No Rio de Janeiro, sete mil motos irregulares foram apreendidas. É um novo cerco da polícia contra bandidos que cometem crimes sobre duas rodas.
No Rio de Janeiro, sete mil motos irregulares foram apreendidas. É um novo cerco da polícia contra bandidos que cometem crimes sobre duas rodas. Os números comprovam: as motos estão ligadas à criminalidade. Não só no Rio, mas em todo o Brasil.
O Brasil tem aproximadamente 12 milhões de motos. Em função do crédito facilitado e do trânsito caótico, a moto virou uma opção de transporte e também virou uma ferramenta do crime. Em vários estados a Polícia Civil desconfia que metade dos homicídios e dos roubos praticados tem motos envolvidas. Mas, não podemos criminalizar o motociclista, pois a moto é uma alternativa ao trânsito.
Nesta operação no Rio, a polícia aborda normalmente motos com dois homens, com garupa homem. Ou seja, o critério na abordagem é: moto com dois homens é sempre parada.
Eu estive agora na Colômbia, em três cidades, onde o garupa está proibido pela polícia, depois de uma lei nacional. Só podem andar de carona esposas e filhos. Com isso, o mototáxi acabou na Colômbia, está proibido.
Alguns estados brasileiros queriam implementar uma lei parecida, mas o Detran estadual não teria competência para colocar uma lei dessas. Isso tem que ser uma resolução nacional.
Existe um projeto de lei em Goiás, de um deputado que pretende proibir o garupa, o que não é inteligente. O razoável seria algo parecido com a Colômbia, identificação em colete com a placa da moto. O mototáxi faz parte da realidade brasileira, principalmente em comunidades.
O importante é isso: em dois meses, a polícia do Rio apreendeu sete mil motos e reduziu a criminalidade no mês de dezembro, quando geralmente o crime aumenta, em função das compras de Natal e de mais dinheiro circulando. Então, uma boa solução para ser reproduzida em todo o país: apreensão de motos para redução do crime.
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