A dona do navio Costa Concordia, que naufragou na Itália, admitiu que o capitão cometeu uma série de erros. Número de mortos sobe para seis.
É manchete no mundo todo: o naufrágio de um navio na costa italiana. O acidente foi na noite da última sexta-feira (13). Nesta segunda-feira (16), mais um corpo foi encontrado. Agora são seis mortos e 16 desaparecidos. Nesta segunda, a companhia Costa Cruzeiros, dona do navio, admitiu que comandante Francesco Schetino cometeu uma série de erros e não seguiu os procedimentos previstos para situações de emergência.
A imprensa italiana sustenta que o comandante Francesco Schetino não deu nenhum alarme oficial, mas que teria sido a guarda costeira a iniciar a operação de salvamento. Segundo os jornais italianos, o capitão do navio teimava em afirmar que se tratava de um problema técnico e não queria reconhecer que tinha se chocado contra as pedras.
A prisão preventiva do comandante do navio foi decretada no domingo (15) para impedir que ele fugisse ou escondesse alguma prova. Segundo o procurador de Grosseto, o comandante abandonou o navio às 23h30, ainda com muitos passageiros a bordo.
Autoridades do porto teriam pedido ao comandante que voltasse para bordo e ajudasse os passageiros. Quem ficou até o fim foi o comissário Manrico Gianpetroni, resgatado vivo como herói por ter salvado centenas de pessoas. “Vivi 36 horas de pesadelo”, desabafou.
O Concordia está inclinado a quase 90 graus. A água invadiu os quartos, que ficaram abaixo do nível do mar. Os mergulhadores continuam procurando sobreviventes em possíveis bolsões de ar. A tragédia do naufrágio é mostrada em imagens gravadas por um dos turistas. São momentos que antecederam a retirada de mais de quatro mil pessoas do navio que tombou em águas italianas na sexta-feira (13).
Primeiro veio o apagão. Depois, no corredor, é possível ouvir os anúncios feitos pela tripulação, também em português: “Senhoras e senhoras, sua atenção, por favor. Tivemos um problema nos nossos geradores elétricos. A situação está sob controle”.
Já vestindo o colete salva-vidas, os passageiros são encaminhados para o deck do navio. Em seguida, embarcam nos botes rumo à terra firme. A voz em português era de uma brasileira, que há 13 anos trabalha no Mar Mediterrâneo.
“No momento aonde deu o blecaute, a gente começou a perceber que havia uma coisa que não era normal. Começaram a tocar algumas sirenes. Neste momento da sirene, cada um da tripulação tem uma função. Minha função é estar na ponte de comando do comandante, porque eu sou a responsável por todos os anúncios em língua portuguesa”, comentou a brasileira.
Tripulantes do Costa Concordia estão revoltados contra a imprensa e passageiros, afirmando que salvaram milhares de pessoas, quase todos, e que isso não está sendo levado em consideração. A companhia Costa Cruzeiros está tentando evitar uma grande tragédia ambiental. O navio Costa Concordia também transportava 2,4 mil toneladas de óleo diesel. Se o combustível vazar, pode destruir a fauna marinha da Ilha do Giglio, uma das mais bonitas do centro da Itália.
Tripulantes do Costa Concordia estão revoltados contra a imprensa e passageiros, afirmando que salvaram milhares de pessoas, quase todos, e que isso não está sendo levado em consideração. A companhia Costa Cruzeiros está tentando evitar uma grande tragédia ambiental. O navio Costa Concordia também transportava 2,4 mil toneladas de óleo diesel. Se o combustível vazar, pode destruir a fauna marinha da Ilha do Giglio, uma das mais bonitas do centro da Itália.
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