Total de visualizações de página

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Polícia investiga denúncia de racismo em escola de São Paulo

 

O caso foi denunciado por uma estagiária de uma escola. Ela é negra, tem os cabelos crespos e disse que a diretora criticou o penteado.




A polícia de São Paulo investiga uma denúncia de racismo. O caso foi denunciado por uma estagiária de uma escola. Ela é negra, tem os cabelos crespos e disse que a diretora criticou o penteado e ainda afirmou que ela não podia representar a escola com aqueles cabelos. A jovem registrou boletim de ocorrência. A escola disse que houve um mal-entendido.
A estagiária Ester Cesário diz que foi vítima de preconceito em um colégio particular da Zona Sul de São Paulo. Ela acusa a diretora da escola.
“Ela me chamou na sala, ela pediu par eu sentar, cruzou os braços e falou: ‘Como você pode representar o nosso colégio com esse cabelo crespo? O padrão aqui é cabelo liso, e eu tenho que zelar pela boa aparência. Meu cabelo era ruim igual ao seu. Hoje eu alisei meu cabelo para preservar a boa imagem do colégio’. Depois ela falou que estava encomendando duas camisetas mais largas para cobrir meu quadril, porque para onde os pais iriam olhar?”, relatou a estagiária Ester Cesário.
A moça registrou queixa na Delegacia de Crimes Raciais. De acordo com ela, depois disso foi isolada pelos colegas e passou a trabalhar no arquivo da escola, em vez de atender ao público.
A diretora Déa de Oliveira Almeida não quis gravar entrevista, mas uma representante do colégio afirmou que não houve preconceito.
“A diretora conversou com ela, que ela tinha de prender o cabelo. Parece que houve um ruído na comunicação, ela não entendeu direito e ai começou o problema. Nós temos professores negros, temos funcionários negros, temos alunos negros, temos alunos japoneses. Nós trabalhamos com inclusão. A escola não tem preconceito nenhum, pelo contrario”, afirmou a conselheira da escola, Mercedes Vieira.
A conselheira Mercedes Vieira disse ainda que uma norma da escola exige que funcionários e professores usem uniforme e também os cabelos presos. A delegada que investiga o caso não quis gravar entrevista. Por telefone, disse que só vai se pronunciar depois de ouvir os representantes do colégio.

fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/12/policia-investiga-denuncia-de-racismo-em-escola-de-sao-paulo.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário