Lentidão fica acima da média às 10h e 10h30 em todos os dias da semana.
Proibição aos veículos de carga vai das 5h às 9h.
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A proibição de caminhões na Marginal Tietê por quatro horas durante a manhã de segunda a sexta-feira, das 5h às 9h, fez com que o horário de pico no período matutino fosse estendido pelo menos até as 11h em São Paulo. Entre os dias 5 e 9 de março, com o início da fiscalização, os índices de lentidão na capital paulista registrados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) ficaram acima da média nas medições das 10h e das 10h30. Motoristas reclamam da invasão dos caminhoneiros na via a partir das 9h, reduzindo a velocidade de quem tenta atravessá-la.
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O congestionamento ficou acima da média também às 9h30 e às 11h em quatro dias da semana – apenas na quarta-feira (7) a contagem de vias paradas ficou dentro do esperado para os dois horários. A quarta, entretanto, foi o dia mais afetado pela paralisação de caminhoneiros que transportam combustíveis – a maior parte dos postos da cidade tinha bombas de abastecimento vazias. Muitos motoristas deixaram os carros em casa e fizeram seus trajetos de táxi ou transporte público. Também foi o dia da semana com índices mais baixos em comparação ao restante da semana.
O almoxarife Anderson Conceição tem levado de 10 a 20 minutos a mais diariamente em seu trajeto entre a Freguesia do Ó, na Zona Norte, e a Avenida Rio Branco, no Centro de São Paulo, desde o início da fiscalização. “Saio da Freguesia às 9h. Antes levava 20 minutos, meia hora no máximo até a Rio Branco. Agora são pelo menos 40 minutos. Está congestionado aqui, no Rodoanel. Depois das 9h triplica o número de caminhões na rua”, conta.
Na terça-feira (6), segundo dia de fiscalização, a CET registrou 159 km de filas na cidade às 11h, maior índice no período da manhã em 2012. O número, entretanto, não será registrado como recorde – a CET só contabiliza como recorde os índices dentro do horário de pico, que é oficialmente entre 7h e 10h.
Médias
A CET tem duas médias – uma inferior e outra superior - para cada um dos horários de medição oficial, que acontecem de meia em meia hora a partir das 7h. Às 9h30, quando a média inferior é de 58 km e a superior 83 km, a CET registrou 110 km de filas na segunda, 105 km na terça, 80 km na quarta, 88 km na quinta e 108 km na sexta-feira.
A CET tem duas médias – uma inferior e outra superior - para cada um dos horários de medição oficial, que acontecem de meia em meia hora a partir das 7h. Às 9h30, quando a média inferior é de 58 km e a superior 83 km, a CET registrou 110 km de filas na segunda, 105 km na terça, 80 km na quarta, 88 km na quinta e 108 km na sexta-feira.
Às 10h, quando a média fica entre 37 km e 64 km, foram registrados 103 km de lentidão na segunda, 118 km na terça, 70 km na quarta, 69 km na quinta e 88 km na sexta-feira. Já às 10h30, com médias entre 30 km e 54 km de congestionamento, os índices registrados foram de 86 km na segunda, 125 km na terça, 57 km na quarta, 59 km na quinta e 83 km na sexta.
A equipe de reportagem do G1 circulou pela Marginal Tietê durante os cinco primeiros dias da restrição entre 8h e 10h – uma hora antes e uma hora depois do fim da restrição. Em todos os dias, a mudança foi nítida. Nesta semana, até as 9h, não houve registro de filas no trecho em que os caminhões foram proibidos, salvo as causadas por problemas pontuais, como acidentes ou em alguns acessos para os bairros.
Poucos minutos após a restrição, no entanto, os veículos de carga tomam as pistas da Marginal Tietê, principalmente no sentido Castello Branco, e os congestionamentos se formam. Nesta sexta, por exemplo, a via tinha 15 km de lentidão às 11h10, da Ponte da Vila Guilherme até a Rodovia Castello Branco.
Isso ocorre porque os caminhões entram todos de uma vez na via, por diversos pontos – muitos ficam parados em ruas próximas onde não há restrição ou retardam sua chegada à cidade até o horário limite. “Não pegava esse trânsito nesse horário. Vim de Jundiaí nesta semana de manhã e fiquei parado na estrada, com fila de vários caminhões”, conta o advogado André Luiz Braga.
Caminhoneiros
Os caminhoneiros, que já reclamam da restrição, também se dizem prejudicados pela lentidão maior nos outros horários. “Está pior do que era antes. Vira aquele tumulto quando libera, o trânsito fica enrolado por mais umas duas, três horas. Os caminhões vão todos de uma vez”, afirma o motorista Gentil Machado, que transporta papel entre a capital paulista e Ribeirão Preto, no interior do estado.
Os caminhoneiros, que já reclamam da restrição, também se dizem prejudicados pela lentidão maior nos outros horários. “Está pior do que era antes. Vira aquele tumulto quando libera, o trânsito fica enrolado por mais umas duas, três horas. Os caminhões vão todos de uma vez”, afirma o motorista Gentil Machado, que transporta papel entre a capital paulista e Ribeirão Preto, no interior do estado.
O caminhoneiro Luis Martins faz o mesmo transporte até Jacareí, também no interior paulista. São duas viagens diárias – com o horário mais apertado após a restrição. “Ficou uma porcaria com esse horário, ruim demais. Tenho que sair daqui às 9h e pego mais trânsito, entra todo mundo junto na marginal, aquele cardume, todos esperando. Só começa a melhorar depois das 11h.”
Até quem está dentro das exceções e pode circular pela Marginal Tietê, como o motorista Juvenal Alves Macedo, que transporta concreto – cuja circulação é permitida entre 5h e 9h – foi afetado. “Saio às 6h de Barueri e vou para o Tatuapé e para a Barra Funda. Antes era ruim nesse horário e na volta, perto das 9h, eu seguia bem. Agora mudou – o trânsito está tranquilo na ida, mas pego tudo parado na volta, não consigo andar.”
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