O ano mal começou e já tem um candidato a herói. Charles da Silva enfrentou a correnteza para salvar três pessoas durante uma enchente.
Janeiro chegou e, com ele, a chuva forte, que sempre causa tantos transtornos. Para um mineiro chamado Charles Pereira da Silva, vai ser um ano inesquecível. Ele é o primeiro candidato a herói do ano. Charles enfrentou a correnteza para salvar três pessoas durante uma enchente em Belo Horizonte.
Agora ele quer uma recompensa. “É gratificante demais da conta, ainda mais fechando o ano com chave de ouro”, comentou Charles. Foi assim que ele se sentiu depois de resgatar três pessoas de uma enchente. Na última sexta-feira (30), o córrego que corta uma avenida transbordou, e os veículos foram arrastados pela correnteza. O pedreiro se surpreende ao rever as imagens.
“Os carros que estavam subindo estavam descendo, até que em um desses carros tinha um senhor pedindo socorro com a cabeça para fora da janela”, lembra o pedreiro Charles Pereira da Silva. O carro é arrastado e para próximo à calçada. “Vi o momento que dava para ele ir. Consegui pular no carro dele e tirá-lo e jogar para o outro rapaz que estava esperando”, contou.
Em outro carro, a mulher se desespera. Charles escuta o pedido de socorro e também tenta ajudar. “A mulher gritou falando que tinha uma criança. Naquele momento, você imagina um irmão, um sobrinho ou um filho de um amigo naquela minha situação. O impulso fala mais alto”, disse o pedreiro.
O veículo é levado pela correnteza e Charles vai atrás. Em um determinado ponto, o carro para. A mulher abre a porta e tenta sair. Charles se aproxima e, depois de alguns minutos, consegue retirar a criança e a mulher.
“Ela pediu que, pelo amor de Deus, podia deixar ela e tirar o menino. Tirei o menino. Eu vi que a água já estava vindo e que dava tempo de tirá-la. Quando a tirou, o carro começou a encher, porque ela já estava com a água na cintura”, lembra o pedreiro Charles Pereira da Silva.
Depois de resgatar o homem, a criança e a mulher, Charles nem teve tempo de falar com as vítimas, porque logo ele foi tentar salvar outras pessoas. Agora, o maior desejo dele é reencontrá-los. “Quero poder dar um abraço neles, bater um papo e, quem sabe, fazer boas amizades. Vai ser muito gratificante para mim”, comenta o pedreiro.
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