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sábado, 22 de outubro de 2011

Juro ao consumidor sobe em proporção bem maior que a Selic

 

A taxa básica de juros foi de 10,75% em agosto de 2010 para 12% a partir de agosto de 2011. O juro do crédito pessoal pulou de 42% para quase 50% ao ano. E o do cheque especial passou de 165% para 187% ao ano.



Nesta terça-feira (18), o Comitê de Política Monetária do Banco Central vai decidir o que fazer com a taxa básica de juros da economia, a Selic. A expectativa do mercado financeiro é de que que ela caia.
A taxa Selic serve de referência pra todas as operações de crédito no Brasil, mas o repórter Alan Severiano mostra que a proporção entre ela e os juros cobrados dos consumidores pode surpreender.
Aquela compra que você conseguiu realizar em longas parcelas. Sabe quanto custou o dinheiro que você pediu emprestado?
Mesmo com a recente redução, a taxa Selic, que é referência para a economia, continua mais alta do que no ano passado. Ela variou de 10,75% em agosto de 2010 para 12% a partir do fim de agosto deste ano.
Já o juro ao consumidor nesse período subiu proporcionalmente bem mais. O do crédito pessoal pulou de 42% para quase 50% ao ano. O de veículos de 23% para 29%. E o do cheque especial passou de 165% para 187% ao ano.
Há mais de dois anos, Rosana depende desse tipo de crédito para fechar as contas. “Hoje eu teria até uma reserva, com certeza, se não tivesse utilizando e pagando juros todo mês”, conta.
A taxa de juros cobrada pelos bancos é mesmo maior que a taxa básica definida pelo Banco Central porque inclui impostos, a inadimplência dos clientes, as despesas e o lucro dos bancos. O peso dessa conta aumentou no último ano.
A Federação dos Bancos diz que a margem de lucro subiu um pouco nesse período, mas argumenta que o que mais pesou foram as medidas do governo para dificultar o crédito e o crescimento do número de consumidores que não honram as dívidas.
“Em função disso, condições piores fizeram com que os bancos ficassem mais cautelosos e ampliassem mais a margem comparativamente ao que foi o aumento da taxa básica”, explica Rubens Sardenberg, economista-chefe da Febraban.
Mesmo que o Banco Central continue reduzindo a taxa Selic, os juros ao consumidor devem subir até o fim do ano, acompanhando a inadimplência, prevê o economista Celso Toledo. A partir daí, a expectativa é de redução.
“Até metade do ano que vem, provavelmente, a economia vai ter reagido, a inadimplência vai cair. E a inadimplência e o juro caindo vai fazer com que o crédito fique mais barato”, avalia Celso Toledo.

fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/10/juro-ao-consumidor-sobe-em-proporcao-bem-maior-que-selic.html

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