SÃO PAULO – Ganhando forças no transcorrer do dia, o dólar comercial fechou a segunda-feira (31) com alta de 1,11%, cotado a R$ 1,7031, ancorado na piora do panorama econômico mundial. Contudo, mesmo com essa valorização, a moeda norte-americana terminou outubro com queda de 9,48%, sua maior depreciação mensal desde maio de 2009, quando ela caiu 9,52%.
Na agenda desta sessão, os investidores acompanharam a nota de política fiscal, que apontou que o setor público brasileiro tevesuperávit primário de R$ 8,1 bilhões durante o mês de setembro. Ademais, o Banco Central também divulgou o Relatório Focus, que manteve estáveis as principais expectativas para os indicadores econômicos, como o PIB (Produto Interno Bruto) e o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo).
Referências internacionais
O Japão voltou a intervir em sua moeda, com o intuíto de enfraquece-la frente ao dólar e estimular a economia interna do país. A forte valorização do iene frente ao dólar desde o começo de 2008, que ultrapassa a casa dos 45%, tem causado preocupações na autoridade no país, que acreditam que isso deverá fazer com que as empresas japonesas parem de produzir internamente.
Em relação a crise europeia, o forte otimismo da semana passada foi substituída por cautela, após o ministro de finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, disse nesta segunda-feira em entrevista ao Jornal Der Spiegel que muito ainda precisa ser feito para combater os efeitos adversos na economia e nos mercados financeiros. Segundo o político, o principal temor recai sobre a Itália, a qual necessita implantar reformas imediatamente.
Já nos Estados Unidos, foi divulgado o Chicado PMI, que atingiu 58,4 pontos, inferior às projeções do mercado, que apontavam para 58,9 pontos. O misto de referências negativas levou investimentos tido mais seguros, como o dólar, avançarem, enquanto aqueles tidos com inseguros, como o mercado acionário, recuaram.
Dólar comercial, futuro e Ptax
O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,7020 na compra e R$ 1,7031 na venda, forte alta de 1,11% em relação ao fechamento anterior. Apesar desta alta, o dólar acumula desvalorização de 9,48% em outubro, frente à alta de 18,11% registrada no mês passado. No ano a valorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 2,21%.
Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em novembro segue o dia cotado a R$ 1,688, forte alta de 0,87% em relação ao fechamento de R$ 1,674 da última sexta-feira. O contrato com vencimento em dezembro, por sua vez, opera em forte alta de 1,90%, atingindo R$ 1,718 frente à R$ 1,686 do fechamento de sexta-feira.
Já o dólar Ptax, que referencia os contratos futuros na BM&F Bovespa, fechou cotado a R$ 1,6885 na venda, queda de 0,59%. No mês, a perda da ptax foi de 8,95%.
O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,6970000.
FRA de cupom cambial
Por fim, o FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, fechou a 2,40 para janeiro de 2012, 0,06 ponto percentual acima do que foi registrado na sessão anterior.
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