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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Supermercados e combustíveis pressionam preços no varejo em São Paulo

 

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28 de outubro de 2011 • 15h37 Por: Viviam Klanfer Nunes
SÃO PAULO – O paulistano está pagando mais caro ao fazer suas compras nos supermercados. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), em setembro, o segmento registrou alta de 0,69%.
No ano, ou seja, de janeiro a setembro, ficou 2,92% mais caro comprar em supermercados. Já no intervalo de 12 meses a variação foi de 7,26%. As altas mais relevantes da categoria no nono mês do ano ocorreram nos preços das aves (5,22%), cafés e chás (3,4%), frutas (3,3%), cereais (3,02%) e leite (2,81%).
De acordo com a Federação, os preços destes produtos sofreram impacto das condições climáticas, as quais também foram determinantes para o preço de alguns industrializados que os utilizam como matérias-primas, como o café em pó (4,17%) e o leite longa vida (3,01%).
No geral, os preços no varejo da cidade de São Paulo aumentaram 0,31% em setembro, na comparação com agosto, conforme consta do IPV (Índice de Preços no Varejo), da Fecomercio-SP. No ano, o acréscimo é de 2,71% e, em 12 meses, de 5,40%.
Segundo a assessoria técnica da Fecomercio-SP, “a expectativa do preço no varejo nos próximos meses é de realinhamento nos preços de alguns produtos alimentícios, devido à normatização climática nas regiões produtoras. Entretanto, é importante ressaltar que a situação não deve ser normalizada em todas as culturas, já que a cana-de-açúcar ainda gera preocupação, em virtude do descompasso entre oferta e demanda e a necessidade de importar etanol".
Etanol encareceSegundo os dados do IPV, o grupo de combustíveis e lubrificantes voltou a pressionar o índice. A expansão registrada em setembro foi de 0,69%. Com o impacto da queda na produção de cana-de-açúcar, reflexo das instabilidades climáticas e do aumento na remuneração na produção do produto, o etanol ficou 3,39% mais caro no período.
A gasolina também mostrou alta, porém, menos intensa do que a do etanol, de 0,36%. O item de lubrificantes e óleos recuou 0,16%. Em 2011, o grupo acumula alta de 7,75% e, em 12 meses, a expansão foi de 12,15%.
Roupas refletem fim das liquidaçõesO preço do grupo de Vestuário, Tecido e Calçados mostrou expansão de 0,59% em setembro, refletindo o término das liquidações e a troca da coleção de inverno por verão. No ano, a alta acumulada foi de 3,99% e, nos últimos 12 meses, de 5,15%.
As maiores altas deste grupo vieram de roupa infantil (1,17%), roupa feminina (0,99%), calçados e acessórios de vestuário (0,74%), artigos de cama, mesa e banho (0,69%) e tecidos (0,42%). Por outro lado, o item roupas masculinas recuou 0,40% frente a agosto deste ano.
As quedasEm direção oposta aos itens que pressionaram o IPV, os grupos Feiras, Eletrônicos e Eletrodomésticos apresentaram quedas respectivas de 2,95%, 1,42% e 1,17%. No caso do grupo Feiras, destacam-se as verduras (-5,23%), os tubérculos (-4,11%), as flores (-2,14%) e frutas (-0,55%). “Com o término do período de temperaturas baixas e da estiagem, a produção desses alimentos deve se normalizar e os preços tendem a ingressar em uma trajetória de realinhamento”, observa o relatório da Fecomercio-SP.
Em eletrônicos e eletrodomésticos, de janeiro a setembro, houve quedas respectivas de 6,75% e 2,70%. Nos últimos 12 meses, houve recuo de 10,22% no primeiro grupo e alta de 3,39%, no segundo.

Confira na tabela abaixo, o comportamento dos 21 grupos que constam do IPV, entre agosto e setembro:

Índice de Preços no Varejo (mensal)
Grupo Variação em setembro x agosto
Açougues0,31%
Autopeças e Acessórios-0,30%
Brinquedos0,08%
CDs1,80%
Combustíveis e Lubrificantes0,69%
Drogarias e Perfumarias0,67%
Eletrodomésticos-1,17%
Eletroeletrônicos e outros-1,42%
Feiras-2,95%
Floriculturas-1,72%
Jornais e revistas1,63%
Livraria0,12%
Material de construção-0,09%
Material de escritório e outros1,07%
Móveis e decorações1,04%
Óticas0,06%
Padarias0,63%
Relojoarias3,95%
Supermercados0,69%
Veículo-0,66%
Vestuário, Tecidos e Calçados0,59%

 

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