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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

SP: bombeiros terminam buscas por desaparecidos em prédio desabado


Em São Bernardo do Campo, o corpo da enfermeira que estava desaparecida foi encontrado na noite de ontem. Uma criança morreu.

Os bombeiros ainda trabalham nos escombros do prédio que desabou parcialmente em São Bernardo do Campo. Toneladas de entulho já foram retiradas do local, mas as buscas por vítimas terminaram. O corpo da enfermeira que estava desaparecida foi encontrado na noite de terça-feira (7). Uma criança também morreu. As causas do acidente estão sendo investigadas.
A polícia investiga uma infiltração na última laje, no 14º andar, mas o delegado diz que só depois do laudo da perícia poderá dizer com certeza o que aconteceu. A enfermeira Patrícia Alves, que morreu no desabamento, trabalhava no 6º andar, mas o corpo dela só foi localizado no subsolo.
Vinte e quatro horas depois do desabamento, o corpo de Patrícia Alves, de 26 anos, foi encontrado. Às 19h30 os parentes receberam a notícia. O corpo da enfermeira foi retirado dos escombros duas horas e meia depois, às 22h30 e levado para o Instituto Médico-Legal (IML).
Patrícia Alves estava no consultório onde trabalhava, no 6º andar, quando parte das lajes internas do edifício desabou. O acidente aconteceu às 19h30 de segunda-feira (6). Todas as salas de final 4 do 13º andar até o primeiro andar viraram escombros. Um imenso buraco se formou. Depois de retirarem 70% das 300 toneladas de entulho do prédio, os bombeiros se concentraram no subsolo. Foi lá que encontraram o corpo de Patrícia.
Sem a expectativa de se encontrar mais vítimas, o clima de madrugada na frente do prédio é bem diferente do de terça-feira (7). Há pouca movimentação e silêncio. Barulho mesmo, só da retroescavadeira. Ao todo, 35 bombeiros ainda estão dentro no subsolo retirando o restante dos escombros.
A previsão é que todo o entulho seja removido até as primeiras horas da manhã. Depois o trabalho passa para as paredes externas, com a retirada de janelas, vigas e concreto – tudo que tiver risco de despencar. Só depois disso o Corpo de Bombeiros vai liberar o prédio para a prefeitura.
“Nós já estamos praticamente com o piso do térreo. São pedaços grandes, não está fragmentado. Por isso, é um trabalho mais demorado. Há muitas ferragens. Por isso, a gente utiliza máquinas para fazer remoção, mas ao mesmo tempo os bombeiros estão fazendo cortes dessas ferragens para fragmentar e ficar mais fácil essa remoçaõ”, afirmou César Toller, major do Corpo de Bombeiros.
As causas do desabamento ainda não são conhecidas. “Não havia nenhuma obra no prédio. A única obra era uma pintura. Nós só encontramos, realmente, latas de tinta. Não nos pareceu ter havido qualquer reforma. Agora a suspeita que temos é de uma infiltração de algum tempo na última laje, mas isso vai depender do exame, cujo material foi retirado do prédio. Só mais para frente vou poder dizer com certeza”, disse o delegado Victor Vasconcellos Lutti.
Pertences pessoais, como bolsas e documentos que foram encontrados pelos bombeiros, serão entregues à Polícia Civil. O delegado ainda vai ouvir sobreviventes e o síndico do prédio.
 

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