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quarta-feira, 28 de março de 2012

Manifestantes da Ceagesp bloqueiam avenida na Zona Oeste de SP


Avenida Doutor Gastão Vidigal estava fechada nos dois sentidos às 7h50.
Grupo protesta contra cobrança de taxa para caminhões no entreposto.

Do G1 SP
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Os dois sentidos da Avenida Doutor Gastão Vidigal, na Zona Oeste de São Paulo, estavam totalmente bloqueados por volta das 7h50 desta quarta-feira (28), reflexo de uma manifestação de trabalhadores da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Eles fazem uma passeata contra a cobrança de uma taxa para a permanência de caminhões no entreposto.
Os manifestantes são donos de bancas, carregadores e caminhoneiros que trabalham no entreposto. Segundo a Polícia Militar, cerca de 400 pessoas participam do protesto.
No horário, os manifestantes estavam entre as ruas Aroaba e Froben. No sentido Marginal Pinheiros, os motoristas enfrentavam como reflexo 2,4 km de lentidão, da Avenida Engenheiro Roberto Zuccolo até a Praça Apecatu. Já no sentido Marginal Tietê o congestionamento era de 1 km, entre a Praça Apecatu e a Rua Froben.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) montou desvios para os motoristas – no sentido Marginal Pinheiros eles deviam seguir pela Rua Froben, Avenida Imperatriz Leopoldina, Avenida Queiroz Filho e Avenida Doutor Gastão Vidigal. Já no sentido Marginal Tietê o desvio era pela Rua Aroaba, Avenida Imperatriz Leopoldina, Avenida Queiroz Filho e Praça Apecatu.
Devido à manifestação, a São Paulo Transporte (SPTrans) informou que 16 linhas de ônibus que passam pela avenida tiveram suas rotas alteradas ao longo da via pelo policiamento e pela CET. Técnicos da empresa estão na região orientando os veículos e os passageiros.
Cobrança
Os caminhões tiveram permissão para entrar na Ceagesp nesta quarta, mas não havia abastecimento nem descarregamento de mercadorias. Segundo o Bom Dia Brasil, a Ceagesp é responsável pelo abastecimento de cerca de 60% da Grande São Paulo.
O valor da taxa para permanência no pátio ainda não começou a ser cobrado nem foi definido. A cobrança faz parte de um projeto de controle de circulação no entreposto, que também prevê a instalação de câmeras de monitoramento. As medidas visam também ajudar o Ministério Público a investigar a existência de prostituição infantil e outros crimes dentro da Ceagesp.
Os manifestantes dizem concordar com as medidas de segurança, mas não com a taxa – eles alegam já pagar outros valores, e dizem que se houver mais uma cobrança ela será repassada para o valor dos produtos.
O presidente da Ceagesp, Mário Maurici, ressaltou a necessidade de organização e segurança no entreposto. “É uma medida de gestão da Ceagesp, que tem a responsabilidade de cuidar da segurança dos alimentos, de agilizar o processo de carga e descarga e facilitar a convivência do entreposto com a cidade”, afirmou. “O que os comerciantes pagam hoje é uma taxa de permissão de uso, e pagam as despesas, água, luz, limpeza. O que eles pagam não significa mais do que 0,5% do que eles fazem aqui dentro.”
Segundo ele, o valor a ser cobrado não terá impacto muito grande no preço dos produtos. “Um caminhão de frutas de 15 toneladas, se demorar mais de dez horas para descarregar, vai pagar R$ 60. Isso significa R$ 0,04 no preço do produto”, disse.

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