O governo decidiu fazer uma campanha de conscientização e criou um aplicativo que pode ser baixado gratuitamente na internet.
Tem gente que ainda insiste em dirigir falando ao celular e mandar mensagem enquanto está parado no sinal. O resultado aparece nas estatísticas do trânsito. Por isso, o número de acidentes envolvendo motoristas que usam o celular ao volante é assustador. Mas vem mudança por aí. O governo vai incentivar o uso de uma tecnologia para tentar reduzir os acidentes.
Todos sabem que é errado, é perigoso, dá multa e dá ponto na habilitação. Enfim, não podemos e não devemos. É uma péssima mania, mas tem gente que faz. Dirige e fala ao celular. Agora, um aplicativo no próprio aparelho pode ajudar a acabar com esse hábito bobo.
Tem gente que não desgruda do celular por um minuto, nem quando dirige. “É um vício e se torna um vício”, comenta um motorista. Só no primeiro semestre do ano passado, 24 mil motoristas foram multados no Distrito Federal por usar o celular e dirigir ao mesmo tempo. Além de pagar R$ 85, eles perderam quatro pontos na carteira. Quem atende o telefone quase sempre diz que tem um bom motivo.
“Quando é uma coisa muito urgente, eu acabo atendendo o celular”, admite um senhor. “Tem coisa que você não tem como deixar de atender. Às vezes, é a mulher ou é a filha”, alega outro motorista.
O governo decidiu fazer uma campanha de conscientização e criou um aplicativo que pode ser baixado gratuitamente na internet. Para dirigir sem ter de se preocupar com o celular, o motorista aciona o programa com um toque. A partir de agora, o aparelho está bloqueado e não recebe mais chamadas. Quem ligar vai ser informado automaticamente que a pessoa está dirigindo e liga depois.
O número de quem ligou fica registrado. Por enquanto, o aplicativo só pode ser usado em celulares mais sofisticados, os smartphones, que usam o sistema operacional Android. Mas a ideia é permitir que outros aparelhos também possam usar o programa.
“O aplicativo é uma peça de apoio à campanha. O mais importante é que o cidadão esteja consciente de que esse uso de celular ao volante causa muitos acidentes e muitas mortes também”, afirma o empresário Adamo Carramilo.
Victor Tavarino, especialista em segurança de trânsito, concorda que a campanha e o aplicativo de celular devem ajudar a convencer os motoristas de que o hábito coloca vidas em risco, ainda que as pessoas levem um tempo para aderir à novidade. “Talvez seja necessário que façamos uma reeducação dos nossos hábitos no trânsito, como fizemos em relação à velocidade. As coisas começam assim”, observa.
O professor da Universidade de Brasília (UnB), Davi Duarte, diz que falar ao telefone enquanto dirige diminui os reflexos tanto quanto três ou quatro doses de bebida alcoólica e faz um alerta: quem usa o viva-voz do celular no carro também perde muito a concentração.
“O viva-voz não resolve o problema, até porque o motorista continua prestando atenção na conversa dele, do outro lado, e isso tira cerca de 40% da atenção do trânsito”, alerta o professor.
Baixar o aplicativo é de graça, mas o motorista vai pagar pelo aviso o equivalente ao valor de um torpedo, de um SMS, que varia de acordo com a operadora. Mas o governo vai negociar com as empresas para que as mensagens também sejam de graça.
Não consigo entender esse "Brasil". Brasília principalmente!
ResponderExcluirAcho que essa idéia de mensagem foi "bolada" por alguma operadora de celular. Primeiro: pagamos o torpedo; depois (o governo quer que seja gratuito) as operadoras criarão planos (pacotes) para que que a tal mensagem seja enviada. Quem vai ganhar? Quem vai perder? Fácil, não é: o povo. O dinheiro sairia do bolso (cofre) das operadoras e alguém e,no último caso, vai para alguma campanha de políticos que acharão a lei muito boa. Muitos vão ganhar, com certeza (o povo perde). Vejam a lei da cadeirinha, do kit de primeiros socorros, do selo do emplacamento (que saudades do Beltrão) etc.
Pois bem, dirigir e falar não interfere (não deveria interferir) se o motorista é responsável. É claro, que não poderia o motorista discar, nem passar mensagens, ou conseguiria ele fazer isso sem tirar os olhos (e não a atenção) da estrada?.
No jornal da manhã da Globo, uma pérola: nos ônibus "É proibido falar com o motorista". Vocês não acham que também deveriam tirar a campainha por tirar a atenção do motorista?. Pensem vocês, 40 pessoas (interurbano; nos urbanos o dobro de pessoas) falando com o motorista (uma torre de babel).
Agora, imaginem um profissional de corrida (F1, Stock car, etc.), dirigir sem olhar os aparelhos, sem falar com os engenheiros pelo rádio, sem olhar os retrovisores, sem trocar as marchas (nas competições mais importantes, o câmbio fica no volante (mas a atenção deve continuar). Poderá esse profissional ficar alguns segundos sem prestar a atenção no "trânsito" a uma velocidade de mais de 300 km por hora (em alguns momentos).
Em todas as leis editadas nos últimos tempos, é que alguém ganhe dinheiro com i$$o. Obrigatoriedade de uso e multa!
Não deveríamos voltar ao tempo das charretes (com a autorização do IBAMA, senão seremos multados, inclisive por maus tratos aos animais).
Imagine se Brasília (políticos e interessados): projetassem carros. Seriam com pedais: uma bicicleta de 4 rodas. Mas teríamos um problema, os declives e as multas. Como contornar, limite de velocidade (1 km/h, talvez) e multa (essa $empre).
Êta Brasil.
Ah, ia me esquecendo!
ResponderExcluirO professor da Universidade de Brasília (UnB), Davi Duarte, diz que falar ao telefone enquanto dirige diminui os reflexos tanto quanto três ou quatro doses de bebida alcoólica e faz um alerta: quem usa o viva-voz do celular no carro também perde muito a concentração.
“O viva-voz não resolve o problema, até porque o motorista continua prestando atenção na conversa dele, do outro lado, e isso tira cerca de 40% da atenção do trânsito”, alerta o professor.
Pergunto: o motorista deveria dirigir sozinho no carro ou seríamos obrigados a instalar uma célula a prova de som e com bloqueadores de celulares no recinto do motorista, instalando, também, aqueles dispositivos utilizados para que os animais que puzam carroças não olhem para os lados?
Já pensaram esse professor trabalhando na Fórmula 1: que segurança!