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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Número maior de trabalhadores escolhe guardar o 13º, diz pesquisa

 

Em vez de gastar tudo, o trabalhador vai poupar. O dinheiro extra do 13º salário fica guardado para os gastos do ano que vem.



R$ 118 bilhões é um dinheirão, que chegou na economia com o pagamento do 13º salário, é um alívio para o bolso de muita gente – compras de Natal, férias e despesas do começo de ano. Mas janeiro é sempre aquele mês interminável, e uma pesquisa revela uma mudança de hábito dos brasileiros: os trabalhadores estão mais cuidadosos e poupando mais.
Os brasileiros estão seguindo aquele tradicional conselho dos economistas. Além de poupar, tem muita gente planejando as despesas – como e com o que vai gastar a segunda parcela do 13º salário. Mas, claro, não são todos os brasileiros.
Nem dá para planejar. Tem consumidor que mal vê o dinheiro do 13º salário. “Normalmente eu gasto tudo. Entra e eu já vou logo gastando”, diz uma senhora.
Pesquisa do Instituto Data Popular mostra que quase metade do 13º vai ser usada para quitar dívidas, e 29% do dinheiro para fazer compras ou viagens. “Eu ainda não gastei, mas pretendo gastar porque eu estou viajando, tirando férias e gastar passeando”, comenta a vendedora Sanara Rodrigues.
O dinheiro também é guardado para pagar os impostos, como IPTU e IPVA. “Eu acho que é necessário, porque as contas no início do ano são maiores do que no decorrer do ano”, lembra o analista de sistemas Paulo Freire.
Quem tem filhos sabe. “No ano que vem já começa a escola. Então, eu tenho de guardar para compra de material para que eu não fique tão apertado”, afirma o analista de sistemas Hansin Vogado.
Os brasileiros não estão preocupados só com as contas do começo do ano. Tem muito trabalhador que vai aproveitar o dinheiro extra do 13º para fazer poupança. “Eu nunca faço, mas esse ano eu vou fazer uma reserva. Eu acho que vale a pena”, acredita uma senhora.
Ao todo, 18% do 13º salário – o que corresponde a R$ 21,5 bilhões – vão ser poupados. É na poupança que a nova classe média se destaca. Famílias com renda em torno de R$ 2,3 mil vão guardar mais que os consumidores de renda alta.
A promotora de vendas Kérita Costa está nesse grupo. Ela ganha R$ 700. Uma parte do 13º já está na poupança para ajudar a pagar a faculdade, que ela pretende começar no ano que vem. As compras de Natal desse ano foram suspensas.
“Tudo na vida a gente tem de fazer um sacrifício. A gente tem de tirar um pouquinho, sacrificar algumas coisas para, lá na frente, a gente ter a recompensa de tudo.
“Na verdade, não importa quanto você ganha. O que importa são seus objetivos e a forma como você vai conquistá-los. Se você quiser conquistar esses objetivos, você precisa planejar bem sua vida financeira”, orienta o economista da Universidade de Brasília (UnB), José Matias Pereira.
Se não der mesmo para poupar, nem um pouquinho, o ideal é tentar liquidar e pagar as dívidas mais caras, como as do cheque especial e do cartão de crédito – e, assim, se livrar de juros de mais de 10% ao mês. Veja essa e outras dicas sobre como usar o 13º salário.

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