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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Mulher sequestrada é libertada de cativeiro graças a bilhete em SP

 

A vítima, uma estudante de 30 anos, chegava em casa quando foi sequestrada, há nove dias. A polícia só chegou ao local porque ela conseguiu pedir socorro por um pedaço de papel higiênico.



Um sequestro chegou ao fim, em São Paulo, depois que a vítima conseguiu pedir socorro de forma surpreendente. A reportagem é de César Galvão.
Era hora do almoço e tudo parecia tranquilo nesta na rua da Zona Norte de São Paulo. A vítima do sequestro, uma estudante de 30 anos, chegava em casa. Ela não percebeu, mas era seguida pela quadrilha.
O primeiro carro, preto, passa por ela e bloqueia a rua. Um outro para, logo atrás. Dois sequestradores descem do primeiro. Estão armados. Um deles usa no pescoço algo que parece um distintivo da polícia. Um terceiro homem também desce e se aproxima de uma mulher que anda com uma criança no colo, do outro lado da rua. Ela não para. Os sequestradores pegam a motorista e a bolsa dela. A estudante é levada pelo braço até o carro da quadrilha e colocada no banco de trás. Dali, foi direto para o cativeiro. Quem viu o sequestro se desespera.
Foram nove dias sem notícias, até a descoberta do cativeiro, no domingo (9) à noite. Ficava nos fundos de uma casa, na Zona Leste da cidade. A polícia só chegou ao local porque a vítima pediu socorro, sem que os sequestradores percebessem. Um dia antes, ela conseguiu jogar pela janela um bilhete escrito em um pedaço de papel higiênico que dizia: “Estou sequestrada faz oito dias. Pelo amor de Deus, chame a polícia. Faça uma denúncia anônima. Salve a minha vida, por favor. Sou mulher, tenho filho e estou com muito medo. Não sei onde estou”.
A casa usada como cativeiro foi alugada pelos sequestradores há dois meses. Um casal deveria estar morando ali. Era um cenário preparado pela quadrilha. A vítima tinha sido orientada a dizer que o vigia do cativeiro era o marido dela, caso a polícia descobrisse o lugar.
A mulher cumpriu as ordens até mesmo na frente dos policiais, custando a acreditar que o sequestro tinha chegado ao fim.
“Me apresentei como delegado, como policial, procurei apresentar os demais companheiros ali e a mulher, mesmo assim, repetia que aquele homem era o seu marido. Quando ela viu o papel, a reação foi absolutamente diferente da inicial: ela veio, me abraçou, pediu socorro e começou a chorar”, lembra o delegado Marcelo Augusto Monteiro.
Até agora, o único preso foi Eduardo Luís da Silva, que tomava conta do cativeiro.

fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/10/mulher-sequestrada-e-libertada-de-cativeiro-gracas-bilhete-em-sp.html

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