De acordo com quem entende de educação financeira, mesada só a partir dois 7 anos. Mas a conversa com dinheiro tem de começar aos 3 anos.
A criançada já começou a perguntar: cadê a mesada? É tempo de negociar, inclusive com os filhos. Tem de ensinar os limites. A mesada é uma boa maneira de ensinar isso. Não precisa ser uma mesada gorda. Pode ser um pouquinho por semana para ensinar a importância de gastar bem. Algumas dicas bem curiosas podem ajudar a criar essa consciência financeira na criançada.
Os valores variam. “Toda sexta eu recebo R$5, mas nas férias não”, revela Lívia Bambozzi, de 9 anos. “É R$ 20 por mês e eu guardo para o futuro, às vezes”, diz um jovem. “Ano passado eu recebia R$ 40 por mês, mas este ano minha mãe começou a me dar R$ 10 por semana”, conta Amanda Góes Lapido, de 11 anos.
Os pais ficam cheios de dúvidas. Afinal, lidar com dinheiro nem sempre é fácil, ainda mais com crianças. De acordo com quem entende de educação financeira, mesada só a partir dois 7 anos. Mas a conversa com dinheiro dentro de casa tem de começar bem mais cedo, aos 3 anos.
É nessa idade que as crianças começam a querer as coisas. É importante aproveitar isso para ensiná-las a poupar. A dica é dar aos pequenos três cofrinhos: um para um sonho a ser realizado no curto prazo; outro no médio; e o último a longo prazo.
“O curto é menor, o médio um pouco maior e o longo grande, justamente para que ela guarde sempre os três para que um dia ela entenda que é sempre necessário guardar para os três sonhos”, explica o educador financeiro Reinaldo Domingos.
Com a lição aprendida, já é hora de passar para o próximo passo. Agora é trabalho para os pais. “Por 30 dias, registra-se o dinheiro, tudo que a criança está pedindo. Seja para ir ao cinema ou comprar um lanche, não importa. O importante é que se registre”, orienta o educador financeiro Reinaldo Domingos.
“Todo dia 15 eu recebo minha mesada. Com a minha mesada eu compro uns bonecos de plástico, que custam R$ 7”, conta Vitor Monteiro Vargas Viana, de 7 anos.
O valor da mesada vai depender do padrão de vida da família. “Uma família que ganha aproximadamente R$ 2 mil dar para ela 2,5%, que daria R$ 50, eu acho que é um número condizente”, afirma o educador financeiro Reinaldo Domingos.
Agora se a criança ficar esperta demais e começar a negociar, como o Vitor, quem vai ter de administrar é você. “Acho um pouco de injustiça. Meus amigos recebem R$ 50, eu só recebo R$ 30”, argumenta Vitor.
Outra recomendação do educador financeiro é nunca associar a mesada ao desempenho escolar, porque os estudos são importantes por si mesmos. A criança não deve ser recompensada por isso.
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