São ações que levam à pergunta: será que foram bem feitas? A polícia garante que sim, mas quem ficou na linha de tiro não tem a mesma opinião.
Por que tantos casos de perseguição policial pelas ruas de São Paulo? Por que tanta gente machucada? Nos últimos dias, um menino foi ferido à bala e um aposentado, morto. Treze carros foram destruídos. Muita gente está assustada. São ações que assustam e que levam à pergunta: será que foram bem feitas? A polícia garante que sim, mas quem ficou na linha de tiro não tem a mesma opinião.
O técnico em informática Erick Laruccia tinha saído do trabalho mais cedo. Queria chegar logo em casa na noite de segunda-feira (23), mas acabou no meio de um tiroteio entre bandidos e polícia.
“Escutei os disparos e tiros atrás de mim. No que eu olhei, o vidro já estourou, o caminhão bateu na minha traseira. Só deu tempo de eu frear e bati no carro da frente. Quando eu desci, já tinha arrastado todo mundo”, contou o técnico em informática Erick Laruccia.
A traseira do carro ficou irreconhecível. Por sorte, Erick Laruccia não sofreu nada. O carro dele foi um dos 13 arrastados por um caminhão guiado por criminosos em fuga. A polícia conseguiu prender um dos bandidos. A Marginal só foi liberada oito horas depois.
A perseguição policial que parou a Marginal Tietê não foi um caso isolado. Desde o final de semana, outras três assustaram os moradores da capital paulista. Em uma delas, um aposentado morreu vítima de bala perdida.
O aposentado estava em um carro quando cruzou o caminho de bandidos que fugiam da polícia. Os criminosos tinham assaltado uma empresa de segurança. Na troca de tiros, o aposentado foi baleado duas vezes. Um dos disparos atingiu a cabeça dele.
Em Guarulhos, na Região Metropolitana, a vítima foi um menino de 6 anos. Vinicius estava dentro do carro da família, no estacionamento de um banco, quando começou um tiroteio.
Um policial militar à paisana foi abordado por um assaltante armado. O PM reagiu, e um dos disparos acertou o menino no rosto. Ele foi socorrido e não corre risco de morrer.
Um policial militar à paisana foi abordado por um assaltante armado. O PM reagiu, e um dos disparos acertou o menino no rosto. Ele foi socorrido e não corre risco de morrer.
“É importante deixar claro que a polícia reage em defesa própria, de si, inclusive para preservação da vida do próprio agressor da sociedade. Nós temos um treinamento, que é o método de tiro, justamente para nós efetuarmos essa ação de maneira cirúrgica e eficiente, para não ter maiores problemas”, justifica o major Marcel Soffner, porta-voz da Polícia Militar de São Paulo.
Na manhã de terça-feira (24), um último susto: a polícia encontrou um carro suspeito na Zona Sul de São Paulo. Dentro dele, havia três homens. Os policiais militares pediram para que o motorista parasse, mas ele acelerou. O carro seguiu por três ruas na contramão. O grupo abandonou o veiculo e saiu correndo. Tentou pegar um ônibus, mas foi preso. Dessa vez, nenhum tiro foi disparado.
“A ação da polícia foi bastante eficiente. Conseguimos cercá-los com bastantes viaturas e não houve esse risco”, afirmou o sargento da Polícia Militar, Eduardo Barbosa.
O resultado dos exames da perícia é que vai dizer de quais armas saíram os tiros que atingiram o aposentado e o menino.
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