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quinta-feira, 8 de março de 2012

Hospitais do Rio de Janeiro adotam protocolo de emergência para dengue


A cidade concentra o maior número de casos da doença no país – quase dez mil – e a primeira morte: Rafael Lourenço, de 9 anos.

Quase dez mil casos confirmados de dengue e uma morte: o Rio de Janeiro tem o maior número de doentes do país. Para enfrentar os meses mais críticos que vem por aí, hospitais públicos e particulares estão adotando procedimentos de emergência recomendados peloMinistério da Saúde. O protocolo tem de ser seguido com todos os pacientes antes mesmo de o diagnóstico ser confirmado.
O sinal de alerta já foi acionado. Março e abril são os meses de maior incidência de dengue. Este ano, com um agravante: a presença de um novo vírus, o de número 4, além da reciclagem dos outros tipos. O município do Rio de Janeiro concentra o maior número de casos da doença no país e a primeira morte: Rafael Lourenço, de 9 anos.
Só em um hospital da cidade, nas últimas três semanas o número de casos teve um aumento de 25%. “Com muita dor no corpo, fui para a emergência. Eles passaram a medicação e pediram que aguardasse 48 horas para fazer exame de sangue para detectar o vírus da dengue”, comentou o técnico de manutenção Gilmar Rocha.
O importante agora é evitar que os pacientes com dengue cheguem às fases mais graves da doença. Por isso, é fundamental que os hospitais sigam à risca as orientações do Ministério da Saúde.
Para encontrá-las, basta que os médicos cliquem no site do Ministério da Saúde. Depois é só responder às perguntas: o paciente tem sintomas da doença? Apresenta sinais de alarme como febre de até sete dias? Dor de cabeça ou em outras partes do corpo, enjoo, dor atrás dos olhos e vômitos? Um exame de sangue identificará em que estágio está a doença.
“Exame de sangue principalmente para avaliar se a pessoa está hidratada, se ha algum grau de desidratação intensa ou não e avaliar o número de plaquetas”, explica Roberto Calheiros, médico-chefe da emergência do hospital.
Seguir o que propõe o protocolo tem tido bons resultados. Segundo o doutor Roberto, 90% das pessoas que tiveram dengue puderam ser tratadas em casa. Os cuidados estão sendo redobrados.
Até o fim deste mês, os hospitais públicos do estado vão adotar outro programa, além do protocolo do Ministério da Saúde. Ele vai registrar todas as informações sobre o paciente. Isso facilitará o acompanhamento dos casos.
“É mais uma estratégia que a gente está tendo para poder melhorar o atendimento e avaliação com dengue no estado do Rio de Janeiro”, um médico.
 

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