O preço baixo parece bom demais para ser verdade, mas ninguém fica no prejuízo. No dia de promoção, as vendas chegam a ficar dez vezes maiores.
Com os alimentos pressionando os índices de inflação, tem gente que só compra em dias certos, aqueles das promoções. Quem conta é o repórter Hélter Duarte.
Sexta-feira é dia de peixe: sardinha de R$ 4 por R$ 2,79 o quilo. No camarão, a diferença é ainda maior: R$ 4 de desconto. Já a lagosta de R$ 40 está por R$ 29 o quilo.
“Eu corro atrás do dia da promoção. Vale a pena, está sempre fresquinho”, conta uma senhora.
Em outra rede de supermercados, sexta é dia de frutas e verduras: “O preço está bom e a batata está bonita. Geralmente custa R$ 1,19, hoje está R$ 0,89”, diz uma mulher. Carne com desconto agora só quarta-feira. O consumidor já botou na agenda: “Acompanho os mercados todos nos dias da promoção”, diz outra mulher.
Preço mais baixo, sem enganação. Parece bom demais para ser verdade, mas ninguém fica no prejuízo. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados, no dia de promoção, as vendas dos produtos com desconto chegam a ficar dez vezes maiores: “Nós compramos volumes bem maiores, isso permite que nos tenhamos uma negociação bem mais agressiva. E, com isso, a gente repassa para os nossos clientes essa diferença”, afirma Luís Helisio de Melo, diretor de operações do supermercado.
Nós pedimos e o economista Gilberto Braga fez as contas: o quilo do patinho está sendo vendido por R$ 13,98 o quilo. Na quarta, o preço cai para R$ 10,98: 21,5% de desconto. Comprando dois quilos por semana, sempre no dia da promoção, a economia no fim do mês chega a R$ 24: “Se nós aplicarmos essa média de desconto para os outros dias de promoção, uma família com até quatro pessoas pode economizar entre R$ 250 a R$ 300 nas suas compras mensais”, afirma o economista da Ibmec.
Mas atenção: segure a tentação de sair comprando o que não está na promoção. “O bolso agradece e o marido também”, brinca um casal.
fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/10/promocoes-ajudam-consumidores-enfrentar-alta-no-preco-dos-alimentos.html
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