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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Em greve, aeroportos de SP e DF têm operação normal para passageiros

 

No começo da manhã, voos partiram no horário normal.
Em Viracopos, greve afetava desembarque de cargas, segundo Infraero.

Do G1 DF e SP
 


Os funcionários da Infraero estão em greve por 48 horas em três aeroportos do país em protesto contra os planos do governo federal de privatizar os terminais. A paralisação começou à 0h desta quinta-feira (20). A Infraero e o sindicato dos aeroportuários informaram que o movimento afeta o transporte de cargas no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo.
Funcionários de companhias aéreas e outras empresas que trabalham nos terminais não aderiram ao movimento.
Nas primeiras horas desta manhã, os passageiros embarcavam sem problemas em Guarulhos, Campinas e Brasília.  A Infraero confirmou que o plano de contingência consegue, no começo da operação, evitar transtornos para passageiros. Em Guarulhos, das 45 partidas previstas da 0h até 7h, foram registrados dois atrasos e quatro cancelamentos. Também na capital federal e em Campinas, os primeiros voos cumpriram o horário previsto.
Entretanto, representantes do sindicato dos aeroportuários de Viracopos informaram que a paralisação afeta, principalmente, o terminal de cargas do aeroporto.  A Infraero confirmou que apenas produtos perecíveis e animais eram atendidos nesta manhã. De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeroportuários, 23 aeronaves estavam paradas em Viracopos por volta das 7h sem ter carga embarcada ou retirada. “Até o fim do dia vamos ter 690 toneladas de carga parada no aeroporto”, afirmou Célio Alberto, funcionário de Viracopos e membro do sindicato.
Até o fim do dia vamos ter 690 toneladas de carga parada no aeroporto"
Célio Alberto, funcionário de Viracopos e sindicalista
De acordo com o sindicato, às 23h de quarta-feira (19), apenas três dos 85 funcionários do setor de cargas estavam trabalhando. O balanço desta manhã ainda não foi divulgado.

Protestos
Em Brasília, um carro de som dos sindicalistas foi posicionado na plataforma de desembarque desde a meia-noite. De acordo com o diretor nacional de saúde do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, Francisco Barros, 70% dos 30 funcionários do turno das 23h às 7h aderiram à paralisação.
“A partir das 8h, quando o movimento no aeroporto se inicia, será possível sentir a paralisação”, diz Barros. A categoria promete paralisar todas as atividades de responsabilidade dos aeroportuários.
A primeira decolagem do aeroporto Juscelino Kubitschek nesta quinta-feira ocorreu às 5h02, com destino ao Rio de Janeiro. Durante o dia, 119 voos deixam a capital e 110 chegam.
São Paulo
Uma manifestação em frente ao setor de desembarque marcou o início da greve no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. De acordo com Francisco Lemos, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), entre 1.400 e 1.500 dos cerca de 2.000 funcionários das áreas de operações, segurança aeroportuária, terminais de cargas e passageiros e programação de voos de Cumbica aderiram à greve, e serão mantidas apenas 30% da atividades essenciais do aeroporto. Nenhum funcionário da área de navegação aérea deverá parar, garante o presidente do sindicato.

Infraero descarta problemas
O diretor de administração da Infraero, José Eirado, disse, na quarta-feira (20), que a greve dos funcionários da estatal não deveria comprometer a operação dos três aeroportos.

A Infraero tem 2.781 funcionários nos três aeroportos, que realizam tarefas como posicionamento de finger (estrutura que liga o terminal de passageiros aos aviões e é usado para embarque e desembarque), auxílio no posicionamento das aeronaves nos pátios e operação dos sistemas de informação aos passageiros (painéis e sistema de som). A previsão, segundo Eirado, é que 20% deles participem da greve.
Movimento no Aeroporto de Brasília por volta das 7h desta quinta-feira (20) (Foto: Rafaela Ceo/G1)
 
Movimento no Aeroporto de Brasília por volta das 7h desta quinta-feira (20) (Foto: Rafaela Ceo/G1)
 

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