Total de visualizações de página

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Comércio ilegal de gás no Brasil vende até botijão com água

 

Bandidos disfarçados de vendedores enganam a população: tem até bujão com água. Veja o perigo que é comprar um botijão desses.

 


O grande destaque desta sexta-feira (14) é a tragédia no Rio de Janeiro. O Bom Dia Brasil mostrou na quinta-feira (13), ao vivo, o trabalho dos bombeiros logo depois da explosão em um restaurante no Centro da cidade. A explosão foi equivalente a dez quilos de dinamite.
Essa tragédia faz pensar como anda o comércio de gás no Brasil. Será que ainda existe a venda de botijão em beira de estrada ou no quintal das casas, sem garantia alguma, sem segurança para a vizinhança e para o consumidor? O perigo é imenso. Há muita ilegalidade, muita falta de informação e de fiscalização.
O perigo pode morar ao lado e só pode ser combatido com a ajuda das denúncias anônimas. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) recebeu este ano 321 denúncias só no estado do Rio de Janeiro e mais de três mil de todo o Brasil. Aas fiscalizações são feitas por meio das denúncias ou de forma aleatória, em pontos de revenda considerados suspeitos.
“Além das denúncias que a gente recebe, a gente faz aleatoriamente a escolha, baseado no período que já foi feita a vistoria na localidade e naquele agente econômico”, afirma Gil Ribeiro, especialista em regulação da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Ao comprar botijões de gás adulterados, o consumidor pode ter prejuízo. Outra preocupação das autoridades é com o local de armazenamento dos botijões e o risco de acidentes, como a explosão que aconteceu na quinta-feira (12) no Centro do Rio de Janeiro.
A equipe de reportagem do Bom Dia Brasil acompanhou um dia de fiscalização da ANP. Em uma revenda, nada de irregular foi encontrado. Mas o que o consumidor deve exigir na hora de comprar um botijão de gás?
“O consumidor deve olhar, principalmente, se o lacre está lacrado e fechado, identificando qual é a distribuidora. É importantíssimo também que ele olhe a data de fabricação e a validade”, orienta Mateus Marques, especialista em regulação da ANP.
É um direito do consumidor que o botijão seja pesado. O botijão cheio deve ter em torno de 26 quilos. O consumidor tem de exigir a nota fiscal. Para quem trabalha de forma legal no comércio de gás, a concorrência com os ilegais é desleal e as áreas de atuação ficam restritas. “Revendedores ilegais da área que atuam não permitem que a gente entre”, afirma um comerciante de gás.
O empresário William de Abreu é categórico quanto aos efeitos nocivos do comércio ilegal para quem trabalha dentro da lei. “Falência. Vários amigos já faliram e outros não têm dinheiro para nada”, disse. William de Abreu mostra o que pode acontecer com o consumidor que escolhe comprar de revendedores ilegais.
“A situação desse botijão é o seguinte: o cliente está comprando gás onde ele não conhece, comprando no vendedor ilegal. Ele foi ludibriado por causa de preços baixos e brindes, como vassoura, rodo e cloro. Aí nós pegamos o botijão, é isso que acontece: a gente prende a válvula e é só água. A gente tira essa água para o cliente ver. A água é para pesar o botijão, para enganar o cliente. Dá o peso junto com o brinde e o preço baixo que atrai”, aponta o empresário William de Abreu.
Foi a dona de casa Sirleide dos Santos que comprou o botijão com água. “Quando eu liguei, o gás não ligou. Quando eu balancei, estava cheio de água”, disse.
O empresário William de Abreu denuncia: quem abastece o mercado ilegal são os próprios revendedores credenciados. O revendedor ilegal ganha dinheiro, e o consumidor leva o perigo para casa.

“Só pode ser o revendedor legalizado que vende. Isso é com certeza. Ele ganha um mínimo de R$ 1 ou R$ 2 no botijão, mas vende 10 ou 30. No montante, ele ganha bastante”, acrescentou o empresário.

fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/10/comercio-ilegal-de-gas-no-brasil-vende-ate-botijao-com-agua.html
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário