O filho do casal, que tem 6 anos, é negro e não fala português, contou aos pais que foi colocado para fora do restaurante.
Um casal de turistas espanhóis acusou os funcionários de um restaurante de racismo contra o filho deles. O menino, que é negro, contou aos pais que foi colocado para fora do restaurante. A criança tem 6 anos, nasceu na Etiópia e não fala português. Os pais encontraram o garoto sozinho, na rua, assustado e chorando muito.
O casal de espanhóis em férias no Brasil contou que foi a um restaurante da Zona Sul de São Paulo no último dia 30. Os pais disseram que deixaram o filho de 6 anos sozinho na mesa e foram se servir. O menino é etíope e não fala português. Segundo o casal, alguém do restaurante pegou a criança pelo braço e a colocou para fora.
“Encontramos ele na rua, chorando e muito assustado. Perguntamos se tinham o machucado e ele disse: ‘não, só me pegaram pelo braço e me jogaram para fora’”, contou a mãe do garoto.
Os donos do restaurante não foram localizados. O advogado deles divulgou nota apresentando outra versão. Segundo o advogado, o pai dos donos do restaurante viu o menino sozinho. Em seguida, perguntou a ele onde estavam seus pais e que, depois disso, o garoto saiu do restaurante.
O gerente disse que houve um desencontro entre o menino e os pais. “O menino saiu procurando os pais dele, mas como ele foi para o lado errado, os pais estavam de um lado e ele foi para o outro”, alega o gerente do restaurante José Eduardo Fernandes Neto.
A polícia abriu inquérito de constrangimento ilegal. Durante as investigações, será apurado se houve crime de racismo.
“Vamos fazer um levantamento de quem estava no restaurante, funcionários, proprietários, para verificar como pegaram a criança e colocaram o garoto de 6 anos para fora, ao que parece em razão de sua etnia”, afirma o delegado Márcio de Castro Nilsson.
Se comprovado o crime de racismo, a pena para o acusado pode chegar a quatro anos de prisão.
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