Em três horas na Rodovia dos Imigrantes, que liga São Paulo ao litoral, não foi encontrada nenhuma fiscalização da Lei Seca.
Nossa equipe fez uma blitz para ver com anda a fiscalização da Lei Seca.
No Natal deste ano houve uma redução de 20% no número de mortes nas estradas federais em relação ao ano passado. Apesar disso, 91 pessoas morreram entre a última sexta-feira (23) e o domingo (25). Dos 18 mil motoristas que fizeram teste do bafômetro, 659 estavam alcoolizados.
Em São Paulo, a polícia diz que vai intensificar as operações nas principais rodovias no próximo fim de semana. Fomos ver como é a fiscalização de rotina na Imigrantes, que liga São Paulo ao litoral, uma das estradas mais movimentadas nesta época do ano.
Nós passamos 3 horas na Rodovia dos Imigrantes. Nesse período, não encontramos nenhum tipo de fiscalização relacionada à Lei Seca.
A Polícia Rodoviária informou que nem sempre faz operações com bafômetro durante o dia para não piorar o trânsito. “As operações são feitas na madrugada e nos períodos da tarde, quando o volume de tráfego permite”, disse Rodrigo Franco dos Santos, comandante do pelotão.
“Isso não é correto. A obstrução do trânsito realmente não pode existir, mas ele pode fazer uma seleção. Tiraria do trânsito e faria uma avaliação para saber se há nível alcoólico incompatível com a direção veicular”, afirmou Dirceu Rodrigues Alves Jr, diretor da associação de medicina do tráfego.
Já na cidade de São Paulo, a PM multou 4,7 mil motoristas que dirigiam embriagados. “Infelizmente, todos os dias a gente encontra pessoas sob influencia de álcool dirigindo na via pública”, disse um policial.
Só em uma blitz na noite desta segunda-feira (26), foram três motoristas em apenas meia hora. E Brasil afora, a polícia também tem flagrado motoristas embriagados. Este ano foram pegos 344 no Rio Grande do Sul e 1,5 mil no Rio de Janeiro.
Em Belo Horizonte um levantamento mostrou o perfil dos que bebem e dirigem: 92% são homens e 39% tem entre 26 e 35 anos.
Para Dirceu Rodrigues Alves Jr, a fiscalização nas capitais não pode se restringir as áreas onde há bares e restaurantes. Mas o principal é preparar os futuros motoristas desde cedo:
“O sujeito deve ter educação de trânsito desde a infância, com curso de formação de condutores mais adequado, com treinamento especifico para todas as adversidades. Aí vamos ter motorista maduro, consciente, um cidadão”.
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