A repórter Giuliana Girardi ouviu pais, comerciantes e especialistas e tem algumas dicas que podem ajudar bastante na compra do material.
Começou a agonia dos pais com a lista interminável de material escolar. Todo ano é um rombo no orçamento, mas tem como economizar. Um bom planejamento pode fazer diferença na hora de pagar a conta. É uma economia de, no mínimo, 5%, mas pode ser até mais. Não basta só pesquisar. Tem também de negociar com os filhos, que querem o caderno mais caro com a foto do ídolo do futebol ou da música.
É uma tarefa difícil sem as crianças. “Tem coisa que eu não sei o que é”, disse uma mãe. Mas se elas estão para ajudar também é complicado. “Caderno de personagens é o que domina. Está muito acima, às vezes o dobro do preço”, aponta o analista de negócios Reinaldo Santos. “É que a maioria das crianças leva”, comenta um menino.
Aí tem de negociar. “A gente opta. Eles vão levar o caderno que querem, mas outro item nós podemos levar de uma marca mais inferior, que seja a mesma qualidade”, diz a microempresária Gisele Lima Hernandes dos Santos.
Convencer os filhos nem sempre é tão fácil. E o gerente a dar desconto? “Pedir desconto não no caixa, e sim para os vendedores. Principalmente, seja cortês, seja alegre, pergunte o nome do gerente, vai lá e negocia. Com certeza, o gerente sempre tem uma gordura para que você possa pagar menos”, recomenda o educador financeiro Reinaldo Domingos.
Pais que se juntam para comprar conseguem redução de preço. “Só nas compras acima de R$ 300. Chega a ter 5% no pagamento à vista ou no cartão de débito”, afirma o gerente da loja Ondamar Ferreira.
Alguns itens têm desconto se o pai leva numa quantidade maior. Um caderno chega a ter economia de R$ 1,14, mas já é uma economia. Muitas vezes nem é preciso comprar tudo de uma vez. Dá para levar apenas o que vai ser usado no primeiro semestre.
“É interessante que ele tente negociar com a escola uma compra diluída entre os semestres durante o ano letivo até para não concentrar uma despesa alta nessa época do ano, em que ele já tem outras despesas e que comprometem seu orçamento familiar”, orienta Selma do Amaral, diretora de atendimento do Procon em São Paulo.
A supervisora de digitação Juliana Panbolkian não economizou. “Foram 500 folhas de papel sulfite, caderno, borracha, cola e lápis. um monte de coisa. Tudo o que pede. E ainda exigem a marca também”, conta.
Exigir a marca não pode. “Estabelecer ou impor uma marca de produto fere o direito da escolha do consumidor”, alerta Selma do Amaral, diretora de atendimento do Procon em São Paulo.
Se você pretende fazer as compras pela internet, é melhor começar agora, bem antes da volta às aulas, porque o material escolar pode demorar um pouco mais para chegar. Vale a pena comprar livros.
“O que não deve comprar pela internet são os materiais de apoio, como régua, compasso, caderno, sulfite ou cartolina. Para coisas desse tipo, realmente é bom ir na loja, pesquisar, saber qual que fica mais bonito e aí fazer a compra”, acrescenta Selma do Amaral, diretora de atendimento do Procon em São Paulo.
Os pais também se empolgam nessa hora. Parece até que voltam à infância. O resultado eles descobrem no caixa. “Para diminuir a conta, não compraríamos tantos supérfluos”, diz uma mãe. “Minha mãe até comprou um brinquedo”, conta o filho.
Outra dica é vasculhar as mochilas e gavetas das crianças em casa para ver o que dá para ser aproveitado este ano. Assim, a economia pode chegar a até 30% no valor da nova lista de material escolar.
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