Ter uma moto é opção para desviar do trânsito caótico. Mas cadê vaga para estacionar? No Rio, os estacionamentos para motos estão sempre lotados.
A frota não para de crescer. Entregas, documentos, comida, passageiros. O Brasil depende cada vez mais das duas rodas. Ter uma moto é opção de muita gente para desviar do trânsito caótico das grandes cidades. Mas cadê vaga para estacionar? No Rio de Janeiro, o número de reclamações disparou.Versátil para enfrentar o trânsito da cidade grande. Compacta para estacionar. Não é à toa que as motocicletas se multiplicam pelas ruas. Mas as vantagens de circular por aí sobre duas rodas desparecem na hora de encontrar uma vaga.No Rio de Janeiro, os estacionamentos exclusivos para motos - únicos lugares onde é permitido estacionar - estão sempre lotados.Com uma câmera acoplada ao capacete, nosso produtor encarou a missão. Depois de cinco estacionamentos, não encontrou nenhuma vaga.Uma prova de fogo diária enfrentada por quem ganha a vida sobre duas rodas. “Está demorando uns 20 minutos, meia hora para arrumar vaga”, disse um motoqueiro.Um motoqueiro até conseguiu estacionar, o problema foi sair de uma vaga tão apertada. Só afastando as motos ao lado. Ou com malabarismos.Um outro sai à procura de um espaço, fazendo do meio de transporte um peso para carregar.Quando a vaga não aparece, qualquer espaço vira estacionamento.A reclamação da Associação dos Motociclistas do estado do Rio é que as vagas vêm diminuindo no Centro. “Isso é uma das áreas que nós perdemos no Centro. Aqui representa em torno de 127 vagas para motocicleta”, lamenta Aloísio Braz, presidente da associação. Ele mesmo, motoqueiro convicto, hoje usa o carro para ir trabalhar. “Infelizmente deixo minha moto em casa, mas dou todo dia uma olhadinha nela antes de vir”, diz.A Companhia de Engenharia de Tráfego diz que são duas mil vagas para motos no Centro. E admite que o número não vem acompanhando o crescimento da frota de motos.“O número de motos licenciadas na cidade tem crescido muito mais do que o número de veículos particulares. A gente tem procurado atender essa demanda”, afirmou Ricadro Lemos, diretor da CET-Rio.Encontrar uma vaga para estacionar uma moto no Centro ficou tão complicado, tão demorado, que algumas empresas que fazem entrega decidiram contratar uma ajuda para os motociclistas. São mensageiros, que ficam parados em pontos estratégicos esperando a moto passar para pegar a encomenda e levar até a porta do cliente.“Nós evitamos que eles estacionem as motos, porque, as vezes, eles perdem tempo e não conseguem estacionar a moto no local da coleta”, explicou um mensageiro.Enquanto novas vagas não são criadas, o jeito é rodar, rodar, rodar. Ou estacionar longe do destino e andar, andar, andar. “Eu sou motoqueiro, mas acho que andei mais à pé do que de moto”, disse um motoqueiro.
Ter uma moto é opção para desviar do trânsito caótico. Mas cadê vaga para estacionar? No Rio, os estacionamentos para motos estão sempre lotados.
A frota não para de crescer. Entregas, documentos, comida, passageiros. O Brasil depende cada vez mais das duas rodas. Ter uma moto é opção de muita gente para desviar do trânsito caótico das grandes cidades. Mas cadê vaga para estacionar? No Rio de Janeiro, o número de reclamações disparou.
Versátil para enfrentar o trânsito da cidade grande. Compacta para estacionar. Não é à toa que as motocicletas se multiplicam pelas ruas. Mas as vantagens de circular por aí sobre duas rodas desparecem na hora de encontrar uma vaga.
No Rio de Janeiro, os estacionamentos exclusivos para motos - únicos lugares onde é permitido estacionar - estão sempre lotados.
Com uma câmera acoplada ao capacete, nosso produtor encarou a missão. Depois de cinco estacionamentos, não encontrou nenhuma vaga.
Uma prova de fogo diária enfrentada por quem ganha a vida sobre duas rodas. “Está demorando uns 20 minutos, meia hora para arrumar vaga”, disse um motoqueiro.
Um motoqueiro até conseguiu estacionar, o problema foi sair de uma vaga tão apertada. Só afastando as motos ao lado. Ou com malabarismos.
Um outro sai à procura de um espaço, fazendo do meio de transporte um peso para carregar.
Quando a vaga não aparece, qualquer espaço vira estacionamento.
A reclamação da Associação dos Motociclistas do estado do Rio é que as vagas vêm diminuindo no Centro. “Isso é uma das áreas que nós perdemos no Centro. Aqui representa em torno de 127 vagas para motocicleta”, lamenta Aloísio Braz, presidente da associação. Ele mesmo, motoqueiro convicto, hoje usa o carro para ir trabalhar. “Infelizmente deixo minha moto em casa, mas dou todo dia uma olhadinha nela antes de vir”, diz.
A Companhia de Engenharia de Tráfego diz que são duas mil vagas para motos no Centro. E admite que o número não vem acompanhando o crescimento da frota de motos.
“O número de motos licenciadas na cidade tem crescido muito mais do que o número de veículos particulares. A gente tem procurado atender essa demanda”, afirmou Ricadro Lemos, diretor da CET-Rio.
Encontrar uma vaga para estacionar uma moto no Centro ficou tão complicado, tão demorado, que algumas empresas que fazem entrega decidiram contratar uma ajuda para os motociclistas. São mensageiros, que ficam parados em pontos estratégicos esperando a moto passar para pegar a encomenda e levar até a porta do cliente.
“Nós evitamos que eles estacionem as motos, porque, as vezes, eles perdem tempo e não conseguem estacionar a moto no local da coleta”, explicou um mensageiro.
Enquanto novas vagas não são criadas, o jeito é rodar, rodar, rodar. Ou estacionar longe do destino e andar, andar, andar. “Eu sou motoqueiro, mas acho que andei mais à pé do que de moto”, disse um motoqueiro.
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