Economista dá dicas para chegar aos 60 anos com R$ 1 milhão na conta

 

'Quem poupa 30 anos está fazendo a felicidade do futuro. Para isso, precisa ter disciplina, bastante cuidado e perseverança', diz Gilberto Braga.

Já pensou? Começar o ano novo com R$ 170 milhões? Essa é só a primeira estimativa do prêmio da Mega-Sena da Virada. As apostas começaram esta semana. Mas e quem não gosta de apostar? O Bom Dia Brasil preparou uma reportagem para você que quer chegar aos 60 anos contando o primeiro milhão na conta bancária.
A vida é cada vez mais corrida. O futuro, incerto. Quem quiser chegar aos 60 anos sem grandes preocupações financeiras tem que começar a poupar desde cedo.
O professor de economia do Ibmec, Gilberto Braga, explica que a idade economicamente mais ativa, dos 30 aos 60 anos, em que a gente trabalha e ganha mais, deve ser também a idade em que se investe no futuro. “Na verdade, quem poupa 30 anos está fazendo no presente, um pouco da felicidade do futuro. Para isso precisa ter disciplina, bastante cuidado e perseverança”, afirmou Gilberto Braga.
Nem todo mundo faz isso, mas quase todos concordam com o economista. “Quero viajar, fazer alguma coisa, consigo poupar um pouco, mas pensar em 10 ou 20 anos, não”, comentou um homem. “Nunca tínhamos pensado nisso, mas a partir de agora, vamos pensar”, disse uma mulher.
O economista analisou os principais investimentos. A poupança é a mais popular. “É a mais segura de todas as formas de investir. Ela tem garantia até R$ 50 mil, não paga imposto de renda e tem uma rentabilidade certa. Porém, uma rentabilidade menor do que os outros ativos de baixo risco existentes na economia”, explicou Gilberto Braga.
Se a opção for investir por um prazo mais longo, os fundos de renda fixa têm uma rentabilidade maior. Os títulos do tesouro são um investimento vantajoso em um prazo mais longo ainda. “Ele compra diretamente no site do Tesouro Nacional e por ser um título de longo prazo, ele se presta para quem quer fazer investimentos pensando na aposentadoria”, justificou Gilberto.
Aplicar na Bolsa envolve mais riscos, mas em longo prazo, a tendência é ganhar mesmo em tempos de crise. “Em, um longo prazo, a Bolsa de Valores pode ser uma opção, mas no curto e no médio prazo, o poupador, o investidor da Bolsa tem que estar preparado para fortes emoções”, ressaltou.
O economista calcula que quem poupar de R$ 500 a R$ 700 por mês junta R$ 1 milhão ou um pouco mais em 30 anos.
Quem não conseguiu poupar mais cedo, recomendam os especialistas, deve compensar poupando um pouco mais todos os meses. Mas, se não conseguir aumentar a poupança, não desanime. O importante é manter a disciplina e não cair em tentação.
O analista de sistemas Carlos André Sampaio começou mais tarde, aos 35 anos, casado e sem filhos, consegue manter um nível de poupança elevado, junta R$ 1,5 mil por mês e não tem viagem ou carro novo que tira o foco dele. “Consumir de uma forma inteligente. Eu acho que o caminho é por aí. Pretendo atingir a minha independência financeira. Quanto vai ser, não sei, mas pretendo chegar lá”, garantiu Carlos André.

fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/12/economista-da-dicas-para-chegar-aos-60-anos-com-r-1-milhao-na-conta.html