão sobre o prazer no sexo. “As pessoas são hipócritas, vivem de sexo, veem vídeo pornográfico, mas não falam porque têm vergonha. Um monte de mulher entra no blog e fala que adoraria fazer o que eu faço, mas não tem coragem; e dos homens escuto as confissões mais loucas e cada vez mais esse tabu do sexo é uma coisa besta”, avaliou.

Barreiras
Apesar da escolha em ser uma profissional do sexo, Gabriela não desistiu de seguir carreira acadêmica ou dar aulas após a conclusão do curso de letras. “Também quero dar aula, mas por hobby, e além disso também tem a questão financeira, porque dando aula hoje você quase não se sustenta”, analisou. “Acho que as duas coisas são difíceis de casar, é muito difícil que uma escola que sabe o que eu faço me permita trabalhar com eles, vou ter que derrubar barreiras”.

Ainda este ano, ela pretende se mudar para São Paulo, onde vai continuar trabalhando como garota de programa e acumulando um mestrado na Universidade de São Paulo (USP). “Cansei um pouco de São Carlos e agora quero outras coisas, tanto que o mestrado para o qual estou estudando é na USP, converso com alguns professores e quero pesquisar na área de prostituição ou fetiche”, considerou.

Esse tipo de assunto, segundo ela, já é seu objeto de estudo desde a adolescência. “Desde os 14 anos estudo o sadomasoquismo, que hoje está ficando mais popularizado com ajuda do livro ‘Cinquenta Tons de Cinza’, que é marginalizado para quem curte, mas abriu um leque para as pessoas que não conheciam”, explicou.
Lola Benvenutti, de São Carlos, diz que sua virgidade era um fardo (Foto: Reprodução/Lola Benvenutti)Lola Benvenutti considerava sua virgindade um
fardo (Foto: Reprodução/Lola Benvenutti)
Interesse pelo sexo
O interesse precoce por sexo começou com uma vontade íntima de deixar de ser virgem, o que considerava ser um ‘fardo’. “Desde os 11 anos queria me livrar desse fardo, mas perdi a virgindade com 13 anos e a primeira vez foi péssima, com um homem de 30 anos que conheci pela internet”, relembrou.
No início, Gabriela ficou em dúvida sobre o prazer causado pelo sexo.“Não fiquei confortável, fiquei um tempo sem fazer pensando em como era possível as pessoas falarem tanto disso, mas aí depois de um tempo eu fui gostando e a percepção mudou”, revelou.

Segundo Gabriela, nunca houve um episódio em sua vida que despertasse um interesse incomum para sexo. “Todo mundo fica me perguntando qual foi o fato que desencadeou isso, eu respondo que nada, meus pais foram ótimos, tive uma ótima educação, entrei na faculdade direto, fiz uma boa universidade e só”, garantiu.

Relação com a família
Como a personagem Tieta, da obra de Jorge Amado, Lola causa alvoroço quando retorna para sua cidade natal, mas a relação com a a família atualmente é estável. “Eu não vou muito pra lá, sinto que toda vez que vou, levanto uma poeira de discórdia e os vizinhos ficam comentando. Minha mãe já desconfiava porque nunca pedia dinheiro para ela e a relação foi muito mais difícil porque ela se importa muito com o que os outros dizem, mas a gente se fala”, disse.

Com o pai, militar da reserva, há uma relação de respeito e separação entre Gabriela e Lola. “Meu pai ficou seis meses sem falar comigo, eu achei que fosse pra vida toda, mas aí teve a minha formatura e ele veio. Na ocasião, disse que a filha dele era a Gabriela, não a outra, deixando bem claro que não compactua com isso. Mas ele ficou do meu lado e acho ele um herói porque não me abandonou”, confessou.
Gabriela Natália da Silva, ou Lola Benvenutti, se formou no curso de letras em São Carlos, SP (Foto: Felipe Turioni/G1)Gabriela Natália da Silva, ou Lola Benvenutti, se formou no curso de letras na UFScar (Foto: Felipe Turioni/G1)

fonte : http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2013/04/faco-porque-gosto-revela-garota-de-programa-recem-graduada-em-letras.html

Peixe cod do 'tamanho de um homem' é capturado na Noruega


Pescador capturou animal que pesava 47 kg e media 1,60 metro.
O cod é tratado como o 'legítimo bacalhau da Noruega'.

Do G1, em São Paulo
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Alemão posa com peixe cod, capturado na Noruega com 47 kg e 1,60 metro. (Foto: Soroya Havfiskesenter/NTB Scanpix/Reuters)Alemão posa com peixe cod, capturado na Noruega com 47 kg e 1,60 metro. (Foto: Soroya Havfiskesenter/NTB Scanpix/Reuters)
O pescador alemão Michael Eisele posa para fotografia ao lado de um peixe cod capturado por ele. Segundo a Reuters, o animal capturado tinha 47 kg e media 1,60 m. O peixe foi encontrado na região de Breivikfjord, na Noruega.

Conhecido em inglês como cod, o Gadus morhua é encontrado apenas nos mares frios do Hemisfério Norte e é tratada como o "legítimo bacalhau da Noruega". O bacalhau como o conhecemos é uma referência mais ao método do que ao peixe em si. Mesmo assim, existem pescados no mar, frescos, que também costumam ser chamados desta forma.
A Noruega é o país considerado o habitat desta espécie, além de regiões da Irlanda, Reino Unido e Islândia. Por ano, a produção nestas áreas é de 2.560 toneladas.
Entretanto, a sobrepesca (captura excessiva) se tornou uma ameaça. A redução dos estoques marinhos, por exemplo, já colocou o cod na lista dos animais marinhos ameaçados de extinção. O Gadus morhua, por exemplo, é considerado vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).

fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/04/peixe-cod-do-tamanho-de-um-homem-e-capturado-na-noruega.html

Trote mobiliza mais de 10 equipes de resgate no noroeste paulista



Até o helicóptero Águia foi chamado para atender falsa ocorrência.
Equipes percorreram mais de 60 quilômetros.

Do G1 Rio Preto e Araçatuba
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Um trote mobilizou mais de 10 equipes do Corpo de Bombeiros e das polícias Federal e Estadual nesta segunda-feira (29) no noroeste paulista.
Tudo começou quando os bombeiros receberam o chamado de um homem que dizia ter sofrido um acidente. Por telefone, o homem contou que o carro onde ele estava com a família tinha caído em uma ribanceira da BR-153, entre os municípios de Nova Granada (SP) e Onda Verde(SP).
Como a falsa vítima do acidente não sabia informar com precisão o local do acidente, as equipes de resgate fizeram uma varredura por todo o trajeto, em mais de 60 quilômetros. Até o helicóptero Águia foi chamado para ajudar na “busca”. Ele voou até a divisa com Minas Gerais.
Por telefone, os bombeiros faziam contato com o homem que dizia ter se acidentado em busca de informações que ajudassem a chegar no local do acidente. As buscas duraram quase três horas, e só pararam depois que a ligação da falsa vítima foi rastreada. O homem insistia em dizer que estava ferido, mas começou a dar informações que não existiam.
“Ele passou uma placa de veículo que não bate e passou dois endereços diferentes. Fomos até um desses locais e o número da casa também não existia”, disse o tenente José Luciano Val. Segundo ele, esse mesmo homem já tinha passado o mesmo trote há poucos dias, mas desligou o telefone antes de passar mais informações sobre o "acidente".
O homem que fez o trote poderá responder por falsa comunicação de crime. A pena para o crime é de um a seis meses de prisão.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Polícia Militar ocupa a comunidade Cerro-Corá, na Zona Sul do Rio



Operação começou às 5h e em 30 minutos a favela já estava ocupada.
Polícia revista moradores e faz varredura na comunidade.

Renata Soares e Mariucha MachadoDo G1 Rio
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Cerca de 400 homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Choque e do Batalhão de Ação com Cães estão na comunidade. (Foto: Mariucha Machado / TV Globo)Cerca de 400 homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Choque e do Batalhão de Ação com Cães estão na comunidade. (Foto: Mariucha Machado / TV Globo)
A comunidade Cerro-Corá, no Cosme Velho, na Zona Sul do Rio, foi ocupada as 5h30 desta segunda-feira (29) por homens da Polícia Militar. A PM entrou na comunidade às 5h e depois de meia hora realizava varredura e revistava moradores. Cerca de 400 homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Choque e do Batalhão de Ação com Cães estão na comunidade.
Segundo o coronel Frederico Caldas, relações públicas da PM, a ação representa o fechamento do cerco na Zona Sul da cidade, que é um importante ponto turístico do Rio.

“A vinda do papa e o aumento o fluxo turístico explica a nossa entrada. O que acabou contribuindo para a ocupação foram os delitos ainda que estavam ocorrendo na região. O serviço de inteligência mostrava que os marginais estavam se refugiando aqui. Agora, eles perderam do território”, afirmou o coronel, destacando que trinta minutos foram suficientes para fazer a ocupação.
Ainda de acordo com o coronel, em um mês deve acontecer a implantação da UPP na comunidade, que deve contar com a atuação de 190 policiais. Até as 6h não havia registro de prisões e apreensões. Duas comunidades vizinhas, Guararapes e Vila Cândida, também foram ocupadas. As três favelas ficam no morro entre as duas galerias do Túnel Rebouças.
Segundo o major Busnello, do Bope, que comandou a ocupação nas comunidades, o terreno está completamente dominado. "A comunidade agora passa para a segunda fase, que é a instalação da nossa base", afirmou o major, ressaltando que é fundamental que a população colabore e envie informações para o disque-denúncia ou para as redes sociais do Bope (twitter e facebook).
Polícia entrou na comunidade Cerro-Corá por volta das 5h desta segunda-feira (Foto: Renata Soares / G1)Polícia entrou na comunidade Cerro-Corá por volta das 5h desta segunda-feira (Foto: Renata Soares / G1)
A ação é uma mudança nos planos da Secretaria de Segurança Pública, que após a ocupação da Barreira do Vasco e do Caju, em março, anunciou que o Conjunto de Favelas da Maré seria o próximo local a receber uma unidade pacificadora. O Bope permanecerá na comunidade até a instalação da UPP.
Polícia Militar ocupa a comunidade Cerro-Corá, na Zona Sul do Rio. (Foto: Mariucha Machado / TV Globo)Polícia Militar ocupa a comunidade Cerro-Corá.
(Foto: Mariucha Machado / TV Globo)
A favela fica próxima ao acessos ao Cristo Redentor, em rota que terá aumento de visitantes e deve ter a passagem do Papa na Jornada Mundial da Juventude, em julho. No início de abril, uma van com um grupo deturistas alemães foi assaltada na Estrada da Paineiras e o fato teve repercussão mundial.
Até as 7h, não havia registro de troca de tiros no local e moradores circulavam tranquilamente pela comunidade. "Aqui é muito tranquilo, é um recanto de turistas. Aqui, à noite, as pessoas se reúnem para um pagodinho. Eu nasci e fui criada na comunidade. Moro aqui há 54 anos", contou a professora Marisa Jorge.
Mada UPP UPPs Cerro-Corá Cerro Corá 2013  (Foto: Editoria de Arte/G1)
Mais de 30 UPPs
Inspiradas em experiência de Medelín, na Colômbia, o programa do governo do estado que deu origem às UPPs começou dezembro de 2008, com a instalação da primeira unidade, no Santa Marta, em Botafogo, Zona Sul. Desde então, 32 UPPs já foram implantadas, com mais de 8 mil policiais, e a previsão é de que, até 2014, sejam mais de 40 unidades, e equipe de 12,5 mil.
última ocupação foi em 3 de março, nas comunidades do Caju e Barreira do Vasco, que tiveram a UPP instalada em 12 de abril, como parte de uma estratégia para entrar no Conjunto de Favelas da Maré, uma das regiões de maior atuação do tráfico.
As UPPs em operação abrangem 222 comunidades e beneficiam mais de 1 milhão de pessoas das áreas pacificadas. Até 2014, serão beneficiadas outras comunidades, abrangendo mais 860 mil moradores das Zonas Norte e Oeste do Rio, Baixada Fluminense e outras cidades com grande concentração urbana. Além disso, a Polícia Militar criou um banco de talentos para identificar policiais com formação em outras áreas de conhecimento, que possam agregar mais qualidade ao serviço prestado às comunidades.


Quadrilha que ateou fogo a dentista já tinha levado terror a consultórios



Bandidos mataram vítima porque ela só tinha R$ 30 para roubarem. Segundo investigações, quadrilha fez ao menos seis assaltos a consultórios.

Esta semana, a grande São Paulo foi cenário de um crime revoltante: bandidos atearam fogo a uma dentista e a mataram, porque ela não tinha dinheiro para que eles roubassem.
A quadrilha já havia levado o terror a outros consultórios, mas nunca tinha ido tão longe. A reportagem de Valmir Salaro mostra como esses criminosos atuavam, e como a família da dentista assassinada tenta reagir.
No escritório de Cinthya Moutinho de Souza, nada foi mexido depois do crime brutal da última quinta-feira (25). “Quando eu entrei aqui, ela estava caída. Estava em chamas ainda. Isso aqui são as cinzas da roupa dela”, mostra o pai de Cinthya.
Cinthya foi queimada viva dentro do consultório dela, no Jardim Hollywood, em São Bernardo do Campo, Região Metropolitana de São Paulo. Segundo a polícia, os bandidos resolveram matá-la porque a dentista tinha apenas R$ 30 no banco.
O Fantástico vai contar detalhes do que aconteceu no consultório, como a quadrilha agiu em outros casos e quem são esses criminosos.
Na madrugada de sábado (27), em uma favela em Diadema, cidade vizinha de São Bernardo do Campo, foram presos três acusados de matar a dentista.
Victor Miguel de Souza, de 24 anos, estava dormindo quando os policiais o encontraram. “Assemelhava-se muito com a pessoa descrita no retrato-falado, e imobilizamos o mesmo”, afirma um homem.
Dentro da mochila dele, os policiais encontraram uma pistola, provavelmente usada nos assaltos. E de lá, os policiais saíram para prender outros dois envolvidos na morte da dentista Cinthya.
Os dois estavam em um quarto, na mesma favela. Um deles é adolescente, de 17 anos, que riu e fez um gesto obsceno para a câmera do Fantástico.
Um vídeo obtido pelo Fantástico mostra quando ele confessa ter jogado álcool e ateado fogo na dentista. Sobre como fez isso, o adolescente responde: “Foi isqueiro”.
O terceiro acusado preso no sábado, que também pintou o cabelo quando soube que estava sendo procurado é Jonatas Cassiano Araújo, de 21 anos. É ele que foi a uma loja de conveniência sacar os R$ 30 da conta da dentista Cinthya.
Segundo as investigações, a quadrilha tem um histórico de crimes: fez pelos menos seis assaltos em consultórios odontológicos.
“Eles praticavam o terror para a vítima dizer quanto tinha na conta. Deixavam todas desesperadas”, afirma o delegado Marcos Gomes de Moura.
No dia 12 de abril, o alvo foi um consultório do Sacomã, Zona Sul de São Paulo. Fica a cerca de 9 quilômetros de onde Cinthya foi queimada viva. Os bandidos agiram praticamente da mesma forma: um deles fingiu que precisava de atendimento e a porta foi aberta. As vítimas foram amarradas e obrigadas a entregar tudo. Depois, parte da quadrilha foi a um posto de combustíveis.
As câmeras de segurança registraram quando chega o carro da marca Audi, dirigido por Jonatas. O veículo, ano 2003, é da mãe do rapaz. Quem desce é Victor Miguel de Souza, um dos presos no sábado. Victor vai ao caixa eletrônico e começa a fazer saques, usando os cartões e as senhas das vítimas.
O assaltante fica quase 10 minutos no caixa e retira R$ 1,3 mil. Antes de ir embora, ele pega uma garrafa d’água. Como não está gelada, escolhe outra e paga com o dinheiro que tinha acabado de roubar. Na sequência, os ladrões voltaram para o consultório e fugiram no carro da dentista.
Na quinta-feira, o veículo foi encontrado no condomínio onde Jonatas morava, em São Bernardo do Campo.
Quatro dias depois do assalto no Sacomã, os bandidos atacaram um consultório no Ipiranga, também na Zona Sul paulistana.
O Fantástico localizou uma das vítimas desse roubo. Ele conta que dez pessoas foram feitas reféns. “Me amarrou, outro veio por trás, botou a mão no meu pescoço. Outro, nos meus olhos. Agrediram, ameaçaram com isqueiro tocar fogo no cabelo da doutora. Meu prejuízo foi de R$ 1.400 em dinheiro, mais relógio e celular”, ele lembra.
Com os cartões bancários de outras duas vítimas, os ladrões ainda fizeram saques, no valor de R$ 1 mil. “Ele se comunicava com o outro, que estava no banco, para saber se estava dando certo. Se ela tinha passado a senha certa”, conta a vítima.
Nove dias se passaram até acontecer o assalto que terminou no assassinato de Cinthya Moutinho de Souza. No momento do crime, uma cliente estava no consultório.
Foi ela que contou que os bandidos ficaram irritados por causa dos R$ 30 que a dentista tinha na conta. O pai de Cinthya quase cruzou com os assaltantes.
“No que eu estava chegando, eles saíram. Aí a moça que estava sendo atendida saiu e gritou socorro. Um cara ia passando de carro, parou, viu fumaça e trouxe o extintor. Ele apagou o fogo que estava nela. Aí eu fui ver os sinais vitais dela, e não tinha mais”, relata o pai.
Os criminosos jogaram em Cinthya o álcool que é usado nos atendimentos, de alto grau de pureza.
Agora, a polícia procura Thiago de Jesus Pereira, de 25 anos. No vídeo, você vê o retrato-falado dele.
Segundo as investigações, Thiago participou dos assaltos e da morte da dentista.
Nascida em Belém do Pará, Cinthya tinha 46 anos. Era solteira e morava nos fundos do consultório, com a irmã e os pais. Muito querida no bairro, a dentista costumava atender de graça quem não tinha condições de pagar.
“Temos que ser fortes e não pode pensar em fraquejar”, diz o pai.