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segunda-feira, 12 de março de 2012

Escolas buscam alternativas para acabar com a violência entre alunos



Segundo o IBGE, 70% dos estudantes da 9ª série do Ensino Fundamental já foram humilhados e 13% se envolveram em agressões físicas na escola.

Casos chocantes de violência nas escolas. Briga entre alunos. Ameaça a professores e diretores. Os exemplos se repetem Brasil afora.
A aproximação da escola com a comunidade vizinha tem sido uma aliada para reduzir a violência entre os estudantes e também contra o vandalismo. Resultado que nem mesmo grades e câmeras de segurança estavam conseguindo.
Imagens de um celular mostram duas estudantes dando socos e chutes em uma aluna de 13 anos.
"A gente não ia parar de bater nela, se ninguém tirasse", diz a agressora.
O desentendimento começou com agressões verbais pela internet.
“Eu meio que me senti humilhada na frente de todo o mundo”, conta a vítima.
Segundo o IBGE, 70% dos estudantes da 9ª série do Ensino Fundamental, em todo o país, já foram humilhados e 13% se envolveram em agressões físicas na escola.
Violência que atinge também professores e diretores.
Em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, um aluno de 15 anos ameaçou e em seguida agrediu a diretora.
Cadeado para evitar o roubo de equipamentos, câmeras de segurança, grades nas janelas, em todo o prédio. Segundo pesquisadores que acompanham casos de violência nas escolas, isto ajuda, mas não resolve. O que acontece dentro da escola é resultado da experiência que os alunos trazem lá de fora.
“A comunidade na qual ela esta inserida, a relação da escola com a família do aluno, explicaria, de uma certa maneira, o nível de violência diferenciada entre as escolas”, diz o sociólogo Bráulio Silva.
O pesquisador diz que é importante criar parcerias. Uma escola abriu as portas para as famílias.
“Eles estão fazendo projetos bacanas de capoeira, de dança. Tem futebol”, conta a faxineira Nazareth Cristina, mãe de aluno.
Uma outra escola passou a mediar os conflitos. Tudo registrado em livros de ocorrência e os pais são sempre chamados.
“Eu corrigi os meus erros. Estou tendo mais atenção com ele. Porque só a escola não vai ser o suficiente para a mudança dele”, avalia a vendedora Lucineia de Sousa Domingos, mãe de aluno.
Nos casos de agressão física, a ocorrência é policial. Um jovem parou de brigar com os colegas.
“Registrando o boletim de ocorrência, a pessoa já para e pensa. Pensa duas vezes antes de fazer as coisas depois”, diz um aluno.

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