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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Profissionais de saúde reclamam dos valores baixos das consultas

 

Em quase todo o Brasil, médicos suspenderam o agendamento de consultas, exames e cirurgias de vários convênios. Apenas urgências e emergências foram atendidas.


Para forçar o reajuste dos valores pagos pelos planos de saúde, médicos de todo o país suspenderam por 24 horas consultas e cirurgias de pacientes conveniados.
O movimento numa clínica, em São Paulo, foi menor nesta quarta-feira (21). Normalmente, 250 crianças são atendidas por dia, no local. Mas nessa quarta-feira, nem todos os planos de saúde foram aceitos.
Em quase todo o Brasil, médicos suspenderam o agendamento de consultas, exames e cirurgias de vários convênios. Apenas urgências e emergências foram atendidas.
O motivo são os baixos honorários recebidos pelos profissionais de saúde. Por uma consulta, segundo a associação que representa os médicos, alguns planos pagam R$ 15.
“Se fosse depender de plano de saúde eu não conseguiria manter esse consultório. Por conta disso eu me descredenciei de planos de saúde, cerca de 25 planos e hoje eu atendo na maior parte consultas particulares”, diz a coordenadora da Associação Obstetrícia de Ginecologia de São Paulo, Maria Rita de Souza Mesquita.
Essa é a segunda paralisação feita pelos médicos esse ano. Em abril, eles também deixaram de atender para convencer os planos a negociar reajustes. Em alguns casos, funcionou, mas nem todas as reivindicações foram atendidas.
A Associação Médica Brasileira quer que o valor mínimo pago pelas consultas suba para R$ 50 este mês, para R$ 60 em dezembro e para R$ 80 no primeiro trimestre de 2012 e que os honorários de exames e cirurgias também seja revistos.
“A defasagem que ocorre há mais de dez anos de honorários médicos em relação aos planos de saúde dos médicos é muito significativa, tanto que já existe uma desassistência muito marcante”, fala o representante da Associação Médica Brasileira, Jorge Curi.
No Pará, médicos protestaram colocando um caixão em frente ao sindicato da categoria para simbolizar a "morte da saúde".
A Associação Médica Brasileira estima que 30 milhões de segurados podem ter sido afetados pela suspensão do atendimento. Mas ressalta que ninguém foi prejudicado porque consultas e exames foram remarcados.
A Federação Nacional de Saúde suplementar, que representa os 15 maiores grupos privados de saúde do país, disse que vai adotar, ainda este ano, um novo parâmetro de remuneração dos médicos credenciados a ela. Mas não informou valores porque a negociação é feita diretamente entre médico e convênio.
fonte: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2011/09/profissionais-de-saude-reclamam-dos-valores-baixos-das-consultas.html

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