Avenida Doutor Gastão Vidigal estava fechada nos dois sentidos às 7h50.
Grupo protesta contra cobrança de taxa para caminhões no entreposto.
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Os dois sentidos da Avenida Doutor Gastão Vidigal, na Zona Oeste de São Paulo, estavam totalmente bloqueados por volta das 7h50 desta quarta-feira (28), reflexo de uma manifestação de trabalhadores da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Eles fazem uma passeata contra a cobrança de uma taxa para a permanência de caminhões no entreposto.
Os manifestantes são donos de bancas, carregadores e caminhoneiros que trabalham no entreposto. Segundo a Polícia Militar, cerca de 400 pessoas participam do protesto.
No horário, os manifestantes estavam entre as ruas Aroaba e Froben. No sentido Marginal Pinheiros, os motoristas enfrentavam como reflexo 2,4 km de lentidão, da Avenida Engenheiro Roberto Zuccolo até a Praça Apecatu. Já no sentido Marginal Tietê o congestionamento era de 1 km, entre a Praça Apecatu e a Rua Froben.
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A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) montou desvios para os motoristas – no sentido Marginal Pinheiros eles deviam seguir pela Rua Froben, Avenida Imperatriz Leopoldina, Avenida Queiroz Filho e Avenida Doutor Gastão Vidigal. Já no sentido Marginal Tietê o desvio era pela Rua Aroaba, Avenida Imperatriz Leopoldina, Avenida Queiroz Filho e Praça Apecatu.
Devido à manifestação, a São Paulo Transporte (SPTrans) informou que 16 linhas de ônibus que passam pela avenida tiveram suas rotas alteradas ao longo da via pelo policiamento e pela CET. Técnicos da empresa estão na região orientando os veículos e os passageiros.
Cobrança
Os caminhões tiveram permissão para entrar na Ceagesp nesta quarta, mas não havia abastecimento nem descarregamento de mercadorias. Segundo o Bom Dia Brasil, a Ceagesp é responsável pelo abastecimento de cerca de 60% da Grande São Paulo.
Os caminhões tiveram permissão para entrar na Ceagesp nesta quarta, mas não havia abastecimento nem descarregamento de mercadorias. Segundo o Bom Dia Brasil, a Ceagesp é responsável pelo abastecimento de cerca de 60% da Grande São Paulo.
O valor da taxa para permanência no pátio ainda não começou a ser cobrado nem foi definido. A cobrança faz parte de um projeto de controle de circulação no entreposto, que também prevê a instalação de câmeras de monitoramento. As medidas visam também ajudar o Ministério Público a investigar a existência de prostituição infantil e outros crimes dentro da Ceagesp.
Os manifestantes dizem concordar com as medidas de segurança, mas não com a taxa – eles alegam já pagar outros valores, e dizem que se houver mais uma cobrança ela será repassada para o valor dos produtos.
O presidente da Ceagesp, Mário Maurici, ressaltou a necessidade de organização e segurança no entreposto. “É uma medida de gestão da Ceagesp, que tem a responsabilidade de cuidar da segurança dos alimentos, de agilizar o processo de carga e descarga e facilitar a convivência do entreposto com a cidade”, afirmou. “O que os comerciantes pagam hoje é uma taxa de permissão de uso, e pagam as despesas, água, luz, limpeza. O que eles pagam não significa mais do que 0,5% do que eles fazem aqui dentro.”
Segundo ele, o valor a ser cobrado não terá impacto muito grande no preço dos produtos. “Um caminhão de frutas de 15 toneladas, se demorar mais de dez horas para descarregar, vai pagar R$ 60. Isso significa R$ 0,04 no preço do produto”, disse.
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