População não recolheu garrafas de vidros, e muitas pessoas se cortaram
RIO - Após a festa de ano novo, a Praia de Copacabana amanheceu castigada, tanto pelo tempo chuvoso quanto pela quantidade assustadora de lixo que foi deixada para trás. O trabalho árduo dos garis começou às 5h da manhã, assim que o dia clareou. Foram recolhidas 370 toneladas de resíduos, um aumento de 25% em relação ao ano passado. O público, estimado pela Polícia Militar em pelo menos dois milhões de pessoas, não atendeu aos pedidos das autoridades para que levassem seus sacos plásticos e recolhessem seu próprio lixo. Lixeiras estavam espalhadas pela orla, porém, houve quem alegasse que eram poucas unidades e que, as que tinham, estavam todas cheias.
— A lixeira está muito longe. Os garis vão recolher daqui a pouco, então jogo aqui mesmo. Não tem problema — afirmou o operador de telemarketing Thiago Santos, de 22 anos.
O secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Osório, disse na manhã deste domingo que o trabalho de limpeza nas praias desde o Leme até o Recreio mobilizou cerca de 3.800 garis na orla. Osório estima que, pelo volume de lixo encontrado no chão, o público em Copacabana neste réveillon deve ter sido superior ao da virada de 2010/2011. Ainda de acordo com Osório, as lixeiras plásticas de 240 litros, colocadas em duplas e amarradas no calçadão e na areia, facilitaram o trabalho dos garis.
— Estamos fazendo a maior operação de limpeza urbana no mundo. Este ano, observamos muita quantidade de garrafas de vidro e de espumante no chão. Esta é uma questão para se discutir com a Ordem Pública e para alertar os cariocas para o próximo ano.
O secretário de Turismo e presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira de Mello, pediu mais colaboração do público. Para ele, as pessoas devem pensar num planeta mais sustentável:
— É preciso que cada um faça a sua parte. A população tem que colaborar com o descarte de detritos de forma correta, para termos uma praia mais limpa no fim da festa.
Segundo a Secretaria municipal de Saúde, a maioria dos 1.645 atendimentos realizados entre as 17h do dia 31 dezembro e as 5h30m do dia 1º de janeiro nos sete postos médicos montados na orla de Copacabana foram por cortes nos pés e nas pernas ou intoxicação alcoólica.
De acordo com o gari Anilson José de Freitas, de 50 anos, que trabalha na limpeza no pós-réveillon há pelo menos 15 anos no trecho em frente ao Copacabana Palace, este é o ano mais sujo que ele observou após a virada.
Uma turista de São Paulo chegou a pedir que a reportagem do GLOBO não registrasse a imundice da praia para que a imagem da cidade não fosse prejudicada. Segundo ela, que se disse indignada com a sujeira, a cidade não merecia ser tratada de tal maneira.
Na areia, que mais parecia um camping devido a grande quantidade de barracas e tendas espalhadas, as pessoas pareciam não se importar em dividir o mesmo espaço com a sujeira. Com a chuva e a maré subindo, o lixo era levado para a água. Dentro do mar, garrafas, latas e plásticos se misturavam a flores oferecidas para Iemanjá.
Em toda a cidade, a Comlurb recolheu 645 toneladas de lixo em toda orla da cidade após a festa da virada, um aumento de 6% com relação a 2011, quando o volume de lixo retirado das praias foi de 610 toneladas. A Comlurb mobilizou 3.800 trabalhadores, 300 viaturas e 85 equipamentos para limpeza da orla.
Seop apreende 3.600 bebidas com ambulantes irregulares em Copacabana
A operação da Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop) de combate à desordem foi realizada desde a madrugada de sábado retirou, até o momento, 337 barracas de camping montadas nas areias de Copacabana e do Leme. Os agentes, em parceria com guardas municipais, também apreenderam com ambulantes não autorizados: 3.701 bebidas diversas, 129 botijões de gás, 50 quilos de camarão, 100 quilos de alimentos diversos como farofa, carnes e frutas; 50 quilos de milho, 127 chapéus e bonés, 192 camisetas, 136 taças de plástico, 97 capas de chuva, 62 copos luminosos, 35 copos de plástico, 10 carroças, três carrinhos de ferro, 19 óculos, 20 guarda-chuvas, 18 cangas, 22 cordões luminosos, oito adereços, sete cadeiras de praia, 12 caixas de isopor, 11 churrasqueiras, seis tendas, seis mesas, cinco bancos de plástico, um balde de alumínio, uma lona e quatro barras de ferro para sustentação de barracas.
Durante a ação, agentes da Seop multaram ainda 1.078 veículos e rebocaram 202 por estacionamento irregular em Copacabana e no Leme. A fiscalização também percorreu bairros vizinhos e impediu que 10 ônibus de turismo estacionassem irregularmente na Avenida Pasteur em Botafogo e no Jardim de Alah, em Ipanema.
Na virada do ano, de sábado para domingo, na praia da Barra da Tijuca, agentes da Seop retiraram quatro lonas que delimitavam o espaço na areia, impedindo a livre passagem. Durante a ação, foram apreendidos com ambulantes irregulares: 300 quilos de flores, três botijões de gás, uma churrasqueira, nove isopores, sete mesas e uma lona.
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