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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Número de queixas sobre compra de imóveis usados aumenta 12%

 

Da maçaneta às paredes, preste atenção antes de fechar negócio. Vale qualquer esforço para escolher e comprar bem um imóvel usado.



Um número tem chamado atenção neste fim de ano: muita gente que comprou uma casa ou um apartamento teve problema. Comprar um imóvel, principalmente o primeiro imóvel, é quase sempre a realização de um antigo projeto de vida. Mas por isso mesmo vale qualquer esforço para escolher e comprar bem.
O consumidor vai ter de avaliar muito o imóvel, visitá-lo durante o dia e à noite e checar infraestrutura – se tem escola, posto de saúde, supermercado, iluminação, esgoto ou segurança por perto. Vai dar trabalho, mas vale a pena para evitar transtornos depois.
O teto e as paredes estão com infiltração. Imagine dias atrás, na hora da chuva? “Alagou. Era como se tivesse destelhado a casa”, contou a assistente administrativo Lenilta Bernardo.
No vizinho tem mofo e rachaduras, bem diferente da primeira impressão. Os problemas estavam disfarçados. O apartamento parecia que estava em boas condições. “Ele estava todo pintadinho, estava tudo bonitinho”, lembra um técnico.
O Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec) alerta: é preciso avaliar bem o imóvel usado antes de alugar ou comprar. Um guia traz dicas. Por exemplo: sobre maçanetas e fechaduras, para saber se funcionam bem só testando uma a uma. O consumidor deve abrir torneiras e chuveiros. Se depois de fechar e a água continuar descendo, tudo indica que há vazamentos.
A estudante Ingrid de Souza encontrou vários problemas depois que se mudou. Ela até registrou uma lâmpada vazando água. A luz estourou depois disso. Ela teve muito prejuízo com vazamentos e infiltrações. “Joguei colchão fora, joguei cobertor fora, joguei roupa fora, joguei um tênis fora. Tive de jogar fora, porque eu ia fazer o que com coisa mofada?”, disse.
Reclamações como essas são cada vez mais comuns. O número de queixas de consumidores que compraram imóveis usados aumentou 12% em um ano. O principal cuidado é não ter pressa na hora de fechar negócio. Toda a documentação do imóvel e do dono, o vendedor, tem de estar em dia.
Sem as certidões, nada feito. É preciso ver se o proprietário está sofrendo algum processo na Justiça, se deve algum imposto ou taxa e se é casado e tem autorização para vender a casa ou apartamento. Dá trabalho, mas a garantia do comprador é verificar nos cartórios e na Receita Federal se nada impede a venda. O Ibedec diz ainda que dinheiro para o corretor ou do dono do imóvel, só com os documentos em mãos.
“Se uma certidão dessas der efeito negativo, ele não deve comprar, porque está colocando em risco seu patrimônio”, orienta Geraldo Tardin, presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec).
Os interessados em comprar um imóvel podem e devem conversar com os moradores, com os futuros vizinhos. Devem ouvir se eles têm alguma reclamação. Não custa também perguntar para o sindico ou para o porteiro se houve alguma obra recente no prédio ou se alguma obra está prevista.
fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/11/numero-de-queixas-sobre-compra-de-imoveis-usados-aumenta-12.html

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