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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

SUS vai trocar de graça próteses de silicone rompidas ou deformadas


As mulheres que tiveram problemas com próteses de silicone rompidas poderão fazer de graça a cirurgia para trocar os implantes.

Foram anunciadas novas regras no Sistema Único de Saúde (SUS) e nos planos de saúde para atender as pacientes que tiverem problemas com as próteses de silicone. A cirurgia para a troca de implantes vai ser de graça, mesmo para as mulheres que colocaram as próteses por motivos estéticos. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foi uma ordem – uma determinação da presidente Dilma Rousseff.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já começou a recolher as próteses da empresa francesa PIP, fabricadas com silicone industrial, impróprio para uso médico. Em todo o país, 19 mil mulheres colocaram próteses da PIP e sete mil da holandesa Rofil. Ao todo, 39 comunicaram que já trocaram o silicone, porque houve problemas.
As próteses serão substituídas, de graça, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) se exames médicos mostrarem que houve rompimento ou deformação. Quem tem plano de saúde também terá cobertura.
“Esse procedimento poderá ser feito pelo SUS e será garantido pelos planos de saúde, porque também garantem a cirurgia reparadora. Mas claro que as mulheres que tiverem interesse em fazer via sistema privado o farão pelo sistema privado”, afirma o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano.
Todas as mulheres que têm prótese da PIP e da Rofil serão chamadas para uma avaliação clínica, que vai indicar se é preciso substituir o silicone. O Ministério da Saúde ainda está definindo quais exames serão feitos e em que centros de saúde as pacientes do SUS serão atendidas.
“A princípio, um dos exames é ultrassonografia de rastreamento. Havendo necessidade, outros exames podem ser utilizados, provavelmente a ressonância e principalmente avaliação clínica do médico responsável, seja clínico geral ou mastologista”, explica Rodrigo Pepe, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Representantes da Anvisa e de sociedades médicas decidiram criar um registro nacional de implantes mamários. A agência vai centralizar informações que os médicos vão mandar sempre que um implante for feito. Assim vai ficar mais fácil encontrar pacientes quando houver suspeita de problemas. A Anvisa recomenda que as próteses que não apresentam ruptura sejam mantidas, mas as mulheres vão ser monitoradas.
“A qualquer momento que se verificar um problema que justifique a troca, vai entrar no procedimento de troca que o Sistema Único de Saúde vai garantir”, acrescenta o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano.
Técnicos da Anvisa afirmam que vão fazer inspeções em fábricas de prótese de silicone no exterior e também no Brasil.

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