Conjunto de favelas foi ocupado pelas forças de segurança no fim de 2010.
PMs do Bope começam a substituir gradativamente os militares na região.
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No início da manhã desta terça-feira (27), homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) começaram a ocupar o Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A estratégia faz parte da instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no local.
Desde o fim de 2010, a região é ocupada por militares da Força de Pacificação. A expectativa é que os soldados do Exército sejam substituídos por policiais militares.
Segundo informações não confirmadas pela Secretaria de Segurança, as duas primeiras bases seriam instaladas entre quarta-feira (28) e quinta-feira (29): uma na comunidade Nova Brasília e outra na Fazendinha.
Segundo informações não confirmadas pela Secretaria de Segurança, as duas primeiras bases seriam instaladas entre quarta-feira (28) e quinta-feira (29): uma na comunidade Nova Brasília e outra na Fazendinha.
Transição pacífica
"Agora nós vamos apoiar a chegada da polícia no local aqui do Alemão, nas comunidades da Fazendinha e Nova Brasília e prestar todo o apoio necessário para que essa primeira fase de implantação das UPPs se realize de maneira coordenada, pacífica, de forma transparente dentro do princípio de cooperação", explicou nesta manhã o relações públicas da Força de Pacificação, coronel Fernando Fantazzini.
"Agora nós vamos apoiar a chegada da polícia no local aqui do Alemão, nas comunidades da Fazendinha e Nova Brasília e prestar todo o apoio necessário para que essa primeira fase de implantação das UPPs se realize de maneira coordenada, pacífica, de forma transparente dentro do princípio de cooperação", explicou nesta manhã o relações públicas da Força de Pacificação, coronel Fernando Fantazzini.
Fantazzini disse ainda que o Exército continuará em locais onde a PM ainda não chegou, entre eles, a Serra da Misercódia, local usado como rota de fuga pelos traficantes durante a ocupação da comunidade pelas Forças de Pacificação em 2010. “Nós vamos continuar mantendo as posições onde a PM não estiver entrando”, enfatizou.
Já a Polícia Militar pede a colaboração da população. “O trabalho é de vasculhamento. Nosso desafio é dar continuidade a um trabalho extraordinário feito pelo Exército brasileiro. Nós iniciamos a partir de agora a pavimentação desse caminho para a implantação das UPPs. É preciso que os moradores colaborem porque o Bope e o Choque têm uma experiência rica nesse processo e a nossa crença é que com essa integração com a comunidade, a gente vai implantar todas as UPPs até o final junho”, disse o porta-voz da PM, coronel Frederico Caldas.
Pelo acordo inicial, as tropas do Exército ficariam nas comunidades até outubro de 2011, mas o governo do estado conseguiu a prorrogação até junho deste ano. A saída dos soldados será gradativamente. Eles serão substituídos por 2,2 mil PMs, que devem ser distribuídos num total de oito unidades, segundo informações publicadas na página do Ministério da Defesa na internet.
A Secretaria de Segurança, porém, ainda não confirmou o número de bases. Segundo o Comando Militar do Leste, o Conjunto de Favelas da Penha terá as tropas substituídas entre maio e junho.
Desde fevereiro, as tropas do Exército têm reforçado o patrulhamento nos acessos à comunidades. De acordo com a Força de Pacificação, a intensificação já havia sido planejada e não tem ligação com a instalação das UPPs. A Força de Pacificação informou, ainda, que fará uma varredura na comunidade antes da chegada do Bope.
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Morro do Adeus também terá cobertura
O Morro do Adeus - que hoje não está na região pacificada - passará a fazer parte da área de cobertura das UPPs. Em setembro do ano passado, a comunidade chegou ter o policiamento reforçado após a invasão de traficantes, que trocaram tiros com militares do Exército.
Na mesma semana, o comando da Força de Pacificação divulgou um vídeo que, segundo militares, comprovava a presença do tráfico, mesmo na área ocupada. As imagens mostravam o funcionamento de um suposto ponto de vendas de drogas na Vila Cruzeiro.
O Morro do Adeus - que hoje não está na região pacificada - passará a fazer parte da área de cobertura das UPPs. Em setembro do ano passado, a comunidade chegou ter o policiamento reforçado após a invasão de traficantes, que trocaram tiros com militares do Exército.
Na mesma semana, o comando da Força de Pacificação divulgou um vídeo que, segundo militares, comprovava a presença do tráfico, mesmo na área ocupada. As imagens mostravam o funcionamento de um suposto ponto de vendas de drogas na Vila Cruzeiro.
Escolha levou em conta disponibilidade de terrenosSegundo o Exército, a escolha das comunidades Nova Brasília e Fazendinha para a instalação das primeiras UPPs levou em conta principalmente a disponibilidade de terrenos para a construção das unidades.
“Até 31 de março, final deste mês, serão ocupadas algumas comunidades do Complexo do Alemão. Até o final de abril, outras comunidades do Complexo do Alemão, completando todo complexo, incluindo aí Adeus e Baiana”, disse o general Adriano Pedeira Júnior, do Comando Militar do Leste, ao RJTV no início do mês.
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