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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Polícia faz megaoperação contra o jogo do bicho no Rio de Janeiro

 

É uma operação enorme que mobiliza 700 agentes, 120 delegados e que também chegou à Cidade do Samba. São 60 mandados de prisão.



Em uma operação enorme da Polícia Civil do Rio de Janeiro, 700 agentes e 120 delegados estão na manhã de quinta-feira (15) invadindo casas de contraventores do jogo do bicho. Tem até policial chegando de rapel na cobertura triplex de um dos acusados, o patrono e presidente de honra da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis.
Os policiais cumprem mandados de busca e apreensão na cobertura de luxo em Copacabana que pertence a Anísio Abraão David, patrono da Beija-Flor. Os agentes chegam à cobertura por volta das 6h e, com o apoio de um helicóptero da Polícia Civil, desceram de rapel pelo telhado para começar as buscas. Em um cômodo, que parece ser uma cozinha, os funcionários da residência mostraram documentos para policiais.
A corregedoria da Polícia Civil passou um ano investigando o jogo do bicho. O trabalho resultou em 60 mandados de prisão e 120 mandados de busca e apreensão. A investigação encontrou também máquinas de cartão de débito e crédito que seriam usadas pelos apontadores do jogo do bicho. Os bicheiros contrataram empresas para treinar esses apontadores, que estariam utilizando a tecnologia a favor da contravenção. Eles tinham até treinamento e serviços de manutenção.


A cobertura de Anísio Abraão David fica de frente para o mar, em um dos endereços mais caros do Rio de Janeiro: a Avenida Atlântica. É um imóvel diferente dos que têm na região: além da parte externa da cobertura, o imóvel também tem outros dois andares, um lago artificial e jardim japonês. O imóvel teria sido comprado em 2004. No fundo da piscina, tem o símbolo da escola: um beija-flor.
Além dos bicheiros, três patronos de escolas de samba do Rio de Janeiro estão sendo investigados. A polícia atua na Barra da Tijuca, na casa do contraventor Luizinho Drummond, da Imperatriz Leopoldinense; em Teresópolis, na Região Serrana do Rio, em um hotel fazenda onde haveria máquinas caça-níqueis e na casa de Mário Tricano, ex-prefeito da cidade; e também em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, investigando Hélio de Oliveira, da escola de samba Grande Rio.
Também há a denúncia de que teria a participação de policiais civis participando desse esquema de corrupção. A polícia fará também apreensões nos estados de Pernambuco e Bahia.

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