Até o dia 19 de janeiro, período de chuvas de verão, foram registrados 109 mil raios, 10% dez a mais do que no ano passado, segundo o INPE.
O número de mortes em pouco mais de duas semanas já é maior do que em todo o ano passado. Neste ano, nesse período de chuvas de verão, aumentou em 10% a incidência desse fenômeno perigoso em São Paulo.
Com chuvas em maior quantidade e tempestades mais fortes, estão caindo mais raios em São Paulo. Até o dia 19 de janeiro, foram registrados 109 mil raios, 10% dez a mais do que no ano passado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Meteorológicas (INPE).
A Universidade de São Paulo (USP), que também pesquisa o assunto, diz que um mapa indica os estados brasileiros com maior incidência de raios. São regiões mais quentes. O calor e a umidade levam a formação de nuvens carregadas.
Um raio dura menos de um segundo. A descarga elétrica é duas mil vezes a carga que circula pela tomada de uma casa. A temperatura pode chegar a seis mil graus. É tão alta quanto à da superfície do Sol.
Não precisa estar chovendo para cair raios. Nuvens carregadas mais próximas também são um sinal de alerta. Em um descampado, como em um campo de futebol, o raio atinge o ponto mais alto, como árvores, a trave do gol ou uma pessoa. A mesma recomendação vale para quem solta pipas e anda de bicicleta ou de moto.
“O corpo, na verdade, só vai receber essa descarga se ele tiver no meio, ou seja, se ele estiver descampado ou em área aberta, ou se um raio entrar dentro de alguma casa a partir de tubulação ou da fiação”, explica o professor Carlos Augusto Morales, do departamento de ciências atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP).
Atenção em casa: evite os banhos de chuveiro. Fique longe das torneiras, tomadas, janelas e desligue todos os aparelhos. Agora se for pego de surpresa por uma tempestade, busque abrigo em lugares fechados, como o carro.
A Defesa Civil de São Paulo orienta a população sobre os riscos das tempestades. Em 17 dias, três pessoas morreram no estado atingidas por raios. É o mesmo número de mortes registradas nos quatro meses no verão do ano passado.
“A incidência de raios no Brasil é muito grande, mas eu acho que elas não acreditam que pode acontecer onde elas estão. Infelizmente, pode acontecer. Por isso, a gente orienta para que as pessoas procurem um lugar abrigado”, recomenda Fauzi Salim Katibe, diretor de comunicação social da Defesa Civil de São Paulo.
Por ano, cerca de 50 milhões de raios atingem o Brasil. Em todo o mundo, é no país que esse fenômeno – bonito, mas perigoso – acontece com mais frequência.
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