Foram 28 dias de greve. Segundo os Correios, os funcionários irão compensar as horas que ficaram parados.
As agências estão cheias e tem muito trabalho pela frente, inclusive nos fins de semana e feriados. Os Correios prometeram fazer, em dez dias, mais de 180 milhões de entregas atrasadas.
Agora, depois de quase um mês de greve, a empresa promete entregar todas as correspondências atrasadas em até dez dias. Os funcionários voltaram ao trabalho na quinta-feira (13), com muitas tarefas acumuladas Brasil afora.
Depois de quase um mês de atraso, José correu a uma agência para, enfim, mandar a encomenda para a irmã, que mora em Fortaleza. Para os carteiros, agora é só correria. “Nem um minuto. Estamos trabalhando bastante”, diz um carteiro.
Em Belém, eles já adiantaram que vão trabalhar durante este domingo (16). A solução encontrada em Aracaju foi organizar mutirões. Em Mato Grosso do Sul, uma noiva marcou o casamento, mas muitos convidados podem não aparecer. “Todos os convites do meu casamento estão chegando com atraso”, explicou.
Apesar de a greve ter terminado, ainda serão necessários alguns dias para normalizar a entrega de cartas e encomendas. Mas nem todo mundo pode esperar. Ricardo foi buscar remédios que estavam parados em uma central de distribuição. “Consegui retirar agora, com um pouco de atraso, mas deu certo”, disse.
Os Correios dizem que as pessoas não precisam sair de casa atrás das correspondências. Os funcionários irão compensar as horas que ficaram parados. “Nós colocaremos em dia 184 milhões de objetos que ficaram para trás sem serem entregues em até dez dias”, afirmou o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira.
Foram 28 dias de greve. Agora os funcionários vão trabalhar 21 dias em feriados e finais de semana. Outros sete serão descontados. A Justiça determinou 6,87% de aumento. “Trabalhadores deveriam estar voltando motivados, mas não estão. Mas temos de atender à determinação da Justiça”, lamenta um carteiro.
O Procon lembra que, se durante a greve, o consumidor que solicitou, mas não recebeu um meio alternativo para quitar as contas, não deve pagar juros e multa. “Ele deve efetuar o pagamento, mas ser isento de qualquer encargo decorrente no atraso do pagamento, a menos que ele tenha negligenciado essa conta”, explica a diretora do Atendimento ao Consumidor do Procon de São Paulo, Selma do Amaral.
O Procon também entende que quem precisava enviar ou receber uma encomenda e teve prejuízos por causa da greve pode exigir o ressarcimento dos Correios. Mas, para isso, será preciso entrar na Justiça.
fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/10/correios-fazem-mutirao-para-entregar-correspondencias-atrasadas.html
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