| Recebimento do 13º salário favorece a ação de estelionatários; em Taubaté foram registradas 40 reclamações nos últimos dois meses de 2010 |
 Quando chega o fim do ano, e o décimo terceiro, as pessoas ficam com mais dinheiro no bolso. Por isso mesmo, é preciso atenção! Segundo o Procon, nessa época aumentam as tentativas de golpes. Em taubaté, apenas nos últimos dois meses de 2010, foram registradas 40 reclamações. Apenas uma ligação complicou a vida de Fábio Leandro de Souza. Uma funcionária da Editora Net Alpha oferecia anúncios do comércio dele em uma lista telefônica. Ele diz que chegou a passar dados pessoais e da própria empresa, mas não teria aceitado a oferta. "Ela agradeceu a confirmação dos dados da minha empresa, e em seguida só pediu para eu dar o sinal de fax, para que ela me enviasse um fax desses dados que acabamos de confirmar por telefone, e que eu assinasse essa confirmação e retornasse o fax pra ela, com a minha assinatura, como proprietário da empresa", conta. Foi aí que Fábio cometeu um deslize. Sem ler o documento que recebeu, ele assinou os papéis e enviou de volta para a editora. "Na correria, devido a nossa rotina de trabalho, preocupação com nosso trabalho, eu só fiz uma rubrica ou assinei de uma forma inocentemente, e enviei o fax corretamente para elas, como eles pediram", afirma. Dois meses depois, o comerciante começou a receber cobranças da editora, que dizia prestar serviços para a Telefonica. Cada parcela, no valor de R$ 92,00. Fábio tentou cancelar o contrato e não conseguiu, e para piorar, ele nunca soube se o serviço chegou a ser prestado. Na internet, Fábio encontrou outras pessoas que dizem ter sido vítimas da empresa, e decidiu apelar ao Procon, mas o órgão alega que não pode interferir em casos de golpe. "Não se passa CPF, não se passa nome de pai, ou nome de mãe, não se confirma endereço residencial, não se passa nenhum tipo de benefício, ou conta bancária. As pessoas têm que entender que, por trás de algum telefone, sem você estar vendo a pessoa pessoalmente, com toda a documentação na mão, não se pode dar nenhuma informação pessoal", explica a Diretora do Procon, Regina Pelúcio. Fábio também registrou um boletim de ocorrência, mas o problema é que, nesse caso, a polícia também diz que não pode agir diretamente contra a empresa. O motivo: a assinatura do comerciante no contrato. "A medida que a pessoa recebeu um documento, seja ele por fax, por xerox, ou qualquer coisa assim, e ela pôs a sua assinatura, ele elidiu o provável crime que pudesse estar sendo praticado. Então deixou de existir o crime", explica o delegado Juarez Totti. Uma alternativa para Fábio é tentar resolver o problema na Justiça. Para ele e para todo mundo, fica a dica: não revelar dados pessoais a  ninguém e não confiar em desconhecidos. Principalmente nessa época do ano, quando, segundo a polícia, casos como esse são mais comuns. "É a época que tem mais dinheiro circulando. Quando existe mais dinheiro circulando, existe também os espertos, estão na rua, para tentar tirar o dinheiro das pessoas. Então, tudo que vem fácil, a pessoa tem que desconfiar", completa o delegado. Durante uma semana, tentamos contato com a Editora Net Alpha, mas nenhum representante foi localizado. Já a telefônica informou que a empresa nunca prestou serviços para ela. fonte: http://www.vnews.com.br/noticia.php?id=108053&id2=1 |
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