Doença atinge mais as mulheres jovens do que os homens, no Brasil. Pela primeira vez, foi observada uma diminuição no número de mortes decorrentes da doença.
Os dados atualizados sobre a Aids no Brasil vão ser divulgados pelo Ministério da Saúde em dezembro. Mas o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, adiantou quais os desafios para conter a doença no país: o combate ao preconceito e a ampliação do diagnóstico precoce.
O médico e professor da UFRJ e consultor do Programa Nacional de Aids, Amílcar Tanuri, explicou que, pela primeira vez, é observada uma diminuição no número de mortes decorrentes da doença: “Isso vai reforçar o investimento na continuidade do tratamento na África, onde a epidemia é generalizada”. Ele acrescentou que, no Brasil, ainda há grupos mais vulneráveis, como os gays, que eram os mais atingidos, no início da doença, e voltaram a ser, entre os mais jovens.
Dr. Amílcar destacou também a importância do diagnóstico precoce. “A gente ainda vê gente morrendo de Aids no Brasil porque eles chegam muito tarde ao sistema de saúde. As pessoas têm que parar de ter medo de se testar”. O médico citou ainda os avanços científicos nessa área, no ano passado, como a descoberta de que, com o tratamento específico, a pessoa pode ter a quantidade de vírus no sangue indetectável, o que dificulta a transmissão para outras pessoas. “Existe um grupo de cientistas no mundo que acha que é possível curar a Aids. Existe essa perspectiva real. E a gente vislumbra um futuro de não precisar mais de medicação, para cerca de três a quatro anos”, finalizou.
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