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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Governo brasileiro aumenta imposto sobre cobertores


Objetivo é barrar a concorrência estrangeira. Cobertores chineses sofriam modificações no Paraguai e no Uruguai para escapar de taxas brasileiras.

Tem decisão importante na economia. O governo vai aumentar o imposto de importação de cobertores para barrar a concorrência desleal estrangeira. Cobertores chineses davam uma voltinha, faziam uma escala no Paraguai e no Uruguai. E aí passavam por uma montagem, por uma maquiagem. Tudo para se livrar de uma sobretaxa cobrada pelo Brasil. Agora, os uruguaios e paraguaios, na verdade chineses, também foram sobretaxados.
O comércio Brasil-China não para de crescer. No ano passado, as importações e exportações entre os dois países chegaram a US$ 77 bilhões. Mas a maior parceira comercial do Brasil tornou-se também o principal alvo de reclamações da indústria nacional por causa de práticas consideradas desleais. O Brasil já adotou 37 medidas contra a China para combater essas práticas.
O alvo agora são os cobertores chineses de fibra sintética. O governo comprovou que eles estavam sendo vendidos a um preço inferior ao praticado na China, o que é ilegal. Há dois anos impôs uma taxa extra para a importação, mas agora constatou que a medida estava sendo burlada.
Para fugir da punição, os exportadores passaram a mandar os mesmos cobertores chineses para o Paraguai e o Uruguai. Lá eles passavam por pequenas modificações, como a aplicação de bainha, e depois entravam no Brasil como se tivessem sido produzidos na América do Sul.
Assim que a taxa extra contra os chineses entrou em vigor, houve um crescimento na entrada de cobertores do Paraguai e do Uruguai pelo Brasil. Entre 2009 e 2011, as vendas do Paraguai para o Brasil aumentaram mais de 20 vezes. Nesse período, as importações de cobertores do Uruguai também cresceram muito: 15 vezes em três anos.
Agora, os cobertores importados dos dois países vizinhos também serão sobretaxados: US$ 5 a mais por quilo, o equivalente a R$ 9. O governo pode adotar outras medidas contra a China no mercado de calçados.
“Estamos especialmente atentos a práticas ilegais e desleais que, de alguma maneira, permitem que produtos importados estejam competindo em condições não adequadas com os produtos bens produzidos pela indústria brasileira”, afirma Tatiana Prazeres, secretária de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A importação de tecidos de felpas, de fibras longas da china também foi sobretaxada. Esse tecido é usado no Brasil para a produção de cobertores.
 

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