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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

'Brasil precisa de políticas públicas', diz Miriam Leitão sobre etanol


Comentarista explica que país conseguiu criar consumo interno e pode conquistar também o mercado americano, mas precisa elevar produção.


A questão do etanol traz duas notícias boas e uma ruim. A notícia boa é que nós temos dois mercados para atender: o mercado brasileiro – durante anos o Brasil lutou para ter um mercado brasileiro e agora tem – e o mercado americano, que durante décadas o Brasil lutou contra essa barreira da entrada do etanol brasileiro e agora essa barreira caiu, e o Brasil agora pode exportar mais.
A notícia ruim é que não tem o suficiente. Tanto que está importando. Então, o Brasil precisa de políticas públicas que não só faça o que é óbvio, que é o financiamento de estocagem, mas, por exemplo, a Unica está propondo uma coisa que é inteligente, que é reduzir o imposto que incide sobre o álcool em relação ao que incide sobre a gasolina.
Em São Paulo, por exemplo, o ICMS é muito menos no álcool do que na gasolina. E isso é muito bom. Por que? Porque a gasolina é um combustível fóssil e o álcool é um combustível mais limpo. Então é bom para a saúde, é bom para o meio ambiente e é bom para a produção nacional.
Os EUA – além de ter o fato de que se reduziu a barreira – os EUA vão aumentar o volume de álcool por lei. Eles criaram uma lei que vai aumentar muito o etanol no combustível. E o álcool deles é um álcool muito mais caro do que o do Brasil, porque não é um álcool da cana-de-açúcar. O álcool da cana-de-açúcar é o mais produtivo. Enfim, tem queijo e não tem faca. A gente está com dois queijos e nenhuma faca para cortar.

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