É nas entrevistas para emprego que, muitas vezes, o corpo e o rosto dizem o que o candidato não quer revelar. Cruzar os braços, por exemplo, é um sinal de rejeição.
Você sabe quando alguém está mentindo? Se um sorriso ou um gesto é falso ou verdadeiro? Se a pessoa é segura ou insegura? As empresas estão usando, cada vez mais, a análise do comportamento para escolher os candidatos. O repórter Edney Silvestre mostra no que eles estão de olho.
Que um sorriso nem sempre é sincero a gente sabe. Mas você imaginava que cruzar os braços é sinal de rejeição? Quem diria que as pernas cruzadas significam que a pessoa quer chutar você? Com as mãos na cabeça, ele está dizendo: “Quem manda aqui sou eu”.
Cada gesto indica uma intenção. São sinais claros do que se passa por dentro de uma pessoa, acredita o psicólogo João Oliveira. “É possível você saber mais de uma pessoa olhando para ela no silêncio, deixando ela se movimentar, do que ela falando de si mesma. Parece que o nosso inconsciente não gosta muito de mentira”, explica o psicólogo.
A atração entre um homem e uma mulher, por exemplo, aparece em gestos quase imperceptíveis. Se ela passa a mão nos braços, por exemplo, isso pode querer dizer que está se interessando por ele. Entre mulheres, a conversa é frente a frente. Homens se falam a 45° um do outro. Ou seja: nada de intimidade demais.
É nas entrevistas para emprego que, muitas vezes, o corpo e o rosto dizem o que o candidato não quer revelar. Abaixar os olhos mostra timidez ou temor – não serve para chefe. Rosto apoiado nas mãos tem significados diversos.
“Se ela apóia a cabeça totalmente na mão significa desinteresse. Se você quer prestar atenção em alguém, você não faz isso. Quando você tapa a boca com a mão, significa absoluta submissão ao que está sendo dito à você”, explica o psicólogo João Oliveira.
Interpretar sentidos e sentimentos nos gestos não é novidade, mas ganhou força a partir da década de 1960. João Oliveira oferece treino para esse reconhecimento. “Apenas um movimento é suficiente”, explica.
A consultora em recursos humanos Jacqueline Resch utiliza algumas dessas referências quando seleciona funcionários, mas faz ressalvas: não é tudo tão simples assim. “Você não pode rotular uma pessoa de cara. Tem que tomar muito cuidado com as nossas conclusões, porque você pode tirar a oportunidade de alguém que é capaz de exercer a função. O conselho é: seja natural, espontâneo, com foco no que o entrevistador quer saber e objetivo”, conta Jacqueline Resch, consultora de recursos humanos.
fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/01/analise-de-gestos-e-comportamento-ajuda-empresas-escolher-candidatos.html
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