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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Em troca de dinheiro, aproveitadores aplicam golpe em jovens modelos

 

Qualquer pessoa pode ser abordada por um caça-talentos na rua, mas quando proposta de trabalho for acompanhada de pagamentos, desconfie.



Muitas meninas e moças querem, sonham e desejam brilhar nas passarelas, viver no mundo da moda. O problema é que no caminho entre o sonho e a realidade tem muita gente que tenta se aproveitar e jogam com essa ilusão que muitas meninas têm de seguir esta carreira de modelo.
As vítimas são, principalmente, meninas que sonham com a carreira nas passarelas ou na área de publicidade. E tem muita gente que cria agência de fachada apenas para ganhar dinheiro, explorando esse sonho. Na maioria dos casos, o resultado é prejuízo e uma grande frustração.
A dona de casa Alessandra Renata Alves de Oliveira cadastrou a filha em uma agência de modelos e logo recebeu um convite para a menina participar de uma propaganda. “Me ligaram falando: ‘a gente está com um serviço aqui, sua filha já foi pré-aprovada, não vai ter nenhuma concorrência e o cachê está girando em torno de R$ 1,2 mil a R$ 2 mil”, contou.
Mas havia uma condição: a menina tinha de ir à agência e fazer uma série de fotos que custaram R$ 360. O valor foi parcelado em dez vezes no cartão de crédito. Depois disso, a agência não procurou mais a família. “Nunca fui chamada, nunca ligaram, e eu continuo pagando. Vai até abril do ano que vem”, disse a dona de casa.
A mando de uma agência que prometia trabalhos, a modelo Katy Karola gastou R$ 900 para fazer fotos que não serviram para nada. “A gente se sente um pouco lesada mesmo. Joguei fora. Um dinheiro que foi jogado fora”, lamentou.
Qualquer pessoa pode ser abordada na rua por um caça-talentos, mas quando a proposta de trabalho vier acompanhada da necessidade de pagar alguma coisa, desconfie. Pode ser um golpe. Há aproveitadores no mundo da moda. São estelionatários que prometem uma carreira de sucesso e cobram por tudo: book, passagens e até pela hospedagem.
Eli Hadid, que é dono de uma agência, alerta: “Eu já vi gente vender geladeira, ficar sem comer, menina que teve de sair da faculdade para pagar parcela. Quer dizer, tem várias histórias muito tristes”.
Hadid diz que há profissionais espalhados pelo país com a missão de descobrir talentos. Ele afirma que sempre são as agências que devem investir nos modelos, e não o contrário.
“Você não paga para ir a uma agência, ser entrevistado. Não paga absolutamente nada. A agência investe em você. Fuja de todas as pessoas que querem cobrar de você, porque existe uma indústria muito grande de exploração da boa fé das pessoas”, afirmou Eli Hadid.
O Procon disse que só pode atuar se houver contrato assinado entre as partes. E que só toma alguma providência se a empresa descumprir o que está escrito no contrato. Casos em que não há contrato, podem ser considerados estelionato e a vítima deve dar queixa na polícia.

fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/10/em-troca-de-dinheiro-aproveitadores-aplicam-golpe-em-jovens-modelos.html

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