Em um total de 2.176 instituições avaliadas, 683 foram reprovadas – a maioria, particulares. Dos mais de quatro mil cursos avaliados, 594 ficaram com nota baixa e tiraram 1 ou 2.
Mais de 30% das universidades foram reprovadas no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que avalia a qualidade do Ensino Superior. O Ministério da Educação disse que vai cortar 50 mil vagas em faculdades de baixa qualidade.
Tem outro número: apenas 27 universidades e faculdades tiraram a nota máxima. O Enade, na prática, reprovou mais de 30% das instituições de Ensino Superior do país que apresentaram índices considerados insatisfatórios, em uma escala que vai de 1 a 5. Por isso, elas vão ser punidas com o corte de vagas.
A punição é para cursos e instituições que foram mal no exame nos últimos três anos. O Ministério da Educação vai cortar 50 mil vagas que seriam oferecidas no ano que vem nas áreas de ciências contábeis, administração e saúde, principalmente nos cursos de Enfermagem. “Acho importante, porque assim o professor dá mais atenção aos alunos”, disse um estudante.
Em um total de 2.176 instituições avaliadas, 683 foram reprovadas – a maioria, particulares. “Não é só o Enade que vai qualificar a instituição de ensino. O aluno tem de prestar muita atenção também no tipo de instituição que ele está querendo entrar”, opinou a estudante Rosa Wasem.
Dos mais de quatro mil cursos avaliados, 594 ficaram com nota baixa e tiraram 1 ou 2. Os cursos serão supervisionados, avaliados pelo Ministério da Educação e terão de apresentar um plano e um compromisso de melhorar a qualidade do ensino. “Tudo isso é necessário: material de apoio, bons professores e boa formação”, defende um estudante.
Uma faculdade do Distrito Federal tirou nota baixa na avaliação. O consultor da reitoria, César Frauches, diz que, de todas as exigências do governo, a mais complicada é contratar professores com mestrado e doutorado. “Os doutorados, por exemplo, na área de Direito nós temos no Brasil apenas seis doutorados para cerca de 1,2 mil cursos de Direito de graduação”, disse César Frauches, consultor da reitoria.
Entre as universidades públicas, a Unicamp teve a melhor nota. Foi o terceiro melhor desempenho na classificação geral. Na Universidade de Brasília (UnB), o curso de Farmácia ficou com nota 4.
“Você tem de pensar o que é que o mercado espera e o que ele deseja de um profissional de nível superior. Isso é uma busca constante que nós temos em vermos esse perfil e traçarmos esses rumos nessa direção”, afirmou o professor da UnB, Kleber Vânio Gomes.
Mas a UnB não foi bem em todos os cursos. Serviço Social ficou com nota 2. “Às vezes, o curso poderia ser bem melhor e não é por conta da estrutura”, comenta um aluno.
“Seremos rigorosos com aqueles cursos que estejam saindo da linha, ao mesmo tempo favoreceremos aquelas instituições que estão demonstrando compromisso com a qualidade”, garantiu o ministro da Educação, Fernando Haddad.
As instituições que têm repetido o desempenho ruim nos últimos três anos vão perder a autonomia. Para abrir novos cursos, vão precisar de uma autorização prévia do Ministério da Educação. Oito instituições já são submetidas a esse controle.
fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/11/uma-em-cada-cinco-universidades-do-pais-e-reprovada-no-enade.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário