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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Queimaduras com água-viva se multiplicam nas praias do Paraná


No Sul do país, o perigo vem do mar. O número de casos de queimaduras por água-viva está aumentando. No Paraná, já foram mais de cinco mil.

Nas praias lotadas do litoral do Paraná, os salva-vidas nunca precisaram tanto de vinagre. “Esse é o segundo vidro já”, aponta um salva-vidas. É o melhor remédio contra queimaduras de água-viva, que vem atingindo centenas de pessoas por dia desde a semana passada.
“Muita dor. Arde”, comenta Mateus de Carvalho, de 6 anos. “Eu estava no mar e minha mãe achou que era uma picada, mas eu falei para ela que era água-viva e ela não acreditou”, contou Maria Eduarda da Costa, de 6 anos.
Só nesta temporada, quase três mil casos já foram registrados pelos bombeiros, contra oito no mesmo período do verão passado. Perguntando na praia, é difícil quem não tenha sido queimado.
“Na água a gente não vê. A gente percebe que, de repente, começa a queimar. É a água-viva que passou e queimou. Tem de sair fora”, comenta um senhor.
Ainda não se sabe a causa do fenômeno, mas representantes da Secretaria de Estado daSaúde e do Corpo de Bombeiros já se reuniram e decidiram: quando o número de casos estiver alto demais, trechos de praia serão interditados ao banho.
“Foram tantas pessoas, que tivemos de ordenar uma fila para ficar mais organizado e poder atender todo mundo”, lembra o salva-vidas Kléber Pereira do Nascimento.
A água-viva tem na parte de baixo microbolhas tóxicas que se desprendem quando elas encalham na areia ou tocam a pele de uma pessoa. Jogar água doce sobre a queimadura é um erro. Há outros.
“Não coce, não esfregue o lugar atingido e não jogue água doce, porque a água doce vai fazer com que as bolhas que são soltadas pela água-viva estourem e venha a prejudicar mais essa queimadura”, orienta a salva-vidas Carla Spak.
 

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