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terça-feira, 20 de março de 2012

Radares portáteis vão flagrar motos que andarem acima da velocidade



Em São Paulo, a CET adotou uma nova arma para que os motociclistas entrem na linha e obedeçam os limites de velocidade. São radares portáteis que serão usados em 65 pontos de maior incidência de acidentes na cidade.

Tem novidade no trânsito intenso da cidade de São Paulo. São radares portáteis, capazes de flagrar com mais facilidade os veículos que andam acima da velocidade permitida. E o alvo são as motos, em uma tentativa de diminuir o número de acidentes envolvendo esse veículo. Nos últimos anos, o índice aumentou quase 50%. A cidade que não vive sem as motos também tem uma relação violenta com elas.
É difícil imaginar São Paulo sem motos. “A locomoção é fácil e cabe em qualquer lugar”, aponta um motociclista. “É o meio mais rápido que a gente tem. Tem que aproveitar”, declara uma mulher.
É fato: a metrópole não sabe mais como sobreviver sem os serviços prestados pelos motoboys. “Tudo que envolve entrega e coleta, o mais rápido é moto. Tem agilidade, e é econômico também para as empresas”, comenta um jovem.
De acordo com o Detran, São Paulo tem hoje mais de 900 mil motos. Muitas delas já foram retidas pela fiscalização, por causa de irregularidades como falta de equipamentos, condutor sem habilitação ou licenciamento vencido. Em 2010, 6,4 mil motos foram recolhidas. No ano passado, mais de 34 mil.
O número de acidentes envolvendo motociclistas também aumentou bastante. O excesso de velocidade é um dos principais fatores de acidentes com motos.
Em São Paulo, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) adotou uma nova arma para fazer com que os motociclistas entrem na linha e obedeçam os limites de velocidade. São seis radares portáteis que serão usados em 65 pontos de maior incidência de acidentes na cidade. “Procuro andar certinho, porque é complicado, mas, de vez em quando, a gente dá uma esticada. É verdade. não tem como negar”, revela o vigilante condutor Fernando Roberto Meireles.
Ao todo, 50 agentes da CET já foram treinados para operar o aparelho e estão nas ruas, mas só começam a multar segunda-feira que vem. “Nosso objetivo é que realmente cause uma mudança de comportamento e que comece a respeitar mais a velocidade”, comenta a gestora de trânsito da CET-SP, Rosa Maria Mendes Jodas.
“O negócio agora vai ser andar no limite mesmo. Não adianta você querer correr para chegar um pouco mais cedo. Quer chegar mais cedo? O negócio é sair bem mais cedo. Não adianta mais acelerar”, afirma o vigilante condutor Fernando Roberto Meireles.
Ao todo, 35% dos mortos em acidentes de trânsito na capital paulista são motociclistas. Só o número de mortes de pedestres é maior. As multas para os motociclistas que desrespeitarem o limite de velocidade variam de R$ 85 a R$ 570. Tomara que essas multas ajudem realmente a salvar vidas.
 

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